Tavinho Moura faz shows gratuitos no CCBB

"A rela��o com a exposi��o est� na mineiridade e no amor pela arte"

Tavinho Moura, cantor e compositor

O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de Belo Horizonte recebe nesta semana shows gratuitos de Tavinho Moura. As apresenta��es, que ser�o realizadas amanh� (3/8) e quinta-feira (4/8), �s 20h, acontecem em di�logo com a mostra “Cole��o brasileira - De Alberto e Priscila Freire”, em cartaz no centro cultural at� o final de agosto. Os ingressos para os shows est�o dispon�veis e podem ser retirados na bilheteria do CCBB ou pela internet.

Acompanhado do violonista Beto Lopes, Tavinho apresentar� sucessos da carreira, como “Calix bento”, gravada por Milton Nascimento no �lbum “Geraes” (1976), at� “Como vai minha aldeia”, de 1978. Tamb�m n�o ficar�o de fora can��es como “Tesouros da juventude”, “Cruzada”, “O trem t� feio” e “Paix�o e f�”, esta �ltima escolhida para batizar a apresenta��o.

“Vou apresentar m�sicas l� do in�cio da minha carreira, que de alguma forma me uniram com todos os amigos que est�o a�, como Bituca, o Beto [Guedes], o Fernando Brant. Foi a partir desses encontros, como todo mundo sabe, que muita coisa boa nasceu. S�o can��es que marcaram a minha vida e a minha carreira de uma maneira muito bonita. E tamb�m n�o podem ficar de fora m�sicas mais recentes”, explica o m�sico.

Ele se refere principalmente a “O anjo na varanda”, �lbum autoral lan�ado em 2018 por meio da gravadora Dubas, de Ronaldo Bastos. Com 14 faixas, o trabalho demarca a parceria antiga de Tavinho Moura com Beto Lopes, presente em todas as faixas, e tamb�m com Fernando Brant, que, apesar de ter falecido em 2015, est� presente no trabalho na composi��o das m�sicas “Dona do olhar” e “Clara Clara Clara”.

No palco do Teatro I do CCBB, Tavinho pretende fazer uma apresenta��o bastante intimista nas duas sess�es. Empostado com um viol�o e ao lado de Beto Lopes, que estar� com o mesmo instrumento, ele apresentar� novos arranjos para can��es antigas e espera que o p�blico se emocione.

“Em um show como esse, em teatro, o di�logo com o p�blico � melhor. O artista consegue olhar nos olhos e falar as coisas. � uma oportunidade de chamar as pessoas para a intimidade da arte. E, al�m disso, tem o frio na barriga, que � maior. Mas sem ele n�o acontece nada”, afirma.

“Paix�o e f�” d� nome ao show porque � uma das m�sicas mais conhecidas de Tavinho Moura, tamb�m escrita em parceria com Brant e registrada por Milton em “Clube da esquina 2” (1978), mas a escolha tamb�m guarda rela��o com a mostra “Cole��o brasileira” e, principalmente, com Alberto e Priscila Freire.

“A Priscila e o Alberto n�o poderiam ter constru�do uma cole��o como essa sem paix�o e f�. Ent�o eu acredito que esse t�tulo tem tudo a ver com a exposi��o e com a maneira como ela foi pensada”, avalia Tavinho.

A exposi��o, que segue em cartaz no CCBB-BH at� o dia 29 de agosto, � constitu�da por 108 pe�as que fazem parte da cole��o do casal. Divida em tr�s n�cleos – arte brasileira, arte mineira e arte popular –, ela conta com obras de Guignard, Tarsila do Amaral, C�ndido Portinari, Yara Tupinamb�, entre outros artistas brasileiros.

Tavinho explica que a rela��o entre o show e a mostra est� na arte em si. “A rela��o est� na mineiridade e no amor pela arte. Assim como Priscila, que conhe�o h� muitos anos, j� visitei o Vale do Jequitinhonha diversas vezes e fui tocado pela cultura local, al�m de outras coincid�ncias do nosso caminho. Ent�o, � uma honra fazer parte desse momento”, afirma.

“Eu me sinto muito dentro do universo da exposi��o, at� porque ela tamb�m fala de cultura popular brasileira e a minha m�sica est� inserida nesse contexto. Eu acredito que, de alguma forma, esses dois universos, das artes pl�sticas e da m�sica, acabam se alimentando”, acrescenta.

Ele tamb�m est� ansioso para assistir � apresenta��o final da turn� de despedida de Milton Nascimento, em Belo Horizonte, no dia 13 de novembro, no Mineir�o. Questionado sobre o que acha da decis�o que Bituca tomou de se aposentar dos palcos, Tavinho Moura afirma que n�o v� o amigo de longa data longe da m�sica.

“A idade vai chegando e as pessoas v�o se cansando. Em todas as profiss�es as pessoas se aposentam, por que um artista n�o pode fazer o mesmo? Ele fez uma op��o, mas n�o acho que deve se afastar da m�sica”, ele comenta.

Al�m disso, ele tamb�m afirma estar bastante orgulhoso e feliz com o sucesso da turn� de Milton. “O Bituca � o m�ximo e v�-lo com essa consagra��o toda nos traz um conforto muito grande porque � muito merecido. N�s todos estamos sempre atentos aos pr�ximos passos dele, aprendendo. N�s temos uma amizade muito bacana.”

• Amanh� (3/8) e quinta-feira (4/8), �s 20h. CCBB BH, Pra�a da Liberdade, 450, Funcion�rios. Ingressos gratuitos mediante retirada na bilheteria do CCBB ou por meio do site www.bb.com.br/cultura. Mais informa��es: (31) 3431-9401