Jean Paul Prates fala ao microfone e gesticula. Ele é um homem branco e tem cabelos e barba grisalhos

Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, explicou quea solicita��o se refere � perfura��o de um �nico po�o, etapa fundamental para verificar a viabilidade da explora��o de petr�leo na regi�o

MAURO PIMENTEL/AFP
Na �ltima quinta-feira (25), a Petrobras solicitou ao Ibama a reconsidera��o do pedido para realizar pesquisas de explora��o petrol�fera na bacia da Foz do Amazonas, no estado do Amap�. A entrega de novos documentos ao �rg�o ambiental ocorreu ap�s uma reuni�o entre t�cnicos da empresa, representantes do governo e ambientalistas na ter�a-feira (23).

Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, ressaltou em suas redes sociais que a solicita��o se refere � perfura��o de um �nico po�o, etapa fundamental para verificar a viabilidade da explora��o de petr�leo na regi�o. Prates afirmou que o novo pedido segue os entendimentos t�cnicos acordados com diferentes �reas do governo.

A Petrobras emitiu uma nota enfatizando a seguran�a das opera��es de pesquisa e mencionou o refor�o no projeto de bases operacionais com o objetivo de 'mitigar os riscos da perfura��o e atuar em casos de acidentes ambientais'. A empresa tamb�m se comprometeu a respeitar e cuidar do meio ambiente e das comunidades locais.

Uma sonda contratada pela estatal j� se encontra na �rea da pesquisa, aguardando autoriza��o do Ibama para iniciar a perfura��o. A explora��o de petr�leo na regi�o, situada a 175 km da costa do Amap� e a 550 km da Foz do Rio Amazonas, � contestada por ambientalistas devido aos poss�veis riscos � fauna e flora.

Em 17 de maio, o Ibama negou a licen�a pretendida pela Petrobras, que desde ent�o se comprometeu a reestruturar bases de resposta e replanejar voos para diminuir os impactos em territ�rios ind�genas. A resist�ncia em liberar trabalhos explorat�rios na Margem Equatorial causou desentendimentos entre o senador Randolfe Rodrigues e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

A Petrobras estima que a �rea possa abrigar uma nova fronteira energ�tica com capacidade de at� 30 milh�es de barris de petr�leo, equivalente a um novo pr�-sal. O governo do Amap� demonstra interesse na gera��o de riqueza e cria��o de empregos com a explora��o do �leo, al�m do pagamento de royalties.

Em audi�ncia na C�mara dos Deputados, a ministra Marina Silva afirmou que a reavalia��o do pedido � um processo t�cnico e complexo, podendo levar at� dois anos e meio para uma nova an�lise. A Petrobras alega j� ter realizado pesquisas que comprovam a inexist�ncia de �reas sens�veis em um raio de 500 metros do po�o explorat�rio e apresenta estrutura de resposta �nica no Brasil para este projeto, incluindo embarca��es, aeronaves, profissionais especializados e sistemas avan�ados de conten��o de �leo.