
Lui � um ator, produtor cultural e cantor belo-horizontino. Ap�s se formar em teatro no Pal�cio das Artes, passou a atuar na cena art�stica e cultural da cidade de forma independente e em parceria com os coletivos art�sticos Transborda e Mascucetas.
No dia 12 de agosto, ser� lan�ado seu primeiro EP, batizado de “Quem tem medo dos Meninos?”.
“O nome ‘Quem tem medo dos Meninos?’ � uma par�dia com o cl�ssico Os Tr�s Porquinhos e o Lobo Mau, ‘Quem tem medo do lobo mau?’. � mais uma provoca��o sobre quem tem medo de quem, e quem � mau e quem � porco? Brinquei com as palavras ‘medo’ e ‘meninos’ na mesma frase, porque as transmasculinidades s�o, equivocadamente, comparadas as masculinidades cisg�neras, por vivermos em uma sociedade patriarcal, entendemos os homens como protagonistas de diversas viol�ncias. N�o responder por um comportamento que desprezo, que n�o me representa e que tamb�m me violenta, tem sido um dos meus posicionamentos mais firmes na vida. N�o venho desse lugar e n�o o ambiciono”.
O EP contar� com diversos artistas convidados, todos homens trans. S�o eles: Augusto
Mazzing, percussionista; Bruno Banjo, violonista cl�ssico; Jasper Okan, baixista e vocalista; Julian Santos, poeta e cantor; Jupi77er, poeta e cantor; Pi Eta, poeta, cantor e pianista; Valentin Rosa, cantor, multi-instrumentista, e produtor musical; Mar N�brega, violoncelista.
Sobre a faixa ‘Doido pra te Chamar?’, Lui afirma ser uma sugest�o de caminho para a discuss�o sobre linguagem neutra: “Acho que a gente tem que descomplicar um pouco as nossas vidas. A teoria existe, e que bom que existe, agora, como vamos fazer na pr�tica? As regras de portugu�s mudam, como sempre mudaram. As normas sociais a mesma coisa”.
O evento de lan�amento do �lbum acontecer� dia 12 de agosto, �s 20h, no Teatro Espanca!, na Regi�o Central de Belo Horizonte. A entrada ser� gratuita.
Este encontro de artistas transmasculinos da poesia, do teatro e da m�sica, � um convite para que tenhamos coragem. Coragem para dispormos nossos ouvidos para que eles ou�am outros tipos de textos musicais, outras dramaturgias para embalarem nossos romances, nossa solid�o, e nossa imagina��o. Coragem para imaginar corpos diferentes dos nossos, coragem para n�o pensarmos tanto em corpos, coragem para facilitarmos a vida de quem cruza o nosso caminho. Sa�mos, temporariamente, do territ�rio do humor para dizer de outra forma as coisas que todos n�s j� dizemos por a�, de jeitos diferentes”, diz o cantor.
* Estagi�ria sob supervis�o da editora Ellen Cristie.