
Dos US$ 75 bilh�es em investimentos previstos pela Petrobras no Plano de Neg�cios 2020-2024, cerca de 59% ser�o direcionados para a explora��o do petr�leo do pr�-sal. A informa��o foi dada pelo diretor-executivo de Explora��o e Produ��o, Carlos Alberto Pereira de Oliveira, durante o Petrobras Day, em Nova York, encontro com analistas e investidores realizado na cidade norte-americana.
Segundo as estimativas apresentadas pela companhia, em 2020, os investimentos devem somar US$ 12 bilh�es, passando para US$ 13 bilh�es em 2021, US$ 15 bilh�es em 2022, US$ 20 bilh�es em 2023 e US$ 15 bilh�es em 2024. Oliveira afirma que a participa��o do pr�-sal na produ��o da companhia deva passar de 63%, em 2020, para 66%, em 2024.
O volume total, segundo o executivo, deve ter uma queda de 10% no pr�ximo ano, passando de 3 milh�es de barris de �leo equivalente por dia (boed), para 2,7 milh�es boed. No entanto, a produ��o deve voltar a crescer nos anos seguintes e chegar a 3,5 milh�es de barris di�rias em 2024.
A diretora-executiva de Finan�as e Rela��es com Investidores, Andrea Marques de Almeida, informa que, hoje, a Petrobras tem US$ 6,6 bilh�es em caixa. No que diz respeito aos custos, a meta � conseguir uma redu��o de 10% em dois anos, segundo a executiva, com um corte de US$ 2 bilh�es em despesas corporativas neste per�odo.
O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, falou sobre o assunto durante a abertura da apresenta��o. Para ele, "a melhor forma de sobreviver no longo prazo � ter uma estrutura com custos baixos". Ele lembrou que, em 2019, a d�vida da companhia recuou US$ 21 bilh�es, e os desinvestimentos somaram US$ 16 bilh�es.
O diretor de Rela��es Institucionais da Petrobras, Roberto Ardhenguy, disse ontem que a maior diferen�a do Plano de Neg�cios da Petrobras anunciado recentemente para os anteriores � a maior resili�ncia que a empresa ter� em seus projetos. "O petr�leo pode chegar a US$ 50, que os projetos continuam", disse Ardhenguy, ap�s evento no Rio da Lide RJ, que re�ne os principais empres�rios do Rio.
Ele afirmou que a Petrobras est� conseguindo cada vez mais reduzir os custos de explora��o e produ��o, seu maior neg�cio, e que um po�o no pr�-sal, que levava 300 dias para ser perfurado, a um custo de quase US$ 300 milh�es, hoje, custa cerca de US$ 90 milh�es, e fica pronto em 100 dias. "O primeiro po�o do pr�-sal custou US$ 268 milh�es e levou 300 dias para ficar pronto. Gra�as ao avan�o da tecnologia, hoje leva 90 dias e custa US$ 90 milh�es, e a tecnologia n�o tem limite", disse ele, indicando que os custos poder�o ser ainda mais reduzidos.
REFINARIAS
O diretor de Rela��es Institucionais da Petrobras afirmou que os maiores ativos da Petrobras, fora os campos do pr�-sal, j� foram vendidos, e que, agora, o maior volume de recursos vir� da venda das oito refinarias da estatal inclu�das no novo Plano de Neg�cios 2020-2024, detalhado nesta ontem em Nova York.
Segundo Ardhengy, al�m das refinarias, a empresa tem alguns campos em terra que ser�o vendidos e os res�duos de participa��es na Transportadora Associada de G�s (TAG) e BR Distribuidora, entre outras pequenas vendas. "A gente avalia e v� se o ativo vale a pena, se rende valor para a Petrobras. Se n�o render, a gente vende e, al�m disso, precisamos de caixa. S� n�o vamos vender os campos do pr�-sal", disse o executivo ap�s o evento no Rio.