Haddad: reformas ter�o "alta intensidade" no novo governo
Haddad disse ainda haver receptividade �s propostas voltadas �s tr�s agendas priorit�rias - fiscal, cr�dito e regulat�ria -, tanto na C�mara quanto no Senado
O encontro entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e empres�rios da ind�stria, durante encontro da diretoria da Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp), nesta segunda-feira (30/1), foi marcado por uma s�rie de afirma��es em defesa da aprova��o de reformas junto ao Congresso Nacional. A entidade � palco de disputa entre o atual presidente, Josu� Gomes da Silva, e um grupo de oposi��o liderado por Paulo Skap, autor do pedido de impeachment contra o atual dirigente.
Haddad refor�ou que as reformas ter�o "alta intensidade" no novo governo e disse perceber receptividade �s propostas voltadas �s tr�s agendas priorit�rias — fiscal, cr�dito e regulat�ria —, tanto na C�mara quanto no Senado. "N�o vejo inten��o de postergar aquilo que precisa ser discutido", declarou.
Al�m disso, o ministro disse que j� discutiu com o presidente do Banco Central, Roberto de Campos Neto, a pretens�o de destravar as iniciativas de democratiza��o do cr�dito do BC. O objetivo, adiantou, � melhorar o ambiente de cr�dito diante da "trava" do aumento da Selic (taxa de juros b�sicos).
"A Selic � uma trava para todos n�s e para a democratiza��o do cr�dito, mas sabemos do potencial que isso teria na economia brasileira", declarou o ministro na Fiesp, ressaltando tamb�m que v� uma oportunidade para aprova��o da reforma tribut�ria, assim como de um novo arcabou�o fiscal —importante, segundo ele, para pacificar o Brasil num "front delicado", diante de d�vidas do mercado ap�s o fim do teto de gastos. "Em rela��o a finan�as p�blicas, a press�o est� nas mesas do Tesouro e do Banco Central diariamente, fora o terrorismo", disse o titular da Fazenda.
Ao defender investimentos em Ci�ncia e Tecnologia, Haddad disse ainda aos empres�rios que o governo montou uma equipe para executar um plano de transi��o energ�tica com foco na reindustrializa��o, citando o interesse do mundo no g�s produzido no Brasil, e que avalia positivamente o est�mulo � mudan�a da matriz energ�tica. "O Brasil � o pa�s mais bem posicionado para produzir hidrog�nio verde, energia e�lica e solar."
O ministro declarou tamb�m ser um "entusiasta" da agenda de reindustrializa��o, que pode ocorrer sob bases sustent�veis, j� que o Brasil � produtor de energia limpa.
A visita de Fernando Haddad acontece num momento de crise pol�tica na Fiesp. O atual presidente, Josu� Gomes da Silva, filho do ex-vice-presidente Jos� Alencar, sofreu pedido de impeachment de um grupo de oposi��o liderado pelo ex-presidente da Fiesp Paulo Skaf, l�der da oposi��o na entidade.
Para melhorar o clima, Josu� convidou Skaf para compor a mesa de debates durante a visita � endidade e tentar por fim � crise que se formou na entidade patronal, embora ambos tenham confirmado que selaram um acordo de paz.
Em sua fala, Josu� reclamou que a ind�stria deixou de ser a impulsionadora do desenvolvimento nacional, por conta das condi��es "in�spitas" para o setor, e criticou a alta carga tribut�ria no Brasil. "A estrutura tribut�ria puniu a produ��o industrial no pa�s", disse.
Durante encontro com empres�rios da ind�stria, Haddad refor�ou que as reformas ter�o "alta intensidade" no novo governo
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