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Estado de Minas M�SICA

Embaixador do Brasil no Egito lan�a segundo disco com codinome art�stico

"Estu�rio", de Tonio Aguiar, � resultado da carreira musical em paralelo � atua��o no Itamaraty do ex-chanceler Antonio Patriota


03/12/2022 04:00 - atualizado 02/12/2022 18:47

Antonio Patriota, vestindo terno cinza, sentado em banquinho preto, sorri para a câmera
Disco do diplomata e m�sico, atualmente embaixador do Brasil no Egito, re�ne suas composi��es ao piano e tem produ��o e dire��o musical de L�o Gandelman (foto: Ayman Totty/Divulga��o)

O ano de 2013 foi muito marcante para o diplomata Antonio Patriota. Ent�o chanceler do governo Dilma Rousseff, ele deixou Bras�lia para se tornar representante permanente do Brasil junto � Organiza��o das Na��es Unidas (ONU), em Nova York. E foi justamente neste per�odo de transi��o que se deu conta de uma quest�o muito simples: poderia gravar m�sicas no telefone celular. 

“Foi uma esp�cie de achado para mim, pois antigamente eu criava melodias e costumava esquec�-las, j� que a mem�ria musical vai embora caso voc� n�o a registre”, afirma. Neste momento, nasceu Tonio de Aguiar, o nome que o diplomata de 68 anos adota em sua produ��o musical – em casa, com a fam�lia e os amigos, ele sempre foi Tonio, vale dizer. 

Hoje, comenta ele, seu smartphone traz pelo menos uma centena de m�sicas, compostas ao longo deste per�odo. Seu segundo �lbum, “Estu�rio”, rec�m-chegado �s plataformas digitais, re�ne os mundos de Antonio Patriota e Tonio de Aguiar, compositor e pianista.

Desde 2019 embaixador do Brasil no Egito, e com passagens recentes pelas embaixadas da It�lia (2016-2019) e dos Estados Unidos (2006-2009), ele apresenta no �lbum temas instrumentais e can��es que evocam elementos destes lugares. “Estu�rio” foi gravado em fevereiro, em seu Rio de Janeiro natal, com produ��o e dire��o art�stica de L�o Gandelman.
 
“Os lugares onde vivi acabam tendo influ�ncia, pois � imposs�vel voc� desfazer sua experi�ncia de vida em cidades como Roma e Cairo. Mas claro que isto passa por um filtro diferente na cria��o musical”, comenta. 

Foi em seu �ltimo dia no Palazzo Pamphili que Patriota, acompanhado do Steinway que pertence � embaixada na capital italiana, teve a ideia para a instrumental “O arco”, que abre o �lbum – o piano aqui � acompanhado por um quarteto de cordas.

Cria��o coletiva

Tamb�m vem de solo italiano a can��o “Portami con Te”, gravada por Paula Morelenbaum. “Tudo o que aconteceu neste disco � uma esp�cie de processo coletivo. Me lembrei que a Paula tinha cantado em italiano em um disco ao vivo com o Jaques Morelenbaum. Achava muito bonito e comentei com o L�o. Ele mandou para ela, que gostou. Mas me disse que n�o sabia se ela gostaria de cantar no tom que eu havia composto a m�sica. E ela quis, o que para mim foi uma coisa m�gica.”
 
 
A temporada norte-americana encontra ecos em “Farofa blues” e em “The bartender”, em que ele, al�m do piano, tamb�m canta. “Em meu primeiro disco (‘Geografia do sentimento’, de 2018), tentei cantar, mas n�o gostei do resultado. Neste, j� me sentindo mais � vontade, fui encorajado pelo L�o. A primeira m�sica que cantei foi ‘Grief-stricken’, meio pop. E achei que deu certo”, acrescenta.

Patriota n�o deixou de lado as ra�zes. Interpretado por Jo�o Cavalcanti, o samba “Carnaval do ano que vem” foi inspirado em “Quando o carnaval chegar”, de Chico Buarque (citado nominalmente na letra). Foi composto durante a pandemia, o que fica claro por meio dos versos “O triste despenhadeiro/deste longo tempo de baixo astral/n�o vai calar meu pandeiro/e impedir que eu curta meu carnaval”.

Lockdown criativo

A crise sanit�ria, por sinal, foi muito produtiva. “No Cairo, durante a pandemia, fiquei muito limitado e sem muitas obriga��es sociais. Passei a me sentar mais ao piano e reunir o novo material. O lockdown estimulou em mim uma criatividade que eu nem sabia que estava l�.”

O piano, por sinal, faz parte da vida de Patriota desde a inf�ncia. Estudou piano cl�ssico a partir dos 8 anos. M�sico diletante por toda a vida, conheceu Gandelman no per�odo em que viveu em Washington.
 
“Depois do show conversamos um pouco. Alguns anos depois, quando eu j� tinha acumulado uma produ��o, tomei coragem e fui falar com o L�o. Para minha surpresa, ele me disse que eu fazia coisas bonitas e resolvemos trabalhar juntos. A primeira experi�ncia foi como um experimento, porque eu realmente nunca tinha tocado em est�dio.”

Com “Estu�rio”, ele admite ter tido uma experi�ncia mais completa, pois j� estava familiarizado com o universo. Falta agora apresentar-se ao vivo. “Precisaria de mais tempo para ensaiar. Mas gostaria, em algum momento, de fazer um show, talvez em um formato pocket, para um grupo menor”, afirma.

Capa do disco Estuário traz foto em preto e branco de homem na beira de rio
(foto: Reprodu��o)
“ESTU�RIO”

• Tonio de Aguiar
• Tratore (11 faixas)
• Dispon�vel nas plataformas digitais


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