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Estado de Minas INOVA��O

Fintechs incentivam servi�os financeiros em empresas

Aumento de bancos digitais tem estimulado empresas, como a Brinks e a TecBan, que j� atuam na �rea, a oferecer op��es para atender a uma nova forma de lidar com o dinheiro


postado em 04/10/2019 06:00 / atualizado em 04/10/2019 07:46


Espaço multibanco do Banco 24 Horas, da TecBan, operado em Parnaíba (PI) desde julho, ainda em fase de projeto-piloto(foto: TecBan/Divulgação )
Espa�o multibanco do Banco 24 Horas, da TecBan, operado em Parna�ba (PI) desde julho, ainda em fase de projeto-piloto (foto: TecBan/Divulga��o )


S�o Paulo – A prolifera��o de fintechs, o avan�o dos meios de pagamento e a mudan�a nas formas de se relacionar com o dinheiro t�m gerado n�o apenas novas experi�ncias para a sociedade, mas oportunidades de neg�cios.

O avan�o r�pido desse ecossistema, amplificado em especial pelo crescimento dos bancos digitais, � confirmado pelos n�meros. No Brasil, j� est�o em funcionamento 553 fintechs, como mostra estudo divulgado no primeiro semestre pela Distrito, holding de neg�cios especializados em inova��o. Segundo o Fintech Mining Report 2019, 231 startups voltadas a servi�os financeiros abriram as portas entre 2016 e 2018.

As novas tecnologias e a oferta de outros tipos de servi�os t�m levado empresas j� com experi�ncia no mercado financeiro a estudar formas de aproveitar essas oportunidades. Especializada em log�stica e transporte de valores, a Brinks acaba de lan�ar uma plataforma integrada ao aplicativo dos bancos que possibilita o servi�o de saque no varejo f�sico.

DINHEIRO SEM BANCO 

Batizado de Brinks Pay, o app permite aos correntistas de bancos parceiros da empresa a utiliza��o do smartphone para sacar dinheiro diretamente no caixa, por exemplo, de supermercados, farm�cias e sal�es de beleza.

Por meio de geolocaliza��o, o pr�prio app informa o endere�o dos parceiros que oferecem esse servi�o e gera um QR-Code que � lido pelo equipamento operado pelo funcion�rio do caixa para que o saque possa ser feito.

Para a Brinks, essa � uma forma de gerar uma nova fonte de servi�os, j� que a empresa � remunerada pelo banco a cada opera��o. Al�m disso, o novo neg�cio mostra uma alternativa para a reutiliza��o do dinheiro que entra no caixa das empresas. Em vez de o numer�rio ser levado por um funcion�rio no fim do dia at� uma ag�ncia banc�ria ou ser retirado por funcion�rios com carros-fortes, como os oferecidos pela pr�pria Brink’s, passa a ir para as m�os dos correntistas.

J� os clientes de bancos que recorrerem a esse tipo de servi�o passam a ter mais alternativas �s ag�ncias banc�rias e aos ATMs, os caixas eletr�nicos. Para o varejo, � uma forma de atrair mais clientes para dentro das lojas. J� os bancos, especialmente os digitais, que n�o t�m ag�ncias, passam a contar com outras op��es de prestadores de servi�o al�m das atuais empresas que atuam com a opera��o de ATMs.

MAIS SERVI�OS 

O novo servi�o, segundo a empresa, n�o significa que a Brinks pretende deixar se atuar no transporte de valores. Mas viu no crescimento dos servi�os financeiros nascidos no ambiente tecnol�gico a oportunidade de agregar mais um bra�o de neg�cio.

“A Brinks tem buscado h� muito tempo um processo de amplia��o da sua oferta para o varejo e institui��es financeiras, resolvendo problemas. O lan�amento dessa solu��o � mais um movimento nessa dire��o. Percebemos que havia uma oportunidade existente no mercado, ligando o varejo a institui��es financeiras com diferentes perfis, do tradicional ao banco digital. Especialmente com o crescimento dos bancos digitais, vimos a necessidade deles oferecerem aos clientes a alternativa do saque”, explica Gil Hip�lito, diretor de Marketing e Novos Neg�cios.

Na primeira fase, o Brinks Pay vai oferecer apenas a op��o de saque, mas o objetivo � passar a oferecer, a partir do segundo trimestre de 2020, outros servi�os, como dep�sito, troco digital e as chamadas compras on us. Nessa modalidade, n�o � necess�rio o uso de cart�es.

DESBANCARIZADOS 

Segundo Jo�o Carlos Brunhera, diretor-geral da Brinks Global Payments, no Brasil, de acordo com dados de 2018 do Banco Central (BC), 29% da popula��o economicamente ativa recebe o sal�rio em dinheiro e cerca de quase 40% das transa��es no pa�s s�o feitas com o uso de numer�rio. “Com o crescimento das fintechs, percebemos que havia uma lacuna. O brasileiro ainda precisa do dinheiro f�sico”, diz.

Com o crescimento das fintechs, percebemos que havia uma lacuna. O brasileiro ainda precisa do dinheiro f�sico

Jo�o Carlos Brunhera, diretor-geral da Brinks Global Payments



Hip�lito n�o acredita que a novidade possa impactar nos casos de furtos e roubos no varejo por conta do aumento do dinheiro em circula��o. “Haveria o receio de ter dinheiro em caixa se houvesse uma propaganda com banner na porta da loja informando sobre o servi�o. Mas essa informa��o s� ser� passada pelo aplicativo diretamente para o cliente do banco.”

Conceito de multibanco


A TecBan, principal empresa no segmento de autoatendimento, por meio das ATMs com a bandeira Banco24Horas, tamb�m tem buscado ampliar seus neg�cios e aproveitar o crescimento das fintechs. Um dos servi�os que vem sendo testado pela empresa, na cidade de Parna�ba (PI), � o chamado espa�o multibanco. � como se fosse uma ag�ncia banc�ria, ambientada para ser uma �rea de conveni�ncia e conviv�ncia, mas que em vez da bandeira de uma �nica institui��o financeira oferece v�rios caixas ATMs.

Luiz Stefani, diretor de opera��es e autoatendimento, diz que o projeto de Parna�ba deveria focar em comunidades que n�o s�o suficientemente atendidas por ag�ncias banc�rias. A empresa estuda ampliar esse modelo de multicanalidade, n�o apenas com mais unidades, mas tamb�m com a oferta de mais servi�os para os usu�rios, como o recebimento de contas. Por enquanto, as aten��es est�o concentradas no projeto-piloto do Piau�.

Segundo o executivo, mesmo com o crescimento das opera��es digitais, por muito tempo haver� um conv�vio com o mundo f�sico. "O digital, como uma nova tend�ncia, vai complementar muito do que hoje ocorre no mundo f�sico, mas n�o vai mat�-lo. No Brasil, ainda h� um verdadeiro oceano de oportunidades por conta do n�mero de pessoas n�o bancarizadas, muitas delas avessas ao mundo digital. Elas fazem com que o mundo f�sico continue existindo. Agora, o digital tem pela frente o desafio de acoplar essas pessoas aos seus neg�cios.”

O diretor da TecBan cita o exemplo do Reino Unido, onde os ATMs desapareceram porque havia uma aposta da ind�stria de que os servi�os financeiros digitais supririam essa necessidade. No entanto, segundo Stefani, foi preciso rever estrat�gias para atender a pessoas que ainda dependiam desses equipamentos, como os imigrantes.

MUDAN�A LENTA 

No caso do Brasil, 13% do mercado de ATMs passa pela TecBan – a maior oferta ainda � dos pr�prios bancos. Assim como diretor-geral da Brink's Global Payments, Stefani tamb�m avalia que os n�o haver� uma mudan�a brusca nos h�bitos dos brasileiros quanto a forma de se relacionar com os meios de pagamento, por isso ele acredita que os ATMs ter�o vida longa, mas que dever�o passar pela inclus�o de novos servi�os. Mas o executivo frisa: “N�o subestimo a velocidade da tecnologia, mas tamb�m n�o superestimo”.

Hoje, por exemplo, os ATMs da TecBan t�m a op��o de acesso � conta banc�ria por meio de leitura da �ris ou da digital do cliente. Essas mesmas tecnologias poderiam ser oferecidas ao poder p�blico – por exemplo, prefeituras, estados e � Previd�ncia Social – para fazer a chamada comprova��o de vida para manter o pagamento da aposentadoria.

“Os ATMs parecem ter mudado pouco na sua apar�ncia, mas foram inclu�das novas tecnologias com o passar do tempo. E podemos ir al�m, por exemplo, com a op��o do NFC, que permite o acesso por aproxima��o. Mas s�o mudan�as que dependem da demanda dos bancos”, comenta Stefani.

Nos �ltimos cinco anos, a empresa investiu R$ 2,2 bilh�es em sua base – R$ 350 milh�es s� neste ano. Atualmente, est�o instaladas em sua base 23 mil ATMs. Parte dos recursos v�m sendo usados na troca de equipamentos para a inclus�o da op��o de dep�sito em dinheiro. “Hoje, essas m�quinas representam cerca de 10% da nossa base. Com esse servi�o adicional, o dinheiro n�o precisa ficar viajando, sendo transportado para o abastecimento dos equipamentos.”
 
 
 
 

 Transporte de valores vai parar no Cade

»  Nas �ltimas semanas, tornou-se p�blica a disputa entre a Associa��o Brasileira de Transporte de Valores (ABTV), por meio de seu bra�o sindical, a Fenaval, e a TecBan. Em 19 de setembro, a entidade entrou com uma representa��o no Conselho Administrativo de Defesa Econ�mica (Cade) contra a TBForte, pertencente a TecBan. A acusa��o � de concorr�ncia desleal.

»  Segundo a acusa��o, o problema come�ou partir de 2014, com a expans�o da TBForte, empresa de carros-forte que atendia at� ent�o apenas a rede de ATMs do Banco24Horas. Com a expans�o, tamb�m passaram a ser atendidos os bancos e as empresas de varejo. A empresa, segundo a Fenaval, estaria praticando em seus contratos valores abaixo do custo de opera��o

»  Luiz Stefani, diretor de opera��es e autoatendimento da TecBan, rebate a acusa��o. “A TBForte � pequena, n�o tem poder de fogo. Estamos falando da queixa de tr�s empresas que det�m 80% do mercado. Eles t�m problema em lidar com a concorr�ncia. N�s queremos justamente gerar concorr�ncia.”




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