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Estado de Minas TECNOLOGIA

Novos formatos de tela reaquecer�o vendas de smartphones?

Enquanto as fabricantes Samsung, Motorola e Huawei apostam em visores dobr�veis, a LG vai para o tudo ou nada com a vers�o de duas telas


postado em 31/12/2019 04:00 / atualizado em 30/12/2019 19:14

Flexpai, smartphone fabricado pela Royole, o primeiro modelo com tela flexível lançado comercialmente (foto: Royole/Divulgação)
Flexpai, smartphone fabricado pela Royole, o primeiro modelo com tela flex�vel lan�ado comercialmente (foto: Royole/Divulga��o)
Seguran�a de dados, briga entre governos e fornecedores dos Estados Unidos e da China em torno do 5G, aumento da ades�o aos “earwear” e a chegada de novos wearables (tecnologias vest�veis). As novidades no universo da tecnologia das quais se ouvir� falar em 2020 incluir�o ainda outras atualiza��es para as c�meras de smartphones, que se multiplicaram em 2019, e a chegada das pr�ximas gera��es de consoles para games.
 
Mas uma das disputas que deve ganhar mais proje��o entre aqueles que acompanham essas inova��es � em torno do design dos smartphones. A briga sempre existiu, mas em 2019 a rivalidade se acentuou com o lan�amento do modelo com tela flex�vel e o celular com duas telas.
 
Em abril, a pouco conhecida Rouyu Technology (Royole Corporation), da China, come�ou a comercializar o Flexpai, o primeiro smartphone dobr�vel do mundo a ser colocado oficialmente � venda. A tela tem a tecnologia Amoled e funciona tanto aberta (esticada, se assemelhando a um tablet de 7,8 polegadas) quanto dobrada - nesse caso, os dois lados funcionam de maneira independente. Quem testou a novidade na �poca do lan�amento criticou o peso e o tamanho, que impede o uso do equipamento no bolso.

Momento delicado para smartphones

A ind�stria de celulares h� tempos n�o est� sob uma tens�o t�o forte. Segundo dados da IDC, em 2019 o mercado mundial de smartphones dever� chegar a 1,38 bilh�o de unidades vendidas. Caso a previs�o se confirme, representar� uma queda de 1,4% em rela��o ao total de 1,40 bilh�o de aparelhos comercializados em 2018.
 
Com vendas em desacelera��o no mundo e a chegada do Flexpai, as grandes fabricantes tiveram de se movimentar ainda mais para colocar seus produtos da categoria tela flex�vel no mercado e atender a principal demanda dos consumidores: inova��o. Samsung, com o Galaxy Fold, Motorola, com o Razr V3, e a Huawei, com o Mate X, entraram recentemente no segmento.
 
Por enquanto, n�o � poss�vel comprar no Brasil nenhuma vers�o com o novo recurso com a certifica��o da Anatel (Ag�ncia Nacional de Telecomunica��es). Mas em janeiro, a Motorola, controlada pela Lenovo, tem a previs�o de lan�ar no pa�s o Razr, o primeiro celular com tela dobr�vel no mercado local. O modelo, que na apar�ncia � semelhante a vers�o com flip vendida em 2005 (o Razr V3, um dos maiores sucessos de vendas da empresa), roda o sistema operacional Android e ter� produ��o nacional.

LG segue em outra dire��o

Foi justamente essa lacuna at� o lan�amento do primeiro modelo de tela flex�vel que fez a sul-coreana LG apressar o lan�amento no Brasil de uma vers�o de smartphone que em nada tem a ver com as apostas dos concorrentes Motorola, Samsung e Huawei.
 
A LG acredita que poder� avan�ar sobre o segmento de celulares mais caros (acima de R$ 3.000), hoje dividido entre Apple, com seu iPhone, e a Samsung, donas de 99% de participa��o. Hoje, cerca de 50% das vendas no mercado nacional s�o de celulares vendidos no pa�s est�o na faixa de pre�o entre R$ 999 e R$ 1.499 – onde a LG tem boa presen�a com a s�rie K.
 
Enquanto as telas dobr�veis podem transformar um smartphone em um dispositivo do tamanho de um tablet – o Galaxy Fold tem uma tela de 7,3 polegadas, que pode ser dobrada pela metade e chegar a 4,6 polegadas – o modelo LG G8X ThinQ Dual Screen conta com dois visores independentes de 6,4 polegadas cada e uma tela frontal, adicional, de 2,1 polegadas, que permite checar notifica��es e hor�rio sem ter de abrir o celular.

TV de brinde

Com produ��o local, em Taubat� (SP), a novidade da LG come�ou a ser vendida no Brasil em 7 de dezembro. At� o dia 29, a fabricante sul-coreana fez uma campanha agressiva de lan�amento e deu uma TV 4K de 43 polegadas para quem comprou o G8X ThinQ. N�o foi a primeira vez que a companhia fez esse tipo de a��o no pa�s, mas foi a que envolveu o presente de maior valor – a TV custa entre R$ 1.500 e R$ 2.000 no varejo, o que serviu para convencer muitos indecisos. J� o pre�o sugerido do novo celular � de R$ 5.999, mas operadoras de telefonia est�o oferecendo planos com valor a partir de R$ 3.399.

Nos EUA, o Galaxy Fold dever� custar US$ 1.980 (R$ 7.370). Se a pol�tica de pre�o for semelhante para o Brasil, a LG pode levar alguma vantagem – n�o que seja algo decisivo para o consumidor que est� disposto a fazer um desembolso dessa ordem.

Novidade multifun��o no Brasil

O G8X ThinQ � da segunda gera��o de celulares com tela dupla da LG. A primeira, lan�ada em fevereiro, em Barcelona, rodava com a tecnologia 5G, ainda indispon�vel no Brasil. A companhia estava em d�vida se esperava o leil�o do 5G no pa�s para trazer o lan�amento, mas avaliou que perderia a oportunidade de sair na frente nesse novo momento do mercado. Com a novidade, Fabr�cio Habib, gerente de Produtos M�veis da companhia, acredita que aumentar� as chances de a marca ser competitiva no segmento de smartphones cobi�ado pela alta renda.
 
Com o aparelho de dois displays, Habib acredita que a marca atender� um usu�rio que n�o est� apenas na categoria dos millennials ou aficionados por tecnologia. O executivo explica que esse � o tipo de recurso que atende a um p�blico muito mais amplo, o chamado multitarefas. S�o aqueles que, independentemente de idade ou profiss�o, fazem v�rias atividades no celular ao mesmo tempo, como conversar no WhatsApp, pesquisar algo no Google, publicar fotos no Instagram ou pedir comida pelo aplicativo.
 
Hoje, com os smartphones com um �nico display, explica Habib, � preciso deixar uma atividade para executar outra, mesmo que elas tenham alguma rela��o, como pegar um dado banc�rio enviado pelo WhatsApp e usar o app do banco para fazer uma transfer�ncia. O apelo do G8X ThinQ tamb�m pode atrair quem costuma usar o celular para jogar. Nos modelos convencionais, o controle dos games acaba por encobrir uma parte do display. Com duas telas, uma fica dedicada ao jogo, enquanto a outra serve como controle. O gamer pode ainda deixar a segunda tela dispon�vel para outras fun��es do aparelho.
 
Como s�o duas telas independentes e s� uma funciona de fato como smartphone, o usu�rio n�o precisa carregar o estojo com a dupla o tempo todo, o que diminui o peso e a espessura do equipamento para o dia a dia. “A estrat�gia � se manter forte na s�rie K e come�ar a investir de maneira diferenciada na categoria premium. Sabemos que � um processo demorado e custoso, mas para a LG, que tem no Brasil o seu segundo maior mercado, vale a pena”, explica Habib.

Caro para os brasileiros

Apesar do pre�o de lan�amento, o executivo da LG acredita que essa n�o ser� uma barreira para o avan�o do G8X ThinQ. Isso porque o modelo n�o est� nem entre os cinco celulares mais caros vendidos no Brasil atualmente. Mas Habib admite: “� caro para o bolso do brasileiro.” Um iPhone 11 Pro Max custa em torno de R$ 9.790, o Galaxy Note10+ � vendido por R$ 5.999, o Huawei P30 Pro R$ 4.499 e o Asus Rog Phone II � encontrado por R$ 6.299 (pre�o m�dio pesquisado pela reportagem em sites de varejo e dos pr�prios fabricantes).
 
Mesmo com a expectativa de concorrer com Apple e Samsung no segmento premium e ainda ter pela frente os lan�amentos de telas flex�veis dos concorrentes, Habib acredita que o fato de levar a multitarefa para o modelo com dois displays poder� colocar a marca em vantagem nos pontos de venda das operadoras de telecom, j� que para elas quanto maior o uso do pacote de dados, maiores ser�o os ganhos.
 
Al�m de contar com o esfor�o adicional dos vendedores das operadoras, Habib conta que a empresa fez um investimento grande na divulga��o por meio de a��es com influenciadores digitais, al�m de tutoriais e reviews. Para o executivo, a novidade vai exigir um trabalho educacional para mostrar a utilidade do aparelho.


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