
O hip-hop nasceu nos Estados Unidos, mas foi incorporado e se transformou em formas de express�o de jovens em todo mundo. Em Minas, n�o � diferente. Pensando na relev�ncia do movimento para a juventude, sobretudo a juventude negra, deputados prop�em que seja considerado patrim�nio imaterial de Minas. O tema foi discutido em audi�ncia p�blica, na quarta-feira (15/09), proposta pela Comiss�o de Cultura da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Por contar pr�pria
O DJ e produtor cultural Renato Luiz Borges, organizador da Semana do Hip-Hop de Belo Horizonte, evento que promove a��es de valoriza��o e conscientiza��o por meio da cultura e da arte, foi um dos participantes da audi�ncia. O DJ apontou como a falta de recursos b�sicos impede o avan�o do hip-hop em Minas Gerais.
“As pessoas do hip-hop n�o t�m visibilidade e estrutura. Por isso, estamos buscando dar espa�o para essas pessoas que n�o t�m material, qualidade de som, sprays com tinta de qualidade. Estamos trabalhando isso nas �ltimas edi��es do projeto Semana do Hip-Hop”, comentou Renato.
Para o B-boy Luizin, de Ipatinga, que realiza desde 2006 oficinas gratuitas de breaking, o movimento tem se organizado e se mantido por conta pr�pria em muitas situa��es.
“Sem incentivo, nossa realidade � a velha realidade de tirar do pr�prio bolso. Temos DJ’s, grafiteiros, b boys, b girls, MC’s, rappers, videomakers e fot�grafos registrando esses momentos”, destaca Luizin, que tamb�m indica a necessidade de estrutura de qualidade a todos esses participantes do hip-hop mineiro.
A deputada Andr�ia de Jesus defendeu a import�ncia de pol�ticas p�blicas para fomentar o hip hop. “� poss�vel salvar nossa juventude com a��es positivas, mas n�s estamos em um governo do estado que investe tanto em seguran�a p�blica, mas acaba levando mais viol�ncia para esses territ�rios”, comentou Andr�ia.
Outra barreira mencionada pelos participantes s�o as inscri��es nos editais e projetos p�blicos de incentivo ao hip-hop. Para Marcos Louren�o, produtor musical de Uberl�ndia, esses documentos t�m uma linguagem dif�cil e complexa, tornando o acesso a recursos financeiros mais dif�ceis. Muitas vezes, artistas n�o tem afinidade com linguagem t�cnica, nas inscri��es desses editais, ent�o elas n�o conseguem viabilizar seus projetos art�sticos”, apontou Marcos, que tamb�m mencionou a necessidade editais exclusivos a projetos sobre hip-hop.
Elizane Fl�via Santos, B-girl e arte educadora de Divin�polis trabalha em projetos, a��es e atividades da cultura hip-hop que acabam envolvendo diversos moradores da cidade. Ela comenta como um dos projetos em que participa, chamado Hip Hop Oficina de Rua (H2OR), tem a importante miss�o de valorizar o movimento para al�m da arte. “Incentivar crian�as e adolescentes a participarem da cultura hip-hop como cultura, como social e tamb�m como uma oportunidade de se profissionalizar na �rea, pois cada elemento do movimento d� a gente essa oportunidade de trabalhar dentro da �rea", disse.
ELEMENTOS DO HIP-HOP
Reunindo elementos como o breakdance, os grafites, o rap, os DJs e os MC’s, o hip-hop � atualmente uma das principais culturas perif�ricas do Brasil.
O
breakdance tornou-se esporte ol�mpico
, j� integrando o quadro de modalidades da edi��o dos Jogos Ol�mpicos de Paris 2024. Os slams, poesias faladas,
destacam-se nos cen�rios urbanos de BH
e de outras cidades do pa�s.