
Respons�vel por movimentar anualmente R$ 4 bilh�es e com mais de 5 mil estabelecimentos no pa�s, o setor tem grande impacto na economia brasileira. Minas Gerais � o segundo estado com mais mot�is (575), ficando apenas atr�s apenas de S�o Paulo.
Contrata��o de mulheres indica avan�os sociais e econ�micos
Tendo em vista que 54,5% das mulheres est�o no mercado de trabalho, segundo Larissa Calabrese, gerente da ABMot�is, a contrata��o significativa de mulheres em mot�is representa um avan�o n�o somente econ�mico, como tamb�m social.
“V�rias mulheres s�o respons�veis pela renda majorit�ria da casa e s�o chefes de fam�lia. Por isso, somos muito orgulhosos por contribuir e dar prioridade na contrata��o de mulheres, oferecendo diferentes oportunidades de atua��o”, explica.
Larissa assegura que a presen�a feminina em mot�is � diversa, j� que elas atuam em v�rios setores de servi�o. “N�o existe uma coloca��o espec�fica dentro da motelaria sobre os cargos que possuem predominantemente a atua��o de mulheres. Temos a m�o de obra feminina tanto em �reas administrativa, gerenciais e financeiras, quanto de opera��o (camareiras, arrumadeiras e cozinheiras)", garante.
A gerente da ABMot�is afirma que esse n�mero tamb�m est� associado ao trabalho desenvolvido por essas funcion�rias, que costumam ser mais atentas aos detalhes, contribuindo para a qualidade do servi�o.
“A mulher, em geral, cumpre a sua fun��o com mais delicadeza, atenta aos detalhes e, devido aos mot�is buscarem oferecer aos seus clientes uma experi�ncia diferente, isso se torna um fator muito relevante. Portanto, os propriet�rios e os respons�veis pelas contrata��es observam essas qualidades, j� que agregam valor para o h�spede”, explica.
Segundo a ABM�teis, os estabelecimentos que investem em ambientes e bons servi�os tendem a crescer em m�dia anual de 10%. Em 2022, estima-se que o mercado moteleiro movimentar�, no Brasil, cerca de R$ 10 bilh�es.
Mudan�a de perspectiva sobre mot�is
Al�m disso, n�o � apenas nos postos de trabalho que as mulheres s�o decisivas para a motelaria. Segundo Larissa, as mulheres s�o as respons�veis pela escolha dos mot�is e das su�tes, por isso, o marketing utilizado pelos estabelecimentos deve ser avaliado para atrair o p�blico alvo. “Propagandas machistas e com duplo sentido impactam negativamente na hora da decis�o. Pensar como elas, � mais f�cil quando se � uma delas”, completa.
Tendo isso em vista, a mudan�a de percep��o dos propriet�rios que buscam manter e alcan�ar novos clientes � fundamental, sendo necess�rio realizar alguns ajustes, sobretudo, para tra�ar o perfil recente dos consumidores.
“Os donos dos mot�is come�aram a observar que a data mais movimentada � o Dia dos Namorados e que muitas reservas eram feitas para comemorar anivers�rio e pedidos de namoro e casamento. Portanto, � importante que o marketing, feito nas redes sociais, seja direcionado para essas pessoas”, afirma Larissa.
De acordo com a gerente da ABM�teis, uma pesquisa realizada em nove capitais, pela Hello Research, encomendada Associa��o e o Guia de Mot�is, conclui que 85% dos clientes que frequentam esses locais, pelo menos seis vezes ao m�s, s�o casais fixos.
Ao ser questionada sobre o preconceito que algumas mulheres poderiam sofrer por trabalhar no setor da motelaria, Larissa explicou que a mudan�a de cen�rio, em rela��o aos clientes que frequentam esses locais, contribuiu para o rompimento de alguns estere�tipos.
“Muitas pessoas se orgulham de trabalhar em m�teis, inclusive muitos propriet�rios fazem quest�o de mostrar essa mudan�a de perspectiva. Afinal, n�o se trata mais de um local enviesado socialmente pela clandestinidade, mas sim onde parceiros cultivam a intimidade, algo muito importante para qualquer relacionamento”, explicou.
Isso tamb�m influenciou no servi�o oferecido pelos mot�is, j� que, agora, s�o pass�veis de reclama��es. “Os h�spedes querem ter acesso � reserva antecipada, acompanhar nas redes sociais algumas novidades e tamb�m poder marcar os seus parceiros na postagem, vai querer um ambiente confort�vel, com piscinas e hidromassagem. O p�blico mudou e, com isso, � importante investir em tecnologias”, completa Larissa.