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Estado de Minas REVIS�O HIST�RICA

Document�rio sobre santo trans ter� narra��o do padre J�lio Lancellotti

Curta 'S�o Marino' revisitar� a hist�ria de Santa Marina e defender� que seu disfarce como monge era, na verdade, uma express�o de identidade de g�nero


16/09/2022 10:49 - atualizado 16/09/2022 12:32


Mini document�rio "S�o Marino", que abordar� a hist�ria de Santa Marina como uma pessoa trans, ter� a narra��o do padre J�lio Lancellotti. O curta de 20 minutos, ainda sem data de lan�amento, contar� com encena��es, reflex�es e intera��es de um grupo de pessoas trans masculinas. A produ��o tem como objetivo promover discuss�es contempor�neas sobre a transgeneridade e o respeito ao nome social.

O document�rio � dirigido por Leide Jacob e viabilizado por meio do Programa de A��o Cultural (ProAC), do Governo de S�o Paulo. A produ��o ocorreu na Igreja Santa Marina, na Zona Leste da cidade, e conta com a participa��o de Ariel Nobre, Daniel Veiga, Gabriel Lodi, Leo Moreira S�, Omo Afefe e Rosa Caldeira.

Quem foi Santa Marina

Imagem de Santa Marina
Santa Marina nasceu no L�bano, no s�culo 6, e viveu como monge a maior parte de sua vida (foto: Reprodu��o/ Arquidiocese de S�o Paulo)
Segundo a tradi��o cat�lica, Marina nasceu no L�bano no s�culo 6 e perdeu a m�e ainda crian�a, sendo educada por seu pai, um crist�o fervoroso. Quando Marina ainda era jovem, seu pai decidiu se tornar monge e viver em um mosteiro, vendendo todos os seus bens e dando aos pobres.

Uma vez que no mosteiro era proibida a entrada de mulheres, Marina ent�o decidiu cortar os cabelos e vestir-se como homem para viver com o pai, adotando ent�o a forma masculina de seu nome, Marino. 


Marino ent�o viveu uma austera vida religiosa sem levantar suspeitas, praticando jejuns e sacrif�cios regularmente, mesmo ap�s a morte de seu pai, que ocorreu pouco tempo depois. Um dia, em uma incurs�o para angariar fundos angariar fundos o mosteiro, Marino e outros tr�s monges passaram a noite em uma hospedaria. Na mesma �poca, a filha do dono da hospedaria ficou gr�vida e acusou Marino de a ter estuprado naquela noite. 

Por sua vez, Marino n�o se defendeu, para n�o correr o risco de expor seu segredo, e foi expulso do monast�rio, passando a viver de esmolas e caridade. Vendo a retid�o e sofrimento de Marino, o abade respons�vel pelo monast�rio aceitou sua volta, mas imp�s servi�os pesados e humilhantes a ela. Debilitado e exausto, Marino faleceu pouco tempo depois. 
Cena do trailer do documentário 'São Marino' que mostra Padre Júlio LAncellotti, um senhor branco idoso usando um colete azul escuro sobre uma camisa branca
Padre J�lio Lancellotti vai narrar document�rio que apresenta Santa Marina como uma pessoa trans (foto: Reprodu��o/Youtube)

Durante a prepara��o do corpo para o sepultamento, foi descoberto que Marino era uma mulher e, consequentemente, inocente do estupro. Marino ent�o foi canonizado como Santa Marina e � conhecida por interceder em grandes prova��es, nas doen�as e nas cal�nias. Em 1230, seus restos mortais foram levados para Veneza, onde s�o venerados at� hoje na Igreja Santa Marina Formosa.
 

Posicionamento da Arquidiocese de S�o Paulo

A Arquidiocese de S�o Paulo emitiu uma nota a respeito da produ��o do document�rio "S�o Marino", na qual afirma que tal narrativa n�o condiz com a realidade sobre a vida de Santa Marina, venerada pelos cat�licos. 

"� importante ressaltar, ainda, que a hist�ria dos santos cat�licos deve ser melhor conhecida, e n�o pode ser interpretada � luz de ideologias que em nada correspondem com o contexto em que viveram, tampouco com os valores e virtudes por eles testemunhados ao longo de suas vidas", afirma a nota.

A nota segue afirmando que Marina progrediu nas virtudes, na vida e ora��o, penitencia e caridade em sua vida como monge, e que sua humildade, obedi�ncia, esp�rito de sacrif�cio e abnega��o a destacavam entre os membros daquele mosteiro.

"Um grande exemplo de sua alma virtuosa � percebido quando a Santa foi falsamente acusada de ter engravidado uma jovem. Podendo defender-se, revelando que, na verdade, era uma mulher, ela silenciou, suportando a prova��o da cal�nia e humilha��es, unindo-as aos sofrimentos de Cristo. Seu segredo, assim como a verdade sobre sua inoc�ncia, s� foi descoberto quando ela faleceu", segue a nota.


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