Sinf�nica e Coral L�rico levam �pera � Barragem Santa L�cia, neste domingo

Embora carregue o estigma de elitista, a �pera tem origem popular. “Dafne”, de Jacopo Peri, por exemplo, considerada a primeira obra do g�nero, estreou em pleno carnaval de 1598, na cidade italiana de Floren�a.

Buscando resgatar esse car�ter popular, a Orquestra Sinf�nica e o Coral L�rico de Minas Gerais apresentam neste domingo (9/7), no Parque Jornalista Eduardo Couri, na Barragem Santa L�cia, a pr�via de “Viva �pera: espet�culo dos cl�ssicos oper�sticos”. A montagem completa estreia no pr�ximo dia 20, no Pal�cio das Artes.

O programa tem in�cio com a abertura de “O barbeiro de Sevilha”, composta por Gioacchino Rossini, executada pela orquestra. Na sequ�ncia, o coral entra para cantar “Coro di zingarelle”, de “La Traviata”, de Giuseppe Verdi. A �ria ter� Estef�nia Cap como solista.

“Do ponto de vista do regente, esse � um dos trechos mais dif�ceis”, afirma Andr� Brant, regente assistente da orquestra, que assumir� a batuta neste domingo. “O ‘Coro di zingarelle’ � um coro com orquestra e solista. Ent�o, a maior dificuldade � manter todo mundo unido”, explica.

O programa prossegue com as �rias “Brindisi” e “Addio del passato”, de “La Traviata”; “Preludio” e “Scena delle sacerdotesse”, da �pera “A�da”, de Verdi; “In questa reggia”, de “Turandot”, de Giacomo Puccini; “Gli arredi festivi”, de “Nabucco”, tamb�m de Verdi; e “Um bel di vedremo”, de “Madama Butterfly”, de Puccini.

Ao final do concerto, coral e orquestra retornam a “Nabucco”, executando “Va pensiero”, popularmente conhecida como “Coro dos escravos hebreus”.

A ordem das �rias foi pensada por Brant exclusivamente sob a perspectiva musical. De modo geral, elas s�o efusivas e conhecidas do grande p�blico, como � o caso do pr�prio “Coro dos escravos hebreus”.

“Optei por finalizar com ‘Nabucco’, que � o coro mais conhecido pelas pessoas, talvez um dos mais conhecidos da hist�ria da �pera. J� para o in�cio do concerto preferi ‘O barbeiro de Sevilha’, justamente pelo fato de ser uma abertura”, explica o maestro. “Por se tratar de apresenta��o realizada de manh�, num parque a c�u aberto e sem a parte c�nica, escolhi trechos mais animados.”

 

A �pera completa, que ser� encenada no Pal�cio das Artes, ter� momentos mais suaves, que flertam com a melancolia. “Achei que eles n�o caberiam na apresenta��o deste domingo”, comenta Brant.

 

Tradicionalmente, sempre que a Funda��o Cl�vis Salgado (FCS) prepara alguma �pera, trechos dela s�o apresentados ao p�blico antes da estreia. Geralmente, o evento ocorre no Parque Municipal Am�rico Ren� Giannetti.

No entanto, o concerto de hoje marca o in�cio do projeto da funda��o de descentralizar suas produ��es, levando-as �s regi�es perif�ricas da cidade. Por isso, a escolha da Barragem Santa L�cia, onde fica um dos maiores aglomerados da capital. A pr�xima apresenta��o deve ocorrer na Lagoa do Nado, Regi�o da Pampulha, em agosto.

“Viva �pera: espet�culo dos cl�ssicos oper�sticos” � um compilado de fragmentos de obras que j� foram montadas pela FCS. De “O barbeiro de Sevilha” a “La Traviata”, passando por “A�da”, “Madama Butterfly”, “Nabucco” e “Rigoletto”, est� tudo no espet�culo. “Mas haver� todo um enredo c�nico costurado justamente pelos trechos das �peras, formando uma �nica obra”, avisa Brant.

“Optou-se por interpret�-las porque estamos fazendo �peras italianas (h� algum tempo). Vamos voltar a elas por dois motivos: o primeiro � que estamos utilizando muito dos figurinos e cen�rios (do acervo da FCS). O segundo � que nosso diretor c�nico, Pablo Maritano, entendeu que haveria uma l�gica que melhor costuraria o enredo que ele planejou”, explica o maestro.

 

Assim, por mais que se trate de uma esp�cie de caleidosc�pio, “Viva �pera” conta com elementos essenciais a obras do g�nero, como �rias, duetos e quartetos.

“O bom de fazermos a apresenta��o no parque � que, na maioria das vezes, as pessoas que assistem a esses concertos s�o aquelas que est�o curtindo o passeio, elas n�o se programaram para assistir a um espet�culo de m�sica de c�mara. S�o pessoas que n�o iriam ao teatro para ver esse tipo de apresenta��o. Isso � �timo, porque tira o estigma elitista desse tipo de m�sica”, conclui Brant.

• Com Orquestra Sinf�nica e Coral L�rico de Minas Gerais

• Neste domingo (9/7), �s 10h30
• Parque Jornalista Eduardo Couri, na Barragem Santa L�cia (Avenida Arthur Bernardes, 85, Vila Paris)

• Entrada franca

• Informa��es: (31) 3236-7400 ou no site fcs.mg.gov.br