Governo de Lula (PT) anunciou bloqueio nas despesas discricion�rias.
Evaristo Sa
Na segunda-feira (22), o governo de Luiz In�cio Lula da Silva (PT) anunciou um bloqueio de R$ 1,7 bilh�o nas despesas discricion�rias, que englobam custeio e investimentos, devido ao aumento significativo das despesas p�blicas. A proje��o atual do d�ficit � de R$ 136,2 bilh�es, equivalente a -1,3% do PIB (Produto Interno Bruto), segundo o Minist�rio do Planejamento.
Essa estimativa representa um aumento de R$ 28,6 bilh�es em rela��o � previs�o anterior, divulgada em mar�o, que apontava um d�ficit de R$ 107,6 bilh�es. O atual valor est� distante do d�ficit de 0,5% do PIB prometido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao apresentar a proposta de novo arcabou�o fiscal.
A principal causa da piora no quadro fiscal � o aumento das despesas, apesar de tamb�m haver uma redu��o na proje��o de arrecada��o. Um dos fatores que contribu�ram para o aumento dos gastos foi o reajuste do sal�rio m�nimo para R$ 1.320, em vigor desde o dia 1º de maio. O crescimento das despesas foi de R$ 24,2 bilh�es, ultrapassando o limite estabelecido pelo teto de gastos, que limita o aumento das despesas � infla��o e continua em vigor. Por isso, o governo precisar� bloquear R$ 1,7 bilh�o em despesas discricion�rias.
H� dois meses, a equipe econ�mica optou por n�o incluir no Or�amento os custos do reajuste do sal�rio m�nimo, que j� havia sido anunciado por Lula, mas ainda n�o estava efetivado. Na �poca, o sal�rio m�nimo era de R$ 1.302.
A decis�o recebeu alerta do Minist�rio da Previd�ncia Social por n�o refletir de forma precisa a din�mica das despesas no ano. Recentemente, o �rg�o tem buscado a equipe econ�mica para apontar a necessidade de mais recursos.
Com a inclus�o do novo valor do sal�rio m�nimo, houve um aumento de R$ 6 bilh�es nos benef�cios previdenci�rios e de R$ 3,9 bilh�es nos gastos com abono salarial e seguro-desemprego. O governo tamb�m revisou a proje��o de crescimento do PIB para 1,91%, conforme antecipado na semana passada por Haddad, em compara��o com a estimativa anterior de 1,61%.
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