Setor a�reo deve perder US$ 1,4 bi na Am�rica Latina em 2023
Apesar do tr�fego forte, a Associa��o Internacional de Transporte a�reo (IATA) prev� preju�zo de US$ 1,4 bi para as a�reas na America Latina.
Apesar da recupera��o do volume perdido na pandemia, na soma dos resultados, o setor ainda deve terminar o per�odo com perdas
Pixabay / Divulga��o
O setor a�reo da Am�rica Latina deve recuperar neste ano o volume de passageiros transportados em 2019, �ltimo ano antes da pandemia. No entanto, na soma dos resultados, ainda deve terminar o per�odo com perdas.
A expectativa � que o setor na regi�o encerre 2023 com preju�zo operacional de US$ 1,4 bilh�o (R$ 6,9 bilh�es, na cota��o atual), segundo proje��es da Iata (Associa��o Internacional de Transporte A�reo).
Em 2022, a estimativa da Iata � que as empresas a�reas que atuam na Am�rica Latina tenham registrado, somadas, um preju�zo de US$ 3,9 bilh�es (R$ 19,2 bilh�es). A conta considera os resultados de todas as companhias, sendo que algumas tiveram lucro no per�odo.
Ao olhar a soma dos dados globais, o setor a�reo deve finalmente sair do vermelho em 2023. A previs�o � de faturar US$ 803 bilh�es (R$ 3,9 bilh�es) em 2023 e gastar US$ 781 bilh�es (R$ 3,8 bi) em despesas. Isso geraria lucro operacional de US$ 22 bilh�es (R$ 108,7 bilh�es) no ano. J� o lucro l�quido deve ficar em US$ 9,8 bilh�es (R$ 48,2 bilh�es), uma margem de 1,2%.
Neste ano, a Am�rica Latina e a Am�rica do Norte devem recuperar o volume de passageiros que tinham em 2019, antes da pandemia. J� todos os outros continentes, como Europa e �sia, devem voltar ao patamar de antes da crise sanit�ria s� em 2024.
Em 2023, as empresas a�reas devem lucrar em m�dia US$ 2,25 (R$ 11,12) por passageiro transportado, estima a Iata. "� dinheiro suficiente para comprar meia x�cara de caf� em Genebra, onde eu moro. Talvez devessemos come�ar a pedir gorjetas", brincou Marie Owens Thomsen, economista-chefe da entidade, ao anunciar os dados durante evento em Istambul.
Sobre a Am�rica Latina, Thomsen disse que apesar da alta de passageiros, os custos das empresas tamb�m subiram, o que compromete a lucratividade. Assim, segundo ela, mesmo que os pre�os das passagens tenham aumentado, o dinheiro extra n�o fica com as companhias a�reas.
"N�o estamos fazendo dinheiro como ind�stria na Am�rica Latina desde 2017. Mesmo antes da pandemia, as empresas estavam com dificuldades", avalia Peter Cerd�, vice-presidente da Iata para a Am�rica Latina.
"O problema � o ambiente de opera��o. No Brasil por exemplo, h� muitos impostos. As empresas a�reas pagam em d�lar os custos de manuten��o e a aquisi��o de aeronaves, e o real est� mais fraco que o d�lar, a infla��o est� alta", disse Cerd�.
O vice-presidente tamb�m disse que o alto n�mero de processos de clientes contra as companhias a�reas, como a busca de indeniza��o por voos cancelados, tamb�m traz custos extras. "O Brasil continua a ser o pa�s com mais processos contra o setor do que qualquer outro no mundo", aponta.
A recupera��o do mercado latino-americano se d� em ritmo diferente de acordo com os pa�ses. Em fevereiro deste ano, os voos dom�sticos no Brasil levaram 2,4% a menos de passageiros, na compara��o com fevereiro de 2019, antes da crise sanit�ria.
J� na Col�mbia, o total de passageiros em fevereiro de 2023 foi 27,8% maior do que no mesmo m�s de 2019. M�xico, com 20,9% a mais, e Argentina, com 3,9% a mais, tamb�m est�o em melhor situa��o.
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