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Estado de Minas INTOLER�NCIA RELIGIOSA

Terreiro � destru�do por inc�ndio em Pernambuco

Frequentadores do Terreiro Salinas acreditam que o inc�ndio tenha sido criminoso e motivado por racismo religioso


06/01/2022 10:00 - atualizado 06/01/2022 10:27

Terreiro Salinas em cinzas
Terreiro Salinas, no litoral sul de Pernambuco, foi destru�do pelas chamas no dia 01 de janeiro (foto: Reprodu��o: Instagram)


Um inc�ndio destruiu um espa�o religioso no litoral sul de Pernambuco no primeiro dia do ano. Il� Ax� Ayab� Omi, tamb�m conhecido como Terreiro Salinas, � um espa�o de celebra��o das religi�es de matriz africana, afro-brasileira e afro-ind�gena e foi totalmente consumido pelo fogo.

O Terreiro foi fundado, h� 2 anos, pelo babalorix� L�vio Martins em S�o Jos� da Coroa Grande. Al�m da perda material, de toda a estrutura do local, houve tamb�m perdas simb�licas e de objetos que eram passados de gera��o em gera��o na fam�lia do babalorix� L�vio Martins, fundador do Terreiro.
 
No local, tamb�m era realizada a distribui��o de sopa, a entrega de cestas b�sicas da campanha Tem Gente com Fome e eram oferecidas aulas de refor�o para as crian�as da regi�o. 

F� inabal�vel

Os frequentadores do Terreiro acreditam que o inc�ndio tenha origem criminosa, se tratando de racismo religioso, uma vez que parte da cerca que delimita o local parece ter sido retirada, para abrir passagem aos invasores al�m do hist�rico de j� terem tido seus rituais interrompidos anteriormente por tr�s vezes. 

“N�o � de hoje que os terreiros das religi�es de matriz africana, afro-brasileira e afro-ind�gena t�m sido alvo constante de viol�ncias, intoler�ncias e racismo religioso. Tentam impedir a realiza��o de nossos rituais, da adora��o aos nossos orix�s e entidades sagradas” divulgaram na p�gina oficial do Terreiro no Instagram.

Tamb�m na p�gina do Instagram, Livio afirmou que apesar da destrui��o do Terreiro, a f� n�o foi destru�da. “Os igbas, os ta�as s�o representatividade de tudo que acreditamos, e o que aconteceu foi uma tentativa de apagamento, de silenciamento e opress�o, mas que n�o nos impedir� de continuar a cultuar nosso sagrado”, foi declarado na postagem.

A��es jur�dicas e legais j� foram iniciadas pelo terreiro. Na Segunda-feira (3/1) foi registrado boletim de ocorr�ncia na Delegacia de S�o Jos� da Coroa Grande e foi aberto um pedido de investiga��o ao Minist�rio P�blico de Pernambuco. O local ser� analisado pela per�cia para apurar se o inc�ndio realmente foi criminoso.
 
*Estagi�ria sob a supervis�o de M�rcia Maria Cruz 


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