
B�rbara Paz, o ator mineiro Tulio Starling, Dan Ferreira e Leticia Colin s�o os protagonistas do longa-metragem, que estreia hoje, em duas salas em Belo Horizonte
Desir�e do Valle/Divulga��oA atriz Let�cia Colin e a diretora Julia Rezende tinham acabado de gravar e lan�ar o longa “Ponte a�rea”, em 2015, quando come�aram a conversar sobre relacionamentos, mais especificamente sobre como as pessoas est�o vivendo seus afetos hoje. Da conversa, surgiram quest�es como “o que � trai��o nos relacionamentos atuais?”, “como os acordos entre casais est�o sendo feitos?” e “� poss�vel viver uma rela��o n�o monog�mica?”.
'O que esses personagens t�m de mais rico s�o as ambiguidades e contradi��es. A Mari, por exemplo, vem de um contexto familiar em que essa situa��o de rela��es extraconjugais gerou muito sofrimento. Mas, ao mesmo tempo, ela � atravessada pela vontade de experimentar alguma coisa que est� fora das linhas do contrato que tem com o marido. Essa ambiguidade faz parte da vida. �s vezes, o que a pessoa acredita que � o certo nem sempre � o que ela consegue fazer'
Julia Rezende, diretora
Fam�lia
Mari, por exemplo, n�o suporta ter que encontrar sua fam�lia conservadora - e um tanto ou quanto hip�crita, conforme sugere em determinado momento do filme. Os relacionamentos extraconjugais que o pai manteve ao longo da vida deixaram traumas em Mari, e a complac�ncia da mulher com o marido infiel esfriou a rela��o dela com a m�e.'O machismo est� na nossa cultura. O homem sempre teve um respaldo e uma tutela social para ser infiel, enquanto � mulher sobrou uma solid�o, um aprisionamento e o trabalho dom�stico. Portanto, n�o � porque um homem � sens�vel, dial�gico ou que busca diluir as rela��es desiguais de poder que ele n�o ser� atravessado - sobretudo em situa��es-limite - por essas quest�es que est�o em nossa cultura'
Tulio Starling, ator
Contradi��es
“O que esses personagens t�m de mais rico s�o as ambiguidades e contradi��es”, afirma a diretora Julia Rezende. “A Mari, por exemplo, vem de um contexto familiar em que essa situa��o de rela��es extraconjugais gerou muito sofrimento. Mas, ao mesmo tempo, ela � atravessada pela vontade de experimentar alguma coisa que est� fora das linhas do contrato que tem com o marido. Essa ambiguidade faz parte da vida. �s vezes, o que a pessoa acredita que � o certo nem sempre � o que ela consegue fazer”, diz.
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