obra 'Velócias gigantes' (2003), de Yara Tupynambá

"Vel�cias gigantes" (2003), de Yara Tupynamb�, est� na mostra "Nossa modernidade"; artista sofreu avc em abril deste ano

Errol Flynn Galeria de Arte/DIVULGA��O

A mostra “Nossa modernidade”, que ser� aberta ao p�blico nesta ter�a-feira (31/10), a partir das 10h, na Errol Flynn Galeria de Arte, re�ne 135 obras de 59 artistas brasileiros, entre eles Di Cavalcanti, C�ndido Portinari, Tarsila do Amaral e a homenageada, Yara Tupynamb�.

Com pinturas, esculturas, guaches e desenhos, que podem ser vistos at� 20 de novembro, o acervo foi condensado a partir da uni�o do cat�logo da galeria mineira e da TNT Galeria, do Rio de Janeiro. “Nunca nenhuma galeria de Belo Horizonte apresentou uma mostra t�o forte e t�o representativa da arte brasileira como essa”, destaca o colecionador Errol Flynn.

A exposi��o, segundo os organizadores, tamb�m conta com obras particulares de alguns colecionadores, sendo muitas in�ditas em mostras abertas ao p�blico. “Nossa ideia foi fazer um apanhado do pr� e do p�s-modernismo e do per�odo em si. Obviamente n�o conseguimos reunir todos os artistas que n�s quer�amos. Mas, dentro da proposta que foi feita, atingimos mais de 80% do acervo que quer�amos apresentar”, explica Errol.

Durante o percurso, o visitante poder� entrar em contato com trabalhos de artistas de diferentes per�odos da express�o modernista. A visita, em forma de linha do tempo, parte do s�culo 19, com o quadro “Alto da Tijuca”, produzido em 1879 por Nicolau Facchinetti, e vai at� o ano de 2022, com obras do carioca Roberto Magalh�es.

Destaques mineiros

“Nossa modernidade vai al�m do Modernismo, pegamos os desdobramentos do Modernismo, do que foi acontecendo posteriormente. Fizemos um recorte bem seleto de artistas importantes e representativos da arte brasileira com obras importantes”, afirma o curador. Obras de artistas mineiros, entre eles Amilcar de Castro, Inim� de Paula e Fernando Lucchesi, tamb�m marcam forte presen�a na exposi��o.

Homenageada da mostra, a pintora e muralista mineira Yara Tupynamb�, de 91 anos, sofreu um AVC em abril deste ano. Com o lado esquerdo do corpo paralisado e sequelas na mem�ria, ela parou de pintar e n�o deve comparecer � mostra, segundo informou Geraldo Porf�rio, genro de Yara, e quem responde atualmente pela artista.

Errol Flynn Junior explica que homenage�-la � uma forma de mandar for�as para a artista e mostrar que, mesmo durante este momento dif�cil, Yara n�o ser� esquecida. “Ela � uma artista important�ssima dentro do contexto de Minas Gerais, e tamb�m uma das maiores muralistas do Brasil”, afirma.

“Eu a tenho como se fosse minha av�, costumava visit�-la de duas a tr�s vezes por semana. N�s t�nhamos v�rios projetos em andamento que foram pausados diante desse ocorrido”, acrescenta o colecionador, que destaca sua rela��o de amizade com Yara.

Passado e presente juntos

Por sua vez, Geraldo Porf�rio, que acompanha a artista mineira desde 1975, diz que Yara Tupynamb� � sin�nimo de modernidade. “Apesar da idade, ela se manteve sempre atualizada. O moderno � isso, ter o atual com uma mistura do passado. Ela � uma artista que corresponde bem a isso, de dialogar com o passado e com o presente.”

Com sete murais da pintora tombados pelo Patrim�nio Art�stico da Prefeitura de Belo Horizonte, Geraldo destaca a contribui��o da muralista para a cultura mineira. “Tem contribui��o maior do que essa? Se Minas Gerais tem uma hist�ria, Yara a contou.” 

“NOSSA MODERNIDADE”
Abertura para o p�blico nesta ter�a-feira (31/10), a partir das 10h, na Errol Flynn Galeria de Arte (Rua Curitiba, 1.862, Lourdes). Exposi��o segue em cartaz at� 20 de novembro. Visita��o de segunda a sexta, das 10h �s 18h. Aos s�bados, das 10h �s 13h. Entrada gratuita.

* Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Tet� Monteiro