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Estado de Minas LUTO NA M�SICA

Caetano e Gil se emocionam ao comentar morte de Gal

Dupla de cantores e compositores relembrou momentos da carreira da amiga em entrevista ao vivo para a GloboNews na tarde desta quarta-feira (9/11)


09/11/2022 16:43 - atualizado 09/11/2022 17:45

Os cantores e compositores Caetano Veloso e Gilberto Gil deram entrevista para o programa 'Estúdio 1', da GloboNews
Caetano e Gil se emocionaram ao falar para a GloboNew sobre a morte de Gal Costa (foto: Reprodu��o / GloboNews)

Caetano e Gil participaram, na tarde desta quarta-feira (9/11), ao vivo, do programa "Est�dio 1", da GloboNews, apresentado por Andr�a Sadi, para homenagear Gal Costa. Um dos principais autores de temas para a int�rprete, Caetano falou desse processo. "Eu compus muitas can��es. Ela apenas me avisava que estava fazendo disco e eu fazia as m�sicas", contou, antes de recitar "Minha voz, minha vida" e chorar.

Gil se recordou do in�cio de tudo, quando, estimulados pela bossa nova e pela arte de Jo�o Gilberto, ele, Caetano, Gal e Beth�nia despontaram para a vida art�stica. "Ela apareceu quando eu tamb�m apareci, Caetano apareceu, n�s todos aparecemos para todos n�s. Acabamos nos encontrando todos em torno daquele encantamento pela m�sica nova do Brasil".

O compositor de "Refazenda" e "Tempo rei" tamb�m comentou sobre a m�sica que fez para Gal, intitulada "Viagem passageira": "Ela se queixou que eu n�o tinha feito uma m�sica para ela, para o disco anterior. Ela j� estava t�o habituada a ter can��es nossas, minha e do Caetano, para os trabalhos dela".

"Fiz essa coisa sobre esse sentido passageiro da vida, a mochila de viv�ncias que a gente carrega nas costas. Ela cantou com sentimento mesmo, profundo, que � o tema da can��o", disse o cantor, em prantos. "Ela era como ela cantava mesmo. Muito doce, sempre leve, n�o tinha peso", completou.

Na entrevista, sem conter a emo��o, Gil sublinhou esse tra�o da personalidade de Gal. "Tudo nela era do�ura, era suavidade, e as mem�rias imediatas que me v�m s�o essas. Do lado abrasivo da personalidade dela, n�o tenho muitas mem�rias n�o. Uma vez ou outra ela ficava mais exaltada, mas propriamente vociferando, com queixas extremas com rela��o a qualquer coisa, isso ela n�o tinha n�o. Era sempre muito suave, muito doce", disse.

Caetano assomou que "Gal era doce e b�rbara, naturalmente, mas ela era quase que permanentemente doce", dando a deixa para que a dupla fosse instada a falar do per�odo dos Doces B�rbaros, nos anos 1970.

"Foi Beth�nia que inventou de a gente fazer um trabalho em grupo. Ela tinha tido essa intui��o. Gil e Gal estavam at� com coisas preparadas, apresenta��es, e suspenderam para atender. Chico Buarque � quem diz que Beth�nia e Milton Nascimento a gente sempre obedece", disse Caetano.

Ele se lembrou de quando Gil apresentou "Esot�rico", ressaltando que considera a m�sica uma das coisas mais lindas do mundo. "Em m�sica, Gil � o nosso mestre, � 'o cara' da nossa turma, e nenhum de n�s tem d�vidas disso", elogiou.

"Ele fez esot�rico para Beth�nia e Gal cantarem juntas, a duas vozes, esbo�ou a segunda voz, que Gal faria, e gravou. Gal aprendeu at� rapidamente. A gente combinava de cantar em conjunto, mas Beth�nia n�o muda a divis�o que vem intuitivamente, ent�o fica um junto que n�o � totalmente junto. Gal ficava sorrindo, mas fazendo a segunda voz com perfei��o", disse Caetano. Ao final do programa, Andr�a Sadi disse que era uma honra e um orgulho viver no tempo desses artistas, e os entrevistadores no est�dio aplaudiram.

Amigo de longa data de Gal Costa, Roberto Carlos ainda levou um tempo para lamentar publicamente a morte da cantora. Ele n�o escondeu ter ficado arrasado com a not�cia que recebeu de sua equipe. "Sinto demais pela Gal. Uma tristeza muito grande. Gal maravilhosa sempre", escreveu o Rei.

Cat�lico fervoroso, o cantor e compositor fez quest�o de amenizar o sofrimento dos amigos, fam�lia e f�s com uma mensagem religiosa: "Nosso Deus de bondade a proteja e a aben�oe. Am�m", publicou na legenda de uma foto em que os dois aparecem juntos. Maria Beth�nia tamb�m muito pr�xima de Gal lamentou a perda da amiga. "Em choque, triste demais, dif�cil demais".

"Eu te amo e vou te amar para sempre. As saudades ser�o eternas". Foi assim que Milton Nascimento se despediu da grande amiga Gal Costa. O cantor, que mora em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, e atualmente est� em turn� de encerramento de carreira, relembrou em v�deo um dueto com a baiana na m�sica de sua autoria, "Paula e Bebeto". (com Folhapress)


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