Fernando Botero durante visita ao seu pr�prio museu, na Col�mbia, em 2016
Morreu nesta sexta-feira (15/9), aos 91 anos, o artista colombiano Fernando Botero. Pintor, escultor e cartunista, ele estava em sua casa em M�naco, segundo informam os jornais "El Pa�s" e "El Tiempo" e a W Radio.
Nas redes sociais, o presidente colombiano Gustavo Petro lamentou a morte de Botero e exaltou sua import�ncia para as artes e para o pa�s: "Morreu Fernando Botero, o pintor das nossas tradi��es e defeitos, o pintor das nossas virtudes. O pintor da nossa viol�ncia e paz. Da pomba rejeitada mil vezes e mil vezes colocada em seu trono".
Conhecido por seu pr�prio estilo de pintura, chamado boterismo, Fernando Botero ficou famoso por suas artes que funcionam como cr�ticas sociais, sobretudo a respeito da gan�ncia humana.
Pintor e escultor nascido em Medell�n, na Col�mbia, em 1932, Botero foi o segundo de tr�s filhos do vendedor Davi Botero e da costureira Flora Angulo. Perdeu o pai aos 4 anos e teve no tio uma esp�cie de figura paterna.
Come�ou a trabalhar como ilustrador em 1948, e tamb�m trabalhou como cen�grafo antes de se mudar para Bogot�, pouco tempo depois. Na capital, realizou sua primeira mostra internacional e, logo em seguida, em 1952, foi para Madrid, na Espanha, estudar na Academia de San Fernando. Na Europa, tamb�m aprendeu a t�cnica de afrescos, quando passou um tempo em Floren�a, na It�lia, o que influenciou fortemente suas obras a partir de ent�o.
Em 1955, voltou para a Col�mbia e exp�s na Biblioteca Nacional, em Bogot�. Ap�s passar um tempo no M�xico, onde sua obra ganhou um teor social e pol�tico, fixou resid�ncia em Nova York. A partir dos anos 70, passou a dividir seu tempo entre Paris, Madrid e Medell�n.
Sua obra abarca cerca de 3 mil pinturas e mais de 200 esculturas, assim como desenhos e aquarelas. Inicialmente, ele navegava em um estilo mais expressionista, que aos poucos foi se transformando para que sua pr�pria assinatura fosse criada.
O boterismo envolve o retrato de figuras mais rechonchudas e com grande volume corporal, por vezes exagerado, algo que navega entre a cr�tica e o humor. Cr�ticas � gan�ncia humana s�o fortes em sua obra, e por diversas vezes, o artista j� respondeu que n�o pintava pessoas gordas. Para ele, o exagero no tamanho n�o tem a inten��o de transmitir a realidade, � uma escolha de estilo.
*Para comentar, fa�a seu login ou assine