Bonecos do Grupo Giramundo durante o espetáculo Um baú de fundo fundo

Os bonecos do Giramundo estar�o na Pra�a Floriano Peixoto neste s�bado (29/4), com o espet�culo "Um ba� de fundo fundo"

Giramundo/Divulga��o


A pra�a Floriano Peixoto, no Bairro Santa Efig�nia, abriga, neste fim de semana, o retorno do Festival Sabi� – evento que, conforme diz um de seus organizadores, Samir Caetano, “parou logo quando come�ou”. A primeira edi��o foi realizada em 2019, e os preparativos para uma segunda j� estavam em curso no momento em que a pandemia chegou e o projeto teve que ser abortado.

Direcionado ao p�blico com mais de 50 anos e idealizado com o prop�sito de refletir sobre o envelhecimento saud�vel, o festival retoma o formato presencial com o tema “Sabi� na pra�a – Cultura, maturidade, mem�rias e mineirices”. A programa��o prev� mais de 25 atra��es gratuitas, com apresenta��es de m�sica, dan�a, teatro e diversas oficinas, sem necessidade de inscri��o pr�via.

“A gente est� muito feliz de conseguir voltar para a rua depois desse hiato que vivemos. Em 2020, est�vamos nos preparando para fazer a segunda edi��o, pensada com carinho para o espa�o p�blico, e veio a pandemia”, diz D�bora Campos, tamb�m organizadora do evento. Ela explica que n�o houve outra sa�da sen�o readequar o Festival Sabi� para o ambiente virtual.

Durante o per�odo de isolamento social, foram coletados, por meio de chamamentos, e reunidos em um portal v�deos de pessoas diversas registrando suas mem�rias afetivas ligadas �s artes. “Foi bonito, funcionou, foram mais de 150 v�deos, mas agora temos a oportunidade de voltar para o espa�o aberto, que � o ambiente natural do Sabi�”, diz a produtora.

Diversidade d� o tom

Ao comentar a programa��o, ela chama a aten��o para a diversidade que pautou a escolha dos grupos e artistas que v�o se apresentar.

 

“Tentamos contemplar todos os tipos de pessoas poss�veis, transexuais, negros, negras, deficientes visuais, portadores de transtornos mentais, pensando que todo mundo, indistintamente, vai envelhecer, e envelhecer � uma arte”, explica, destacando que a maior parte das atra��es tem mais de 50 anos.

 

Cantor e compositor maurício tizumba usa roupa branca e de braços abertos dança durante espetáculo

Maur�cio Tizumba vai apresentar "Galanga Chico Rei"

Tomas Bodolay/divulga��o
 


O Festival Sabi� come�a na manh� deste s�bado (29/4), com a oficina de percuss�o “Experimentando os sons”, com Danuza Menezes. Na sequ�ncia, o p�blico acompanha uma oficina de dan�a voltada para o p�blico 50+, uma cena curta protagonizada pelo poeta Dudu Melo, a apresenta��o do Coro Sabi�, regido pelo maestro Arnon Oliveira, e narra��o de hist�ria conduzida por Elisa Almeida.

A tarde abre com a dan�a afro da Cia. Baob� Minas. Em seguida, as integrantes do grupo Teatro Entre Elas encenam a esquete “Nos passos do tempo”; a poeta, cantora, compositora, autora teatral e designer de jogos transexual Carline faz uma apresenta��o po�tico-musical; a dupla Lu e Celinha Braga entret�m o p�blico com m�sica e causos; Cida Falabella mostra a cena curta “Outono”; e o Grupo Giramundo encena “Um ba� de fundo fundo”.
 

Rainhas do samba

Para encerrar o primeiro dia de programa��o, o Festival Sabi� ser� palco de uma grande roda de samba comandada pelo m�sico e compositor Thiago Delegado, com o Delegas Samba Clube recebendo as “rainhas do samba” de Belo Horizonte: Tia Elza, Dona Elisa e Dona Jandira. Durante a apresenta��o, professores de dan�a de sal�o ensinar�o passos b�sicos de estilos musicais como samba de gafieira e soltinho.

 

Levar o Giramundo, com 50 anos de trajet�ria, ao palco, e tamb�m Tizumba, as rainhas do samba, todas as atra��es, � muito inspirador. O intuito � fortalecer a ideia de envelhecer bem, ativamente

D�bora Campos, produtora do Festival Sabi�

 


Amanh� (30/4), a programa��o come�a com uma oficina de dan�a voltada especialmente para idosos e outra, de croquis, ministrada pelo arquiteto Rog�rio Braga. Maur�cio Tizumba � a atra��o seguinte, com a pe�a “Galanga Chico Rei”. O show do Trio Mitre, formado por Kiko Mitre (baixo), Lu�sa Mitre (piano) e Nat�lia Mitre (bateria), encerra os trabalhos na parte da manh�.

� tarde, o p�blico pode participar da oficina de fotografia com celular ministrada por N�lio Costa, acompanhar a performance “Louca da laje”, do grupo Sapos e Afogados, e assistir ao show do coletivo Abre a Roda Mulheres no Choro. A programa��o se completa com outros dois shows: da dupla formada por C�lio Balona e Christiano Caldas, e do cantor, compositor e violeiro Wilson Dias, que se apresenta acompanhado do filho, Wallace.
 
Cantora e sambista Dona Jandira sorri enquanto canta e segura o microfone

Dona Jandira, um dos destaques do festival, e outras "rainhas do samba" ser�o recebidas por Thiago Delegado e Delegas Samba Clube

B�rbara Profeta/divulga��o
 
 
D�bora Campos diz que a curadoria foi orientada pelo desejo de dar protagonismo para o "p�blico 50", o que diz respeito tanto aos artistas quanto � plateia.
 
“Fico muito feliz em poder contribuir com uma programa��o t�o rica. Levar o Giramundo, com 50 anos de trajet�ria, ao palco, e tamb�m Tizumba, as rainhas do samba, todas as atra��es, � muito inspirador. O intuito � fortalecer a ideia de envelhecer bem, ativamente”, pontua.

Ela destaca que a percep��o de uma lacuna de eventos voltados para esse p�blico foi o mote para a cria��o do Festival Sabi�. “Sempre fui produtora cultural e sempre observei que todo o calend�rio cultural da cidade era voltado para os jovens. Eu via que tinha esse 'p�blico 50' querendo aproveitar oportunidades, mas sem encontrar espa�o. Pensei: um dia eu vou chegar l�, vou ser uma produtora velha. E come�amos a construir esse projeto.”

“FESTIVAL SABI� NA PRA�A – CULTURA, MATURIDADE, MEM�RIAS E MINEIRICES”

Vinte e cinco atra��es. Neste s�bado (29/4) e domingo (30/4), das 9h �s 18h, na Pra�a Floriano Peixoto, no Bairro Santa Efig�nia. Gratuito. Programa��o completa:  https://www.portalsabia.com.br/.