Organiza��es Exponenciais � o t�tulo do livro de Michael S. Malone, Yuri Van Geest e Salim Ismail. Este �ltimo � diretor-executivo e embaixador mundial da Singularity University, localizada no Vale do Sil�cio, ber�o das gigantes da tecnologia nos Estados Unidos, e que tem uma unidade representativa em Belo Horizonte. Ele e seus colegas cunharam, em 2015, o termo organiza��es exponenciais (ExOs), que seriam empresas que desenvolvem solu��es melhores, de forma mais r�pida, com menor custo do que outras estabelecidas no mercado e com poder de alcance global.
As organiza��es tradicionais foram constru�das para um mundo linear: hier�rquico, centralizado, fechado, de cima para baixo e com foco na propriedade devido � escassez de pessoas, recursos, ativos e plataformas. Elas evolu�ram no �ltimo s�culo para uma era de economias de escala e relativa estabilidade e previsibilidade. Nosso ambiente muda em velocidade exponencialmente, impulsionado principalmente por tecnologias e globaliza��o. Como resultado, o mundo se torna cada vez mais aberto e transparente, passando de um mundo de escassez para um mundo de abund�ncia.
� aquela hist�ria… o Airbnb “matou” a ind�stria hoteleira sem ter nenhum hotel; o Uber, os t�xis; a Netflix, as locadoras de filme; a Tesla, as montadoras de ve�culos. � o momento em que a concorr�ncia n�o � mais, ou n�o � apenas, a chegada e a instala��o de uma multinacional no pa�s, mas sim um jovem em uma “garagem” do Vale do Sil�cio, de Israel, ou da �ndia, usando as mais recentes ferramentas on-line para projetar e lan�ar, a partir da nuvem, a sua cria��o.
Essas organiza��es surgem a partir de um Prop�sito de Transforma��o Massivo (PTM), ou seja, causam algum tipo de disruptura, seja tecnol�gica, seja no modelo de neg�cios ou mesmo inventando um produto completamente novo que transforma nossos h�bitos e costumes, como foi o caso do smartphone.
Portanto, empresas que n�o entendem essa mudan�a – resistem usando armas que conhecem e ignorando novas – est�o longe de ser uma organiza��o exponencial, mesmo que as cifras de seus resultados e as taxas de crescimento sejam incrivelmente elevadas e que, em seu patrim�nio, constem im�veis, f�bricas e equipamentos. O conceito de “possuir” ou “ter”, t�pico da sociedade industrial, mudou para o conceito de “usar” ou “acessar”.
"O mais importante nas organiza��es exponenciais s�o as pessoas. Pessoas de diferentes experi�ncias, com mentalidade preparada para os desafios de empreender, que formam um time sin�rgico e com energia para vencer e levar a organiza��o aos limites do que pode ser realizado. Pessoas exponenciais!”
. Felipe Ivo,
embaixador do cap�tulo Belo Horizonte
da Singularity University
Impacto no campo
A Strider, startup focada em solu��es para o agroneg�cio (foto), criou a Strider Academy, uma plataforma de educa��o desenvolvida para qualificar as pessoas que tomam decis�es do cotidiano no campo por meio de cursos de capacita��o. S�o ofertados cursos em duas modalidades, presencial e a dist�ncia, e abrangem m�dulos ligados � administra��o de fazendas: gest�o de pessoas, mudan�as e processos. A Strider foi criada em 2014, tem sede em Belo Horizonte, e atualmente est� presente em mais de 3 mil fazendas espalhadas ao redor do mundo.
“Numa safra de soja, por exemplo, podem ser tomadas mais de 200 decis�es. Passamos para o agroneg�cio a ideia de parar de produzir com instinto para passar a produzir a partir de dados”, disse Luiz T�ngari, CEO da Strider, durante evento da Singularity University, em Belo Horizonte, nesta semana.
Janela tecnol�gica
Os alunos dos cursos de engenharia aeron�utica, mec�nica e mecatr�nica ter�o a partir de agora acesso a conhecimento apurado de programa��o, de IoT (Internet das Coisas) e Intelig�ncia Artificial, gra�as � parceria firmada entre a Pontif�cia Universidade Cat�lica (PUC Minas) e a Dassault Syst�mes (foto). A empresa francesa fornece experi�ncias tridimensionais para a cria��o de inova��es sustent�veis. A tecnologia oferecida aos estudantes se destaca por possibilitar o desenho de pe�as, estudos de materiais, simula��o de equipamentos em situa��es reais de uso e an�lise de poss�veis melhorias no projeto.