Fabiana Cozza faz show com entrada franca na Pampulha neste domingo (24/9)

 

A mitologia africana, a di�spora negra no Brasil, o candombl� e a umbanda inspiraram o �lbum “Dos santos”, de Fabiana Cozza. Lan�ado em 2020, durante a pandemia, s� agora a cantora paulistana apresentar� esse repert�rio ao vivo para o p�blico de BH. Neste domingo (24/9), �s 14h30, ela faz show no Parque Ecol�gico da Pampulha.

 

A turn� roda o pa�s desde 2021. “J� fizemos as cidades de S�o Paulo e Rio de Janeiro. Agora faremos Bras�lia, por conta do projeto da Caixa Cultural, no qual fui aprovada. Vamos nos apresentar tamb�m em Salvador ainda este ano”, comenta Fabiana.

 

“‘Dos santos’ traz 19 faixas, mas devo cantar cerca de 14, al�m de mais tr�s temas de outros trabalhos que lancei com a mesma tem�tica. Como � palco de rua em BH, a gente precisa dar uma misturada no sentido de contemplar a plateia com o repert�rio do qual ela possa participar de alguma forma”, afirma.

Perer� e Donato

Fabiana j� tem p�blico cativo na capital, onde se apresentou v�rias vezes. “Vou cantar ‘Senhora negra’, do mineiro S�rgio Perer�”, adianta. Outra do repert�rio de hoje, “Emori�”, � um dos sucessos de Jo�o Donato, que morreu em julho. “O objetivo � homenagear esses dois grandes m�sicos brasileiros”, diz.

 

No palco estar� o baixista Fi Mar�stica, de 37 anos, diretor do disco “Dos santos”. “Ele � um dos grandes m�sicos da sua gera��o, um cara que tem feito muita coisa bacana”, conta Fabiana, que estar� acompanhada tamb�m do baterista Cleber Almeida e do guitarrista F�bio Leal.

 

O show faz parte do 3º Circuito Cultural Pampulha, que comemora os 80 anos do importante complexo paisag�stico e arquitet�nico de Belo Horizonte.

 

 

 

Em novembro, Fabiana Cozza lan�a �lbum com in�ditas de Nei Lopes. O carioca, al�m de ser cantor, compositor e escritor, � especialista em di�sporas negras africanas. Em outubro, sai o single da cantora, uma parceria de Nei com Wilson Moreira.

 

“O disco est� bem bonito e tamb�m muito informativo”, diz Fabiana, afirmando que Nei Lopes “tem o samba como patente”. 

 

Aos 81 anos, o carioca � refer�ncia nacional em cultura afro-brasileira. Em 2016, ele ganhou o Pr�mio Jabuti com o livro “Dicion�rio social do samba”, escrito com Luiz Ant�nio Simas (outro especialista em matrizes africanas). � tamb�m autor do “Dicion�rio banto do Brasil” (1996).

Racismo estrutural

Nei Lopes lan�ou v�rios discos, � doutor honoris causa em diversas universidades e uma das principais vozes do pa�s na luta contra o racismo estrutural.

 

“Acredito que a gente tem de aproveitar bastante esses mestres que ainda est�o por aqui e gravar suas obras”, afirma Fabiana, ressaltando a contribui��o de Nei Lopes, “que est� no n�vel daqueles que est�o no pante�o da MPB”.

 

Com trabalho profundamente marcado pelas mitologias negras, Fabiana lan�ou, al�m de “Dos santos”, os �lbuns “Canto da noite na boca do vento”, “Ay amor!”, “Partir”, “Canto sagrado: Uma homenagem a Clara Nunes”, “Fabiana Cozza”, “Quando o c�u clarear” e “O samba � meu dom”.

 

Formada em jornalismo, a artista paulistana escreveu o livro de poemas “�lbum duplo” e ganhou duas vezes o Pr�mio da M�sica Brasileira, nas categorias de melhor cantora de samba e melhor �lbum em l�ngua estrangeira (por “Ay, amor!”, inspirado na obra do cubano Bola de Nieve). n

FABIANA COZZA E TRIO

Neste domingo (24/9), �s 14h30, no Parque Ecol�gico Promotor Francisco Lins do Rego (Av. Otac�lio Negr�o de Lima, 6.061, 

Pampulha). Entrada franca.

 

 

OUTRAS ATRA��ES DO CIRCUITO PAMPULHA

A programa��o gratuita do Circuito Cultural Pampulha vai das 10h �s 17h, no Parque Ecol�gico. Uma das atra��es deste domingo ser� o DJ Thales Dusares, que comandar� as picapes durante todo o dia.

 

Outro destaque � Cliver Honorato, que mistura rock noventista, m�sica brasileira contempor�nea e cr�tica social no show “Indolente malandragem”.

 

Tamb�m subir� ao palco o Grupo Teresa, banda de samba e pagode formada s� por mulheres. A proposta delas � chamar a aten��o para a resist�ncia feminina presente nas manifesta��es de matriz africana.