Zé Celso no 'Esperando Godot'

Z� Celso esteve em BH �ltimo dia 12 de maio, uma sexta-feira, o encenador assistiu � primeira sess�o de "Esperando Godot"

Mariana Peixoto/EM/D.A Press
A mais recente passagem de Jos� Celso Martinez Corr�a por Belo Horizonte foi rel�mpago. No �ltimo dia 12 de maio, uma sexta-feira, o encenador assistiu � primeira sess�o de "Esperando Godot", no Sesc Palladium. Houve mais duas apresenta��es da montagem do texto de Beckett pelo Oficina, com Alexandre Borges e Marcelo Drummond como protagonistas, mas j� no s�bado (13/5), o encenador retornou a S�o Paulo.
 


Ao final das tr�s horas de pe�a, Z� Celso, de cadeira de rodas, foi ao palco e chamou todo o elenco para se reunir com ele. Fez a plateia rir quando comentou que havia uma crian�a, no primeiro ato, que havia atrapalhado um pouco. Tamb�m disse que sabia que o segundo ato funcionaria melhor para o p�blico – "Godot" tem tr�s horas de dura��o.

"A pe�a foi consagrada nesse palco, nesse teatro. Meus parab�ns!", disse ele ao p�blico, quando recebeu, de volta, muitas palmas.
 

A noite era uma celebra��o, j� que na plateia, como convidados da equipe, estavam patax�s, grupos de congado e integrantes do M�es da Favela, programa da Central �nica das Favelas (Cufa).

Antes de vir a BH, Z� Celso falou ao Estado de Minas: "Sou muito antimessi�ncio, n�o gosto de ficar esperando uma coisa que n�o vem. Temos que fazer acontecer". A afirmativa foi uma refer�ncia ao texto de Beckett, em que dois vagabundos ficam esperando por algu�m que nunca vir�.

Atualmente, Z� Celso estava trabalhando em montagem baseada no livro “A queda do c�u: Palavras de um xam� yanomami”, calhama�o de mais de 700 p�ginas de Davi Kopenawa e Bruce Albert. De acordo com o ator Pascoal da Concei��o, ele passou a madrugada da �ltima segunda-feira lendo o texto e foi dormir no in�cio da manh�, quando ligou o aquecedor antes de se deitar. A previs�o � que a pe�a tenha um elenco ind�gena e que ele divida a dire��o com Roderick Himeros, um dos atores presentes em "Godot".