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Estado de Minas CINEMA

Cantor Harry Styles gera ciumeira e rouba a cena no Festival de Veneza

Protagonista de 'N�o se preocupe, querida' e a namorada, a diretora Olivia Wilde, irritaram a protagonista Florence Pugh, que n�o foi � coletiva da equipe


06/09/2022 04:00 - atualizado 05/09/2022 22:34

Cantor Harry Styles olha para câmera de cinema, ao chegar para exibição de filme em Veneza
Harry Styles chega para a exibi��o de "N�o se preocupe, querida" no Festival de Veneza (foto: Tiziana Fabi/AFP)

"O que me agrada quando atuo � que n�o fa�o ideia do que estou fazendo"

Harry Styles, m�sico



Timoth�e Chalamet pode at� ter dominado a primeira metade do Festival de Veneza, causando especial frenesi ao aparecer no tapete vermelho com um look gren� que era pura androginia. Mas nesta etapa final do evento, que ser� encerrado s�bado (10/9), quase ningu�m mais se lembra do astro de “Bones and All”. Quase todos os holofotes se voltaram para Harry Styles, m�sico que se arrisca como ator no filme da namorada Olivia Wilde, “N�o se preocupe, querida”, exibido na segunda-feira (5/9) fora de competi��o.

A trama tem detalhes que, se revelados, podem arruinar a experi�ncia do espectador. Ent�o conv�m aqui apenas dizer que o longa mostra um grupo de jovens donas de casa que se dedicam a cuidar de seus maridos enquanto eles trabalham em um projeto secreto, em uma cidade isolada e altamente segura contra amea�as externas.

Distopia feminista

A brit�nica Florence Pugh interpreta uma dessas mulheres, Alice, e Styles d� vida ao seu marido, Jack. Com cenas de sexo com foco no rosto da protagonista, priorizando o prazer feminino – Styles aparece sem camisa uma vez, mas mal d� para ver alguma coisa –, e muitos trechos mostrando fam�lias que levam uma vida aparentemente sem conflitos, o longa se pretende uma distopia de inclina��o feminista, apontando que nem tudo o que parece ser perfeito de fato o � na sociedade americana.

O filme, que deve estrear no Brasil em 22 de setembro, n�o � grande coisa. Mas � entretenimento razo�vel, muito embora a produ��o tenha se celebrizado mesmo por seu portentoso hist�rico de confus�es de bastidores.

Para come�ar, as filmagens tiveram que ser adiadas logo nos primeiros dias, j� que alguns membros da equipe contra�ram COVID-19 e for�aram uma quarentena generalizada. O ator Shia LaBeouf era a primeira op��o para o papel de Jack, e sua simples escala��o j� gerou torcidas de nariz, pela reputa��o do astro de ser pouco af�vel no conv�vio, sobretudo com mulheres.

N�o deu outra: algum tempo depois que as filmagens come�aram, Olivia Wilde se desentendeu com LaBeouf, e o ator deixou o filme.

O que houve de verdade ainda n�o � 100% conhecido, mas Wilde espalhou para meio mundo que foi ela quem despediu o astro, por ele ter um m�todo de trabalho que n�o corresponde ao dela. Por�m, h� alguns dias, o rapaz foi �s redes sociais desmentindo a hist�ria, dizendo que foi ele quem pediu para sair do elenco.

Seja l� como for, LaBeouf foi substitu�do por Harry Styles. No set, Wilde n�o resistiu ao charme do m�sico e n�o demorou at� que ambos come�assem um t�rrido romance. A protagonista, Florence Pugh, n�o disfar�ou seu aborrecimento, sobretudo pelo fato de Wilde ainda ser casada com o ator Jason Sudeikis, quando iniciou o affair com o ex-integrante do One Direction.

Al�m disso, Pugh teria se sentido desrespeitada porque a diretora por vezes se preocupava mais com ficar com o novo namorado que com as filmagens em si.

Trailer foi estopim de irrita��o

A gota d'�gua para a brit�nica foi quando viu o trailer – e talvez um dos cortes finais do longa – e achou que Wilde explorava excessivamente as cenas sexuais de sua personagem. A irrita��o foi tanta que Pugh veio a Veneza, mas se recusou a participar da entrevista coletiva ao lado do resto da equipe – limitou-se apenas a aparecer no tapete vermelho que antecede a sess�o oficial.

Na coletiva de imprensa, Wilde contemporizou. “N�o posso dizer o quanto estou honrada em t�-la (Pugh) como minha protagonista. Ela � �tima”, disse. “A internet se autoalimenta (de fofocas). N�o preciso contribuir para isso”, completou, recusando-se a confirmar se est� mesmo brigada com a atriz.

Styles comentou sua experi�ncia no set. “Trabalho com m�sica, ent�o nessa �rea eu me sinto confort�vel. O que me agrada quando atuo � que n�o fa�o ideia do que estou fazendo”, confessou o m�sico na coletiva. Quem v� o filme sabe que ele tem raz�o.
 
Ator Collin Farrell faz careta ao chegar ao Festival de Veneza
Collin Farrell, protagonista do filme 'The Banshees of Inisherin', brinca com fot�grafos (foto: Tiziana Fabi/AFP)
 

Martin McDonagh: originalidade na mostra competitiva

J� na competi��o, o brit�nico Martin McDonagh mostrou o longa mais original at� o momento. “The Banshees of Inisherin” se passa em uma ilha na costa da Irlanda, onde o pacato Padraic, vivido por Colin Farrell, preenche as tardes enchendo a cara com o amigo Colm, papel de Brendan Gleeson. Um dia, sem mais nem menos, Colm deixa de conversar com o companheiro, simplesmente dizendo que n�o quer mais ser seu amigo, sem maiores explica��es.

McDonagh, que ganhou renome mundial ap�s levar a Veneza seu “Tr�s an�ncios para um crime”, em 2015, usa essa premissa banal para desenvolver uma hist�ria tragic�mica sobre a animosidade entre duas pessoas que se gostam, mas que por uma quest�o menor acabam tendo um desentendimento radical, chegando a n�vel de trucul�ncia com ares absurdos.

Tendo como pano de fundo a guerra civil irlandesa, nos anos 1920, o roteiro prop�e uma interessante vis�o sobre como os conflitos, muitas vezes, surgem em contextos desimportantes, mas podem evoluir para a destrui��o m�tua.

Casal dorme sentado numa biblioteca em cena do filme Love life
Drama japon�s "Love life": narrativa hipn�tica (foto: reprodu��o)

K�ji Fukada: marca autoral

Outro filme bastante aut�ntico exibido em Veneza foi o japon�s “Love life”, de K�ji Fukada. A trama sobre um casal que entra em crise depois que o filho pequeno morre afogado pode parecer batida, mas o cineasta conduz a hist�ria por caminhos t�o inusitados, com sensibilidade t�o peculiar, que o filme n�o se parece em nada com o que a sinopse pode apontar, em um primeiro momento.


� uma narrativa estranha, por vezes atrapalhada, mas hipn�tica. Sem d�vida, um dos filmes desta edi��o do Festival de Veneza que v�o deixar uma marca.


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