
A deputada estadual Andr�ia de Jesus (Psol) afirma ter sofrido amea�as, em Janu�ria, no Norte de Minas, quando estava em visita oficial pela Comiss�o de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerias a tr�s comunidades quilombolas: Sangradouro, Croat� e Gameleira.
A deputada chegou �s comunidades por volta das 9h desta segunda-feira (7/3). Ela estava no local para fiscalizar o cumprimento de decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF), de 4 de mar�o de 2022, que garantiu a perman�ncia de quilombolas nas respectivas comunidades, enquanto uma a��o que questiona a posse est� em julgamento.
A deputada foi abordada por dois homens, quando tentava chegar de barco �s comunidades. Devido �s chuvas dos �ltimos dias, h� alagamento em algumas partes, que faz com que seja necess�rio o uso de barcos. Conforme a deputada relata foi, nesse momento, que ela foi abordada por um homem que n�o se ide identificou e a inqueriu sobre os motivos de ela estar ali. Ela explicou que era deputada e que estava em visita oficial pela Comiss�o de Direitos Humanos.
"Explicamos quem �ramos e entramos. Depois, ele chamou um segundo homem que j� veio armado. Cobrei deles que se identificasse. � um direito constitucional, o parlamentar pedir a identifica��o do cidad�o. Ele se negou a se identificar e come�ou a xingar e a gritar, desqualificando meu trabalho", relata a deputada. Al�m disse, o homem come�ou a mostrar a arma na cintura.
“A primeira coisa que ele fez depois da abordagem foi buscar uma arma e colocar na cintura. Come�ou a se identificar que � policial inativo, aposentado. Informa��o que ainda n�o se confirmou.”
A deputada chamou a Pol�cia Militar para registrar o boletim de ocorr�ncia por desobedi�ncia e desacato e por a��o que dificultava a atividade de fiscaliza��o. A pol�cia chegou, mas a deputado teve dificuldade de fazer o boletim de ocorr�ncia. "Verificamos a resist�ncia do pr�prio comando de fazer o boletim.”
Por meio de nota, a Pol�cia Militar de Minas Gerais (PMMG) esclareceu que, conforme solicitado pela parlamentar, foi confeccionado Boletim de Ocorr�ncia nos termos da legisla��o vigente.
Dificuldade para registrar o boletim
Al�m das amea�as que a deputada denunciou, ela afirma ter tido dificuldade para fazer o registro do boletim de ocorr�ncia. Enquanto tentava apresentar o ocorrido aos policiais que foram ao local, tudo estava sendo transmitido ao vivo, a deputada pontuou que os homens acusados de agress�o n�o estavam sendo devidamente conduzidos � delegacia dada a gravidade do fato.
Andr�ia pontua que os policiais estavam dando tratamento equivalente a uma deputada estadual em miss�o oficial e homens que foram acusados de amea��-la. Por v�rias vezes, a deputada afirmou que estava em miss�o oficial, mas ainda assim se sentiu desamparada. Ela tamb�m questiona o fato de um dos homens que a ame�ou ter se apresentado como policial, ponto que precisa ser investigado.
A reportagem entrou em contato com a Pol�cia Militar de Minas Gerais, que at� o momento n�o retornou.