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Estado de Minas A MULHER REI

'A mulher rei': filme de Viola Davis conta hist�ria real

Ex�rcito s� de mulheres inspirou as Dora Milaje, tropa de elite de Wakanda em 'Pantera negra', e fez parte da hist�ria da atual Rep�blica do Benim


15/09/2022 10:39 - atualizado 16/09/2022 12:21

Foto em tons alaranjados mostra Viola Davis de perfil segurando uma machete apoiada no ombro
Viola Davis ser� a comandante de um exercito formado inteiramente por mulheres em "A mulher Rei" (foto: Divulga��o/Sony Pictures)

O filme “Pantera negra” conquistou o mundo mostrando a for�a e a beleza que o povo negro pode ter e provou que obras estreladas por atores negros podem ser sucesso de bilheteria. Agora “A mulher rei”, estrelado por Viola Davis e com elenco formado majoritariamente por mulheres negras, vem para mostrar a hist�ria real que inspirou o ex�rcito wakandano Dora Milaje. 

"Para mim, 'Pantera Negra' foi toda essa explora��o de 'voc� pode imaginar uma na��o africana com ag�ncia para se tornar estupenda?'", disse Schulman. "E eu pensei: 'Mas, espere, h� uma na��o africana que teve sua pr�pria ag�ncia que se tornou estupenda. N�o temos que fazer de conta'", disse a produtora Cathy Schulman ao jornal The Day.

“A mulher rei” acumulou cr�ticas positivas ap�s sua estreia mundial no Festival Internacional de Cinema de Toronto. No Brasil, o longa tem estreia marcada para dia 22 de setembro.

A hist�ria das mulheres guerreiras

Em “A mulher rei” acompanhamos Nanisca, vivida por Viola Davis, comandante das Agojie, ex�rcito composto apensa por mulheres do Reino de Daom�, atual Benin, que nos anos 1800 era a for�a militar mais poderosa da �frica. Na obra Nanisca treina a pr�xima gera��o de recrutas para se defender de um reino africano maior e rival e de traficantes de escravos europeus.
Foto mostra atrizes caracterizadas como guerreiras africanas andando em direção à câmera
Viola Davis vai liderar as Agojie, ex�rcito composto apenas por mulheres do Reino de Daom�, atual Benin (foto: Divulga��o/Sony Pictures)

"Estamos no centro da narrativa. Mulheres negras, mulheres negras de pele escura, cabelos crespos, mulheres negras. N�o h� salvador branco. N�o somos os melhores amigos de ningu�m. Temos nossa autonomia, nossa ag�ncia nisso. E � uma hist�ria incr�vel que n�o � apenas um filme de a��o. � um drama hist�rico e nos permite humanizar mulheres que normalmente n�o foram humanizadas”, disse Viola ao Africa News. “� o filme que definiu minha carreira", completou.

O filme foi gravado na �frica do Sul e os atores passaram por intensos treinos de muscula��o, corrida e luta. "Eu queria criar um mundo 360. Como esta � uma pe�a de �poca, eu queria que os atores olhassem ao redor e vissem este mundo, n�o telas verdes em todos os lugares ou carros e avi�es. Eu queria que eles pudessem ter suas m�os e p�s no solo e eles queriam isso tamb�m", explicou a diretora do filme, Gina Prince-Bythewood.

Luta nos bastidores

Viola Davis, que j� conquistou as principais premia��es mundiais de atua��o como Oscar, Globo de Ouro, Emmy e Tony, recorrentemente utiliza suas redes sociais para falar sobre a dificuldade que atores e atrizes negros enfrentam no mundo art�stico. Na divulga��o de “A mulher rei”, a atriz volta a utilizar sua voz para dar visibilidade � quest�o.

"N�o temos horas suficientes, dias suficientes para descrever como � dif�cil fazer filmes em Hollywood com pessoas negras, mas especialmente mulheres negras. N�o h� palavras para quantific�-lo. E eu gostaria que houvesse microfones na sala. Eu gostaria que houvesse c�meras na sala para que voc� pudesse ver como � a luta do dia-a-dia e voc� entenderia que isso � algo a ser comemorado", disse ao Africa News.

Viola tamb�m disse � AFP que sente uma enorme press�o para que esse filme seja um sucesso, pois ser� julgado como filmes com elenco e diretores brancos n�o s�o.  “Se n�o gerar dinheiro, ent�o isso significa sobretudo que mulheres negras, mulheres negras de pele escura, n�o podem protagonizar um sucesso mundial de bilheteria?”, questiona. “Porque simplesmente n�o � verdade. N�o fazemos isso com filmes brancos. Se um filme fracassa, voc� faz outro filme, e faz outro filme do mesmo jeito”, afirmou.

Hist�ria, representatividade e visibilidade

A diretora Gina Prince-Bythewood disse ao The Day que est� orgulhosa da capacidade do filme de mostrar narrativas hist�ricas e oferecer uma perspectiva de pessoas negras, particularmente mulheres negras, que est� enraizada na resili�ncia, for�a e poder. "Quanto de nossa hist�ria foi escondido de n�s, ignorado, escondido?".

Al�m disso, afimrou que crian�as brancas est�o acostumadas a se verem representadas em her�is e para as crian�as negras, poder fazer isso agora � um divisor de �guas, mas que levar� algum tempo para reparar todo o dano que foi feito.

"Acho mais tr�gico para n�s que crescemos nos Estados Unidos, onde nossa hist�ria come�a com a escravid�o. Crescemos neste pa�s onde a maioria de nossas imagens, especialmente no passado, � de v�timas. N�s nunca aprendemos como revidamos. Ter uma hist�ria como essa para mostrar, que literalmente viemos de guerreiros... eu gostaria de ter tido isso quando era uma garotinha”, declara.

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