
� esquerda de quem desce rumo � Pra�a Duque de Caxias est� o Butiquim do Walter. Se for um fim de tarde de s�bado, a roda de samba, que come�a �s 17h, certamente estar� animada, estendendo-se para a cal�ada. Administrada por Daniel Leite Cerqueira, a casa guarda uma hist�ria curiosa. Inaugurado em 1962 como Bar do Walter pelo propriet�rio, que assim se chamava, ele j� funcionou em outros pontos da rua antes de se fixar no atual endere�o. H� dois anos, Daniel, que mora ao lado, resolveu assumir o empreendimento. E nem cogitou alterar o nome original.
“Coincidentemente, meu pai se chama Walter e meu irm�o Walter J�nior. Ent�o ficou assim, mudando apenas para Butiquim. Nossa ideia � manter o p�blico tradicional e, ao mesmo tempo, trazer algo novo”, diz. O carro-chefe s�o as marcas de cerveja nacionais populares e cl�ssicos da botecagem mineira, como a por��o de torresmo de barriga (R$ 24) e a alm�ndega recheada com queijo (R$ 10 a unidade). Tudo devidamente harmonizado com o samba.
CHORO

“Prezo muito a vizinhan�a, at� porque tamb�m sou morador da rua. Temos muitos bares, mas � uma regi�o residencial, com muitas pessoas mais velhas”, afirma ele, que leva a pol�tica da boa vizinhan�a ao p� da letra tamb�m com outros estabelecimentos.
Alguns metros abaixo, na esquina da M�rmore com a Pra�a Duque de Caxias, fica um dos ca�ulas da rua, que j� se tornou point badalado. O Santa Maloca se estabeleceu h� menos de um ano no casar�o erguido em 1927, onde antes funcionava um antigo mercado. O amplo espa�o permitiu ao m�sico Leandro Morais realizar o sonho de montar um bar dedicado � m�sica ao vivo.
“Santa Tereza � um bairro musical, como � a Lapa carioca. As pessoas passam, veem a roda de samba e entram. A ideia era fazer algo parecido”, explica.
O samba ganha destaque �s sextas, aos domingos e at� na segunda-feira, dia do Bloco dos Pescadores. Por�m, a programa��o ecl�tica guarda espa�o para o forr�, �s ter�as, al�m de MPB, reggae e jazz, nas quintas e s�bados.
A casa n�o cobra entrada, apenas couvert art�stico opcional. “Nossa ideologia � democratizar a m�sica”, diz Leandro, que administra o bar com os s�cios Gustavo Camargo e Thiago Guedes. Para a freguesia acompanhar o ritmo, o foco s�o os chopes artesanais de marcas mineiras (a partir de R$ 5; 300ml) e petiscos em por��es individuais – batata r�stica, pastel de angu ou costelinha com molho de goiabada; R$ 25, em m�dia. Tudo pode ser adquirido no balc�o.
Santa Maloca virou o destino de quem est� em outros bares da M�rmore e deseja estender a noite. “No come�o, foi dif�cil, mas investimos na ac�stica. Nossa programa��o musical n�o rouba a cena de ningu�m. Pelo contr�rio, muitas casas fecham �s 22h e o pessoal vem para c�. Temos uma rela��o muito boa com os outros bares”, diz Leandro. “Nossos bares se complementam. Meus eventos n�o passam das 22h30, ent�o muita gente se re�ne e desce para o Santa Maloca, pois os shows deles v�o at� mais tarde. N�o h� concorr�ncia, � uni�o”, concorda Daniel Leite, do Butiquim do Walter.

BUTIQUIM DO WALTER
Rua M�rmore, 181. De ter�a a domingo, das 16h � meia-noite. Informa��es: www.instagram.com/butiquimdowalter
SANTA MALOCA
Rua M�rmore, 418. Segunda e ter�a, das 18h � meia-noite; quinta a s�bado, das 18h � meia-noite; domingo, das 13h � meia-noite. Informa��es: www.instagram.com/santamaloca
Desce a saideira!
A conex�o bo�mia se estende por v�rios quarteir�es da M�rmore. “Quando o Santa Maloca fecha, por volta de meia-noite, muita gente desce pra c� para tomar a saideira e comer uma alm�ndega”, conta Nivaldo Benedito Bicalho, dono da Mercearia do Nivaldo, que compartilha a cal�ada com o bar Santa Boemia e com a igreja de Santa Tereza.
Comerciante no bairro h� 35 anos, Nivaldo montou sua pequena venda no local em 1999. Com o tempo – e quase por acaso –, o neg�cio se diversificou. Hoje, � um dos destinos gastron�micos mais procurados de Santa Tereza. “As pessoas vinham fazer compras na mercearia e acabavam bebendo uma cerveja. Comecei a fazer tira-gostos no improviso, sempre variando. Deu certo. Hoje, muita gente vem s� por isso”, conta ele. A casa tamb�m comercializa produtos de limpeza, velas e outros artigos de mercearia, mas chega a vender cerca de 100 alm�ndegas nos dias mais agitados.
PREFERIDA
A alm�ndega custa R$ 10 e vem no prato como molho, queijo, batata e p�o. � a preferida dos clientes, que se acomodam em banquetas na estreita cal�ada ou nos balc�es. Outros petiscos preparados e servidos pessoalmente por Nivaldo s�o o bolinho de carne empanado (R$ 10), a por��o de torresmo de barriga (R$ 10; 100g) e a iguaria do dia, que pode ser p� de porco ou rabada. O dono diz que “precisa de umas f�rias”, mas comemora o movimento. “Santa Tereza tem essa tradi��o de bares e nossa localiza��o na M�rmore � muito boa, perto da pra�a. L� sempre tem algum evento e as pessoas acabam circulando por aqui.”At� a esquina com a Rua Dores do Indai�, onde a M�rmore termina, a “via-sacra” de bares inclui alguns queridinhos da boemia local, como o Desde 1999, cujo nome indica o tempo de funcionamento, e o 1000Ton, que segue a linha simples e tradicional. Entre os novatos est�o o Mundim Sant� e o Dejav�, vizinho de porta e parceiro do Santa Maloca. L� tamb�m est� o lend�rio Bol�o, com a filial que funciona apenas para almo�o entre as ruas Estrela do Sul e Tenente Durval, e o sal�o do bar original, na Pra�a Duque de Caxias.
MERCEARIA DO NIVALDO
Rua M�rmore, 120. Diariamente, das 12h � meia-noite. Informa��es: www.instagram.com/mercearia.nivaldo
VIA-SACRA
» Ethanol
. Rua M�rmore, 30
» Eskina Colombo
. Rua M�rmore, 42
» Mercearia do Nivaldo
. Rua M�rmore, 120
» Butiquim do Walter
. Rua M�rmore, 181
» Mundim Sant�
. Rua M�rmore, 224
» Dejav�
. Rua M�rmore, 418
» Santa Maloca
. Rua M�rmore, 418
» M�rmore 450
. Rua M�rmore, 450
» Santa Boemia
. Pra�a Duque de Caixias, 143
» Western House
. Rua M�rmore, 593
» Felinos
. Rua M�rmore, 626
» Ca�apa's
. Rua M�rmore, 644
» Bol�o II
. Rua M�rmore, 681
» Bar do Jairo
. Rua M�rmore, 689
» Desde 1999
. Rua M�rmore, 758
» 1000Ton
. Rua M�rmore, 825
