
Um dos organizadores, o motorista Douglas Reis Morais, conhecido por Diguinho, de 49, foi at� a porta, momento em que o homem xingou a mulher dele de vagabunda. Segundo o depoimento de Diguinho, ele pediu paz e o homem o chamou de macaco. O motorista disse que ia at� a pol�cia, mas o homem mesmo ligou para a Pol�cia Militar. Ambos foram para a delegacia.
Conforme a v�tima, o jantar estava no fim, no Jardim Harmonia, que � um espa�o residencial, alugado aos s�bados para evento, quando o homem chegou enfurecido.
Diguinho conta que estava terminando o encontro de casais quando o pastor estava fazendo os agradecimentos finais e o vizinho bateu no port�o com viol�ncia e come�ou a proferir palavras de baixo cal�o, ofendendo, inclusive, as pessoas que estavam ali perto. “Um membro da igreja chegou a passar mal e fizemos os primeiros socorros ali mesmo, mas muita gente ficou apavorada”, conta Diguinho.
O lugar tem hora para come�ar e terminar a festa. Segundo Diguinho, estava no final e poderia se perguntar ao vizinho do quarteir�o inteiro se houve perturba��o. “N�o houve perturba��o. Houve intoler�ncia religiosa e inj�ria racial por causa da cor da minha pele”, acredita.
Por outro lado, se comprovada a inj�ria racial, o suspeito poder� responder na forma da Lei de Racismo, que recentemente foi alterada para conferir maior rigor � puni��o, inclusive � considerado crime imprescrit�vel.
Outro caso de racismo
Essa � a segunda investiga��o da Pol�cia Civil por racismo em Passos neste m�s. Em 4 de junho, o time de basquete feminino de Passos sofreu racismo em S�o Louren�o, no Sul do estado. O marido de uma jogadora do time advers�rio que disputava uma bola xingou a atleta passense. O t�cnico, ao ver a confus�o, foi at� l�, momento em que tamb�m foi chamado de macaco.