
Depois de posicionamento transf�bico do ministro da Educa��o, Milton Ribeiro na ter�a (8/ 3), a Alian�a Nacional LGBTQIA+, Grupo Dignidade e Associa��o Brasileira de Fam�lias Homotransafetivas protocolizaram nesta quinta-feira (10/ 3) not�cia crime endere�ada ao procurador-geral da Rep�blica para que as falas durante o evento oficial sobre merenda escolar sejam investigadas.
N�o � a primeira vez que o ministro faz declara��es LGBTf�bicas. Em 2020 afirmou que pessoas LGBTQIA+ vinham de fam�lias desajustadas, o que resultou em uma a��o civil p�blica pela Alian�a Nacional LGBTQIA+ e outras dez associa��es, o que gerou a condena��o da Uni�o por danos morais coletivos.
“� muito triste que a educa��o do pa�s esteja nas m�os de algu�m que propaga uma desinforma��o que mata. As falas do ministro afiam as facas que derramam o sangue da popula��o LGBTQIA+ . N�o toleraremos a discrimina��o institucional, estaremos sempre vigilantes aos desmandos de autoridades que se julgam maiores que a Constitui��o Federal”, declara Amanda Souto Baliza, advogada respons�vel pelas duas a��es contra Milton Ribeiro.
Para o coordenador nacional de comunica��o da Alian�a Nacional LGBTI , Gregory Rodrigues, tratar a sexualidade diversa como um "Caminho errado" � ignor�ncia, tendo em vista que o Brasil � o pa�s que mais mata a popula��o trans e travestis do mundo. “Ser� que os �ndices elevados no n�mero de mortes de pessoas LGBTQIA+ n�o s�o suficientes para que se justifique a necessidade de se pautar na educa��o o respeito e a dignidade da pessoa humana?”, questiona.
Gregory ainda defende que � preciso desmistificar a ideia de que h� uma tentativa de "violentar a inoc�ncia de crian�as" e de se implantar "ideologia de g�nero nas escolas". Ele considera que tais afirma��es n�o passam de fal�cia e que todo o movimento LGBTQIA+ tamb�m � contra.
Vale lembrar que o termo “ideologia de g�nero” � usado pelo conservadorismo para descredibilizar e atacar os estudos de g�nero, que se dedicam a entender as v�rias possibilidades de manifesta��es de identidade do ser humano na sociedade.
“Todas as crian�as devem ser preservadas em sua integridade e ter sua inf�ncia garantida em todas as fases. No entanto � nesta fase que se forma o car�ter, e � a� que esperamos que algo seja feito, que sejam ensinadas a respeitar todos e todas, desde o gordinho ao magrinho, do preto ao branco, do gay ao h�tero, da trans e travesti etc., sem distin��o”, declara Gregory.
*Estagi�ria sob a supervis�o de M�rcia Maria Cruz