O C6 mirou as fichas na cantora Taylor Swift com as seis apresenta��es no Brasil, em novembro
O Santander acaba de firmar uma parceria com a produtora global Live Nation para trazer nomes internacionais aos palcos brasileiros. A primeira estrela do line-up ser� a cantora canadense Alanis Morissette, mas f�s j� especulam nas redes sociais sobre a possibilidade de a estrela norte-americana Beyonc� ser uma das pr�ximas a vir ao pa�s.
O Ita�, que j� vem patrocinando nos �ltimos anos o Rock in Rio, tamb�m investiu no "primo paulista" The Town, enquanto o BB (Banco do Brasil) investe em patroc�nios a eventos como o festival Jo�o Rock, em Ribeir�o Preto, o Tur�, em S�o Paulo e Porto Alegre, e o Primavera Sound, tamb�m em S�o Paulo.
O Bradesco, por sua vez, tem buscado rejuvenescer a marca por meio do patroc�nio ao festival Lollapalooza, enquanto o C6 mirou as fichas na cantora Taylor Swift.
Benef�cios
As parcerias entre bancos e artistas geralmente envolvem uma pr�-venda antecipada exclusiva aos clientes, que tamb�m contam com descontos e parcelamentos estendidos no cart�o de cr�dito.
O Ita� ofereceu aos clientes pr�-venda exclusiva de ingressos para o "The Town" e lan�ou uma promo��o na qual, a cada R$ 100 acumulados em compras no cart�o, os clientes concorrem a um par de ingressos para o festival.
Diretor de marketing do Ita�, Eduardo Tracanella afirma que esse tipo de patroc�nio � parte de uma plataforma de relacionamento maior e de longo prazo por meio da qual o banco estabelece uma conex�o com seus clientes.
"O retorno se d� n�o s� pela visibilidade e reconhecimento que a marca conquista, mas tamb�m da mem�ria afetiva que eventos culturais patrocinados pelo banco geram", diz Tracanella.
O patroc�nio aos grandes festivais de shows permite uma conex�o n�o apenas racional com o p�blico, via a oferta de produtos e servi�os, mas principalmente emocional, afirma o diretor de marketing do Ita�.
Segundo ele, na �ltima edi��o do Rock in Rio, que o banco tem patrocinado h� seis edi��es, o Ita� foi a marca mais falada nas m�dias sociais no primeiro final de semana, segundo levantamento da BrandWatch.
Na mesma linha, a executiva respons�vel pela �rea de experi�ncia e cultura do Santander, Bibiana Berg, afirma que a parceria com a Live Nation busca trazer ganhos relacionados � percep��o da marca junto ao grande p�blico e estreitar o relacionamento com a base de clientes, al�m de atrair novos correntistas.
"Os shows atraem diversos p�blicos e a nossa ideia � trazer nomes que variam bastante [o p�blico-alvo]", afirma Bibiana, sem antecipar quais ser�o os pr�ximos artistas a se apresentarem no Brasil por conta da parceria.
Rumores nas redes sociais indicam que a cantora norte-americana Beyonc� seria um dos nomes trazidos pela dupla, mas o Santander e a Live Nation n�o confirmam.
De toda forma, mesmo sem uma confirma��o oficial, f�s da artista t�m feito publica��es nas redes sociais em que afirmam estar interessados em abrir uma conta no banco para ter acesso facilitado aos ingressos, que prometem ser disputados.
"A cada projeto, investigamos como podemos oferecer vantagens que nos ajudar�o na miss�o de oferecer as melhores experi�ncias aos clientes, assim, as mem�rias positivas nos ajudam a criar uma conex�o perene com o banco, que � sustentada com o acesso a uma oferta de benef�cios tang�veis por meio de nossos produtos e servi�os que poder�o ser usados em outras oportunidades, seja em um novo festival de m�sica ou necessidades do dia a dia", afirma Tracanella.
O banco n�o abre a demanda que tem chegado por conta dos shows, mas, segundo Gustavo Santos, executivo respons�vel pela �rea de experi�ncia do cliente, a parceria acaba de fato atraindo um p�blico que at� ent�o n�o tinha relacionamento com o Santander e que passa a ter acesso aos produtos financeiros ofertados pela institui��o, al�m de aumentar o engajamento de quem j� � cliente.
"Nosso interesse n�o � s� promover um show, mas mostrar que os nossos servi�os d�o outros benef�cios n�o financeiros", diz Bibiana. "� muito importante vincular o cliente", acrescenta a executiva.
Segundo o BB, o banco busca patrocinar projetos que expressem a pluralidade cultural, a diversidade e a riqueza de manifesta��es regionais que garantam representatividade em suas produ��es.
O banco diz que atua com todos os p�blicos e segmentos da sociedade, gerando neg�cios e "experi�ncias memor�veis com a marca".
"O BB j� obt�m resultados efetivos [de abertura de contas] a partir de sua estrat�gia em marketing promocional e no patroc�nio a eventos e projetos culturais. Por estarmos em um segmento de concorr�ncia acirrada, optamos por n�o divulgar esses dados para preserva��o de nossos neg�cios", informou o BB em nota enviada � Folha.
O banco digital C6 tamb�m investiu no patroc�nio de grandes shows para atrair clientes ao apostar nas apresenta��es da cantora norte-americana Taylor Swift.
Para os clientes que buscavam aumentar o limite do cart�o de cr�dito para adquirir os ingressos, o banco digital lan�ou uma oferta em que, a cada R$ 1 investido no CDB Cart�o de Cr�dito do C6, o cliente ganhava R$ 1 de limite adicional.
A opera��o, no entanto, gerou uma s�rie de reclama��es nas redes sociais por parte de clientes que se queixaram de n�o ter conseguido aumentar o limite ap�s o investimento.
Acesso antecipado
Advogado e pesquisador do programa de servi�os financeiros do Idec, Fabio Pasin afirma que, em linhas gerais, a jurisprud�ncia no C�digo de Defesa do Consumidor n�o veda pr�ticas relacionadas a promo��es de bancos destinadas aos clientes para compra de ingressos em shows e eventos culturais.
No entanto, a restri��o aos demais consumidores deve ser moment�nea e por um per�odo breve, sem prejudicar aqueles que n�o s�o clientes na aquisi��o dos ingressos.
"� preciso garantir que todos ter�o direito aos mesmos setores, sob as mesmas condi��es, sem eleva��o do pre�o em rela��o � pr�-venda", diz Pasin.
Sem entrar em casos espec�ficos, o pesquisador do Idec acrescenta que, caso a institui��o financeira induza o consumidor a contratar um servi�o apenas para ter acesso a determinado produto, a a��o pode ser considerada uma venda casada, considerada pr�tica abusiva pelo C�digo de Defesa do Consumidor.
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