(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas LITERATURA

Ricardo Aleixo fala sobre poesia, mem�rias e literatura no Sempre um Papo

Escritor mineiro conversa com o p�blico nesta segunda-feira (28/11), no audit�rio da Cemig, sobre seu novo livro 'Sonhei com o anjo da guarda o resto da noite'


28/11/2022 04:00 - atualizado 27/11/2022 22:14

Ricardo Aleixo olha para o lado
O mineiro Ricardo Aleixo foi finalista do Pr�mio Jabuti 2022 com o livro "Extraquadro" (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

'Escrevo em leg�tima defesa, porque este pa�s me odeia. Me odeia porque sou negro, venho de fam�lia pobre e amea�o o sistema liter�rio'



Finalista do Pr�mio Jabuti 2022 com “Extraquadro” (Impress�es de Minas), o escritor mineiro Ricardo Aleixo vai falar sobre sua rela��o com a literatura nesta segunda-feira (28/11), �s 19h30, na edi��o presencial do projeto Sempre um Papo, no audit�rio da Cemig.
 
Aleixo acaba de lan�ar “Sonhei com o anjo da guarda o resto da noite” (Todavia) e participou, na �ltima quinta-feira (24/11), de mesa na Feira Liter�ria Internacional de Paraty (Flip), onde abordou sua rela��o com a poesia concreta e apresentou o que chama de “metaperformance”.

Poeta, performer, m�sico e artista visual, Aleixo usa um neologismo para descrever seu of�cio: vidapoesia. Ela est� presente na prosa memorial�stica de “Sonhei com o anjo da guarda o resto da noite”.
 
O processo de cria��o vem de 2004, quando Ricardo come�ou a usar as redes sociais em sua primeira experi�ncia para escrever em um blog. O livro, explica, � a recupera��o de rastros deixados ao longo dos anos nos espa�os virtuais frequentados por ele.
 
“� um processo muito intenso de reativa��o de nexos que eu julgava at� talvez perdidos. Reatei pontas, juntei pontas soltas. Se n�o tivesse fechado o livro para entregar para a editora, esse processo teria continuidade e talvez me levado para outros lugares de cria��o. Sou daqueles que n�o terminam um trabalho, eu os abandono quando j� n�o d� mais tempo de ficar s� reescrevendo”, conta.
 
Aleixo diz que os primeiros feedbacks a respeito de “Sonhei com o anjo da guarda o resto da noite” t�m sido positivos. H� pessoas que decidiram ir devagar para postergar o fim da leitura, enquanto outras j� o leram tr�s vezes. H� tamb�m quem leia enquanto caminha, como Ricado fazia na inf�ncia.
 
“Tem sido muito prazeroso receber esse retorno. O livro � uma grande conversa, uma grande tentativa de conversa, e as pessoas entenderam isso”, afirma.
 
“Escrevo em leg�tima defesa e quero que conste isso: eu escrevo em leg�tima defesa. N�o escrevo s� porque sou um grande escritor. Sou um grande escritor, mas escrevo em leg�tima defesa, porque este pa�s me odeia. Me odeia porque sou negro, venho de fam�lia pobre e amea�o o sistema liter�rio.”

Pr�mio Jabuti

A indica��o ao Jabuti de poesia o linsojeia, mas se trata apenas de um pr�mio, observa. Al�m de Aleixo, os finalistas foram Arnaldo Antunes (com “Algo antigo”), Tatiana Nascimento (“Palavra preta”), a mineira Ana Martins Marques (“Risque esta palavra”) e a vencedora, Luiza Rom�o, com “Tamb�m guardamos pedras aqui”, que levou outro pr�mio, o de livro do ano.
 
“Sou escritor profissional, escrevo porque sou um profissional da literatura”, afirma Aleixo. “Uma coisa � ser indicado (ao Jabuti) e gostar disso. Fui indicado e gosto de ser indicado, mas n�o posso depender disso. Preciso escrever porque eu preciso escrever, n�o porque vou ser indicado ou vou ser premiado, isso tudo � incidente de percurso”, diz.

SEMPRE UM PAPO

O poeta Ricardo Aleixo conversa com o produtor e escritor Afonso Borges, nesta segunda-feira (28/11), �s 19h30, no audit�rio da Cemig (Avenida Barbacena, 1.200, Santo Agostinho). Entrada franca. 
 
* Estagi�rio sob supervis�o da editora-assistente �ngela Faria
 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)