
A candidatura coletiva Mulheres Negras Sim denunciou a suspens�o da conta do grupo no Twitter. A assessoria de imprensa informou, por meio de nota, que pela terceira vez a conta foi colocada fora do ar. A primeira suspens�o ocorreu em 28 de junho de 2022. Depois, em 18 de agosto, e a mais recente foi em 10 de setembro. "Novamente a conta foi bloqueada em 10 de setembro, sem qualquer notifica��o previa do Twitter", informou.
O primeiro bloqueio, segundo a assessoria, ocorreu devido ao uso da palavra "sapat�o" em uma postagem. O grupo aguarda um retorno da plataforma sobre o recente bloqueio. "Essa a��o do Twitter silencia e cerceia o acesso a um espa�o de debate importante, em plena corrida eleitoral, uma candidatura coletiva de mulheres negras."
A assessoria pondera que outras postagens com conte�do de discurso de �dio n�o recebem modera��o da plataforma. "O injustific�vel se demonstra ao acompanharmos os TT’s de outras candidaturas na plataforma, que disseminam �dio e provoca��es violentas, sem sofrerem qualquer puni��o", diz.
Na avalia��o da candidatura coletiva, a plataforma repete a discrimina��o que mulheres negras vivenciam na sociedade. "Os tra�os de exclus�o seletiva da plataforma se assemelham aos de nossa sociedade, que silencia e violenta o direito � liberdade de express�o e acesso � informa��o de mulheres, negres e LGBTQIA."
O que diz o Twitter
Em nota, o Twitter informou que a conta @NegrasSim foi temporariamente suspensa em decorr�ncia de engano no sistema de an�lise de potenciais viola��es �s regras do Twitter. Informou ainda que o erro foi identificado e a conta foi restabelecida. Como � padr�o, o Twitter informou quem opera a conta referida sobre a medida tomada. "O Twitter valoriza a diversidade de vozes no servi�o e visa ampli�-las para que estejam presentes na plataforma e, assim, possam contribuir para um debate democr�tico saud�vel", destacou.
Mulheres Negras Sim
Mulheres Negras Sim � uma candidatura coletiva a uma vaga na Assembleia Legislativa de Minas. O grupo destaca que mant�m di�logo com movimentos sociais para promover a diversidade de g�nero, ra�a e classe no legislativo."O objetivo essencial � somar na resist�ncia democr�tica e no enfrentamento ao racismo, ao machismo e � transfobia."
As candidatas coletivo s�o a doula Launa Chantal, a quilombola e conselheira do quilombo Manzo Juhlia Santos e professora de hist�ria Tain� Rosa
A candidatura coletiva destaca que as mulheres negras representam mais de 28% da popula��o brasileira, no entanto esse percentual n�o se reflete nos espa�os da pol�tica institucional. "Nas casas legislativas de todo o Brasil, mulheres pretas e pardas ainda s�o sub-representadas e sua aus�ncia tem reflexos diretos nas pol�ticas p�blicas e na divis�o territorial de recursos."
A reportagem entrou em contato com o Twitter e aguarda um posicionamento.