O maior evento do setor da constru��o civil em Minas Gerais come�a nesta quarta-feira e a expectativa � que ajude a alavancar os neg�cios. Entre os dias 19 e 22 de junho, o Expominas, em Belo Horizonte, vai sediar o Minascon/Construir Minas 2013 – Feira Internacional da Constru��o. N�meros divulgados pela C�mara da Ind�stria da Constru��o (CIC) da Fiemg refor�am a relev�ncia deste setor para a economia mineira. De acordo com os �ltimos dados, a constru��o civil � respons�vel por 17,56% do PIB Industrial no estado.
Ainda segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged/MTE), na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, das 19.184 novas vagas de trabalho com carteira assinada geradas nos primeiros quatro meses deste ano, cerca de 10.360 s�o na constru��o civil, ou seja, 54% dos novos postos de trabalho.
Em Minas Gerais, de acordo com estimativas preliminares divulgadas pela Funda��o Jo�o Pinheiro, a constru��o civil continua apresentando expans�o mais robusta do que no pa�s. Os dados preliminares do PIB-MG demonstram que a constru��o civil mineira cresceu 1,2% nos primeiros tr�s meses de 2013 em rela��o a igual per�odo do ano anterior. J� o crescimento do 1º trimestre de 2013 em rela��o ao 4º trimestre de 2012 foi de 0,7%.
Estes resultados foram melhores do que os observados pela Constru��o nacional. Neste contexto, deve-se lembrar que al�m de ter vivenciado recordes de vendas no mercado imobili�rio nos �ltimos anos, obras importantes para a Copa do Mundo - como a reforma do Mineir�o - e as obras do BRT na capital do estado, podem ter contribu�do para esse resultado.
Outro destaque em termos de dados e n�meros do setor � o estudo in�dito “Contribui��o Econ�mica e Social da Cadeia Produtiva da Constru��o Civil do Estado de Minas Gerais”, elaborado pela Funda��o Get�lio Vargas e que ser� lan�ado no evento, na quinta-feira, pela C�mara da Ind�stria da Constru��o da Fiemg.
Dados deste estudo mostram que a cadeia produtiva da constru��o mineira � respons�vel por 1,393 milh�o de ocupa��es, entre empregados, trabalhadores aut�nomos e dirigentes, correspondendo a 10,8% do total de empregos da cadeia produtiva da constru��o do pa�s. Em 2011, o valor adicionado pela Cadeia Produtiva da Constru��o de Minas Gerais, isto �, o PIB, foi de R$ 25,5 bilh�es, o equivalente a 8,1% do valor adicionado pela cadeia produtiva da constru��o nacional. O PIB da ind�stria de materiais e equipamentos foi de R$ 8,2 bilh�es, ou 11% do PIB da cadeia produtiva da constru��o de Minas Gerais em 2011.
Mais de 300 marcas confirmadas
O Minascon/Construir Minas 2013 j� tem confirmada a participa��o de mais de 300 marcas nacionais e internacionais de todas as �reas da constru��o civil (automa��o; ferramentas; m�quinas e equipamentos; ilumina��o; lou�as e metais; aquecedores e ar condicionado; revestimentos e acabamentos; portas; janelas e acess�rios; e funda��es e estruturas). O evento � uma realiza��o da Fiemg, em parceria com a Tambasa, com promo��o e organiza��o da Fagga | GL events Exhibitions. O patroc�nio � da ArcelorMittal e Sebrae, co-patroc�nio da Gasmig e apoio do Sinduscon-MG, Holcim, Belotur e Prefeitura de Belo Horizonte.
Gera��o de emprego no Brasil e em MG
De acordo com o Caged, o n�mero de novos postos de trabalho formal gerados na constru��o civil nos primeiros quatro meses de 2013 foi de 121.013. Em Minas Gerais, este n�mero � superior a 17,4 mil novos postos de trabalho gerados neste per�odo. A participa��o do setor no total de vagas geradas no pa�s � de 22,04%. Em Minas Gerais, este percentual � de 25,44%, ou seja, das 68.507 novas oportunidades de trabalho, cerca de 17.429 s�o para aloca��o na ind�stria da constru��o.
O n�mero de trabalhadores com carteira assinada na Constru��o Civil, at� abril deste ano, foi superior a 3,23 milh�es no pa�s. A taxa de desemprego no setor foi de 3,1% para todas as seis regi�es metropolitanas contempladas pela pesquisa: Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, S�o Paulo e Porto Alegre.
Para Teodomiro Diniz Camargos, presidente da C�mara da Ind�stria da Constru��o e vice-presidente da Fiemg, a previs�o para o 2º semestre � otimista. “O Minascon/Construir Minas 2013 refor�a a necessidade de mobiliza��o dos profissionais do setor, a busca constante pela reciclagem e pelo aprimoramento. Durante quatro dias, estar�o reunidos importantes nomes da ind�stria da constru��o em palestras, debates, cursos, sem mencionar a feira com a presen�a de mais de 300 empresas nacionais e internacionais fechando neg�cios. O evento refor�a a busca do setor pela qualidade, sustentabilidade e produtividade”, destaca.
No ano passado, o setor cresceu 1,4%, segundo dados do valor adicionado divulgados pelo IBGE. Em Minas Gerais, o setor teve um crescimento m�dio anual, no per�odo de 2004 a 2012, superior a 5,5%, de acordo com dados do valor adicionado divulgados pela Funda��o Jo�o Pinheiro. No 1º trimestre deste ano em rela��o ao mesmo per�odo do ano de 2012, o crescimento do setor no estado foi de 1,2%.
O financiamento imobili�rio, segundo dados do Banco Central, aumentou mais de 33% nos �ltimos 12 meses. As vendas de cimento no mercado interno, de acordo com dados do Sindicato Nacional da Ind�stria do Cimento, evidenciam um crescimento de 1,3% de janeiro a maio de 2013, em compara��o ao mesmo per�odo de 2012.
Outro dado que refor�a o potencial deste setor � o faturamento das vendas de materiais de constru��o no mercado interno, de acordo com dados da Associa��o Brasileira da Ind�stria de Materiais de Constru��o – Abramat, que teve uma varia��o positiva de quase 5%.
Impulsionada por fatores como a maior oferta de cr�dito imobili�rio, a estabilidade macroecon�mica, o dinamismo no mercado de trabalho (com gera��o de emprego formal e baixas taxas de desemprego), a mudan�as no marco regulat�rio (Lei 10.931/2004), al�m de obras do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC) e do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), o setor deixou para tr�s mais de duas d�cadas de dificuldade. De 2004 a 2012, o Produto Interno Bruto (PIB) da Constru��o, calculado e divulgado pelo IBGE, apresentou expans�o de 49,68%. Isso significa um crescimento m�dio anual de 4,58%.
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