Al�m dos investimentos nos seus maci�os florestais, ArcelorMittal busca novas aplica��es para res�duos da usina sider�rgica
Kika Antunes/Divulga��o
O reaproveitamento e a reciclagem na ind�stria, que transformam res�duos em mat�ria-prima ou em novos produtos para utiliza��o em setores diversos da economia, reduzem custos da produ��o, geram receita para as empresas e de novo potencializam os investimentos em a��es de sustentabilidade. Mais que cumprir as determina��es da legisla��o e al�m de responder �s demandas da sociedade, que exige contrapartidas sociais e ambientais das organiza��es, esses investimentos se tornaram parte da alma do neg�cio.
“O investimento em sustentabilidade e em seguran�a � como outro qualquer, e precisa ter uma perspectiva de retorno para as organiza��es”, diz Roberto Bazin, diretor da consultoria norueguesa DNV G. Segundo o especialista, a boa not�cia � que os processos geram sim, retorno consider�vel para as empresas. Ele cita n�meros internacionais da Associa��o Internacional de Seguridade Social (ISSA) que aponta um percentual de retorno calculado em 220% para investimentos em sustentabilidade e seguran�a do trabalho.
Um bom exemplo est� na cadeia da siderurgia e minera��o. Atividade de grande impacto, cada tonelada de a�o produzida gera perto de 600 quilos de res�duos ou coprodutos. Em um processo intenso de reciclagem e reaproveitamento, a ArcelorMittal, maior fabricante de a�o do mundo, investe alguns milh�es por ano em pesquisas para aprimorar seus processos de produ��o. “Em todas as plantas, s�o reciclados 95% do coproduto gerado na fabrica��o do a�o”, diz Guilherme Abreu Correa, gerente de meio ambiente da companhia.
Segundo o executivo, a empresa est� direcionando seu trabalho para aprimorar os processos no material j� reutilizado e trabalhando para reduzir o percentual de 5% acondicionado em aterro. “A reciclagem reduz os custos com mat�ria-prima e aterro. A empresa deixa de comprar e passa a usar o coproduto”, explica. No ano passado, a ArcelorMittal Brasil reaproveitou cerca de 3,1 milh�es de toneladas de res�duos industriais, dando novos usos �s esc�rias, gases e outros coprodutos derivados do processo de produ��o do a�o. A venda desses mais de 30 tipos de coprodutos gerou uma receita extra de R$ 180 milh�es. Os principais destinos dos materiais foram as ind�strias de cimento e qu�mica.
Em 2015, a sider�rgica vai investir no pa�s R$ 2,8 milh�es em pesquisa e desenvolvimento de novas aplica��es para os res�duos, evitando o descarte no meio ambiente, economizando no uso dos recursos naturais e ainda gerando riqueza. Ao todo, ser�o 17 novas linhas de pesquisa, desenvolvidas em parceria com universidades federais, com o N�cleo de Pesquisas do grupo ArcelorMittal na Europa, com clientes, al�m de sinergia interna entre as usinas.
O com�rcio de coprodutos resultantes de res�duos do processo industrial gera ganhos ambientais e benef�cios econ�micos. Atualmente, a empresa desenvolve v�rios coprodutos, como as esc�rias de alto-forno e de aciaria, os p�s e lamas de alto-forno e de aciaria e as carepas de lamina��o, que s�o transformados e reutilizados no processo de produ��o de a�o ou vendidos para outros segmentos econ�micos, como os setores cimenteiro, rodovi�rio e qu�mico. Guilherme Correa informa que parte da receita gerada com a comercializa��o dos coprodutos � reinvestida para aprimoramento dos processos.
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