Banco Central

Banco Central em nota informou que "conduzir� a pol�tica monet�ria necess�ria para o cumprimento das metas e avalia que a estrat�gia de manuten��o da taxa b�sica de juros por per�odo prolongado tem se mostrado adequada para assegurar a converg�ncia da infla��o".

Leonardo S�/Agencia Senado
Em dia favor�vel para o mercado financeiro, com alta da Bolsa e nova m�nima para o d�lar, o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), do Banco Central, manteve, nesta quarta-feira (21/6), por unanimidade, a taxa b�sica da economia (Selic) em 13,75% ao ano pela s�tima reuni�o consecutiva.

A Bolsa de Valores de S�o Paulo (B3) recuperou o patamar de 120 mil pontos e fechou o dia com alta de 0,67%, a 120.420 pontos. O d�lar comercial registrou queda de 0,59% e encerrou o preg�o desta quarta cotado a R$ 4,768 para a venda, renovando a m�nima de um ano.

No comunicado da decis�o, o Copom n�o sinalizou quando pode come�ar a reduzir os juros, mas retirou o trecho em que afirmava que n�o hesitar� em elevar os juros se for necess�rio, o que era esperado pelos analistas. Contudo, afirmou, logo no in�cio do documento que “apesar da atenua��o do estresse envolvendo bancos nos EUA e na Europa, a situa��o segue demandando monitoramento” e voltou a afirmar que o processo de desacelera��o da infla��o � lento e, portanto, � preciso paci�ncia para o in�cio do ciclo de queda dos juros.

“Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a converg�ncia das taxas de infla��o para suas metas, inclusive com a retomada de ciclos de eleva��o de juros em algumas economias, em um ambiente em que a infla��o se mostra resiliente”, escreveu o �rg�o.

“A conjuntura atual, caracterizada por um est�gio do processo desinflacion�rio que tende a ser mais lento e por expectativas de infla��o desancoradas, segue demandando cautela e parcim�nia”, destacou o Copom.
De acordo com a nota, o �rg�o “conduzir� a pol�tica monet�ria necess�ria para o cumprimento das metas e avalia que a estrat�gia de manuten��o da taxa b�sica de juros por per�odo prolongado tem se mostrado adequada para assegurar a converg�ncia da infla��o”.  “O Comit� refor�a que ir� perseverar at� que se consolide n�o apenas o processo de desinfla��o como tamb�m a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, acrescentou.


Veja a �ntegra da nota do Copom

O ambiente externo se mant�m adverso, ainda que com revis�es positivas para o crescimento do ano. Apesar da atenua��o do estresse envolvendo bancos nos EUA e na Europa, a situa��o segue demandando monitoramento. Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a converg�ncia das taxas de infla��o para suas metas, inclusive com a retomada de ciclos de eleva��o de juros em algumas economias, em um ambiente em que a infla��o se mostra resiliente.

Em rela��o ao cen�rio dom�stico, o conjunto dos indicadores mais recentes de atividade econ�mica segue consistente com um cen�rio de desacelera��o da economia nos pr�ximos trimestres. O crescimento acima do esperado no primeiro trimestre refletiu principalmente o forte desempenho do setor agropecu�rio. N�o obstante o arrefecimento recente dos �ndices de infla��o cheia ao consumidor, antecipa-se uma eleva��o da infla��o acumulada em doze meses ao longo do segundo semestre. Ademais, diversas medidas de infla��o subjacente seguem acima do intervalo compat�vel com o cumprimento da meta para a infla��o. As expectativas de infla��o para 2023 e 2024 apuradas pela pesquisa Focus recuaram e encontram-se em torno de 5,1% e 4,0%, respectivamente.

As proje��es de infla��o do Copom em seu cen�rio de refer�ncia* situam-se em 5,0% em 2023 e 3,4% em 2024. As proje��es para a infla��o de pre�os administrados s�o de 9,0% em 2023 e 4,6% em 2024.

O Comit� ressalta que, em seus cen�rios para a infla��o, permanecem fatores de risco em ambas as dire��es. Entre os riscos de alta para o cen�rio inflacion�rio e as expectativas de infla��o, destacam-se (i) uma maior persist�ncia das press�es inflacion�rias globais; (ii) alguma incerteza residual sobre o desenho final do arcabou�o fiscal a ser aprovado pelo Congresso Nacional e, de forma mais relevante para a condu��o da pol�tica monet�ria, seus impactos sobre as expectativas para as trajet�rias da d�vida p�blica e da infla��o, e sobre os ativos de risco; e (iii) uma desancoragem maior, ou mais duradoura, das expectativas de infla��o para prazos mais longos. Entre os riscos de baixa, ressaltam-se (i) uma queda adicional dos pre�os das commodities internacionais em moeda local, ainda que parte importante desse movimento j� tenha sido verificado; (ii) uma desacelera��o da atividade econ�mica global mais acentuada do que a projetada, em particular em fun��o de condi��es adversas no sistema financeiro global; e (iii) uma desacelera��o na concess�o dom�stica de cr�dito maior do que seria compat�vel com o atual est�gio do ciclo de pol�tica monet�ria.

Considerando os cen�rios avaliados, o balan�o de riscos e o amplo conjunto de informa��es dispon�veis, o Copom decidiu manter a taxa b�sica de juros em 13,75% a.a. e entende que essa decis�o � compat�vel com a estrat�gia de converg�ncia da infla��o para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024. Sem preju�zo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de pre�os, essa decis�o tamb�m implica suaviza��o das flutua��es do n�vel de atividade econ�mica e fomento do pleno emprego.

A conjuntura atual, caracterizada por um est�gio do processo desinflacion�rio que tende a ser mais lento e por expectativas de infla��o desancoradas, segue demandando cautela e parcim�nia. O Copom conduzir� a pol�tica monet�ria necess�ria para o cumprimento das metas e avalia que a estrat�gia de manuten��o da taxa b�sica de juros por per�odo prolongado tem se mostrado adequada para assegurar a converg�ncia da infla��o. O Comit� refor�a que ir� perseverar at� que se consolide n�o apenas o processo de desinfla��o como tamb�m a ancoragem das expectativas em torno de suas metas. O Comit� avalia que a conjuntura demanda paci�ncia e serenidade na condu��o da pol�tica monet�ria e relembra que os passos futuros da pol�tica monet�ria depender�o da evolu��o da din�mica inflacion�ria, em especial dos componentes mais sens�veis � pol�tica monet�ria e � atividade econ�mica, das expectativas de infla��o, em particular as de maior prazo, de suas proje��es de infla��o, do hiato do produto e do balan�o de riscos.

Votaram por essa decis�o os seguintes membros do Comit�: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Fernanda Magalh�es Rumenos Guardado, Maur�cio Costa de Moura, Ot�vio Ribeiro Damaso, Paulo S�rgio Neves de Souza e Renato Dias de Brito Gomes.

* No cen�rio de refer�ncia, a trajet�ria para a taxa de juros � extra�da da pesquisa Focus e a taxa de c�mbio parte de USD/BRL 4,85, evoluindo segundo a paridade do poder de compra (PPC). O pre�o do petr�leo segue aproximadamente a curva futura pelos pr�ximos seis meses e passa a aumentar 2% ao ano posteriormente. Al�m disso, adota-se a hip�tese de bandeira tarif�ria “verde” em dezembro de 2023 e de 2024. O valor para o c�mbio � obtido pelo procedimento usual de arredondar a cota��o m�dia da taxa de c�mbio USD/BRL observada nos cinco dias �teis encerrados no �ltimo dia da semana anterior � da reuni�o do Copom.

Garantir a estabilidade do poder de compra da moeda, zelar por um sistema financeiro s�lido, eficiente e competitivo, e fomentar o bem-estar eco

O ambiente externo se mant�m adverso, ainda que com revis�es positivas para o crescimento do ano. Apesar da atenua��o do estresse envolvendo bancos nos EUA e na Europa, a situa��o segue demandando monitoramento. Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a converg�ncia das taxas de infla��o para suas metas, inclusive com a retomada de ciclos de eleva��o de juros em algumas economias, em um ambiente em que a infla��o se mostra resiliente.

Em rela��o ao cen�rio dom�stico, o conjunto dos indicadores mais recentes de atividade econ�mica segue consistente com um cen�rio de desacelera��o da economia nos pr�ximos trimestres. O crescimento acima do esperado no primeiro trimestre refletiu principalmente o forte desempenho do setor agropecu�rio. N�o obstante o arrefecimento recente dos �ndices de infla��o cheia ao consumidor, antecipa-se uma eleva��o da infla��o acumulada em doze meses ao longo do segundo semestre. Ademais, diversas medidas de infla��o subjacente seguem acima do intervalo compat�vel com o cumprimento da meta para a infla��o. As expectativas de infla��o para 2023 e 2024 apuradas pela pesquisa Focus recuaram e encontram-se em torno de 5,1% e 4,0%, respectivamente.

As proje��es de infla��o do Copom em seu cen�rio de refer�ncia* situam-se em 5,0% em 2023 e 3,4% em 2024. As proje��es para a infla��o de pre�os administrados s�o de 9,0% em 2023 e 4,6% em 2024.

O Comit� ressalta que, em seus cen�rios para a infla��o, permanecem fatores de risco em ambas as dire��es. Entre os riscos de alta para o cen�rio inflacion�rio e as expectativas de infla��o, destacam-se (i) uma maior persist�ncia das press�es inflacion�rias globais; (ii) alguma incerteza residual sobre o desenho final do arcabou�o fiscal a ser aprovado pelo Congresso Nacional e, de forma mais relevante para a condu��o da pol�tica monet�ria, seus impactos sobre as expectativas para as trajet�rias da d�vida p�blica e da infla��o, e sobre os ativos de risco; e (iii) uma desancoragem maior, ou mais duradoura, das expectativas de infla��o para prazos mais longos. Entre os riscos de baixa, ressaltam-se (i) uma queda adicional dos pre�os das commodities internacionais em moeda local, ainda que parte importante desse movimento j� tenha sido verificado; (ii) uma desacelera��o da atividade econ�mica global mais acentuada do que a projetada, em particular em fun��o de condi��es adversas no sistema financeiro global; e (iii) uma desacelera��o na concess�o dom�stica de cr�dito maior do que seria compat�vel com o atual est�gio do ciclo de pol�tica monet�ria.  

Considerando os cen�rios avaliados, o balan�o de riscos e o amplo conjunto de informa��es dispon�veis, o Copom decidiu manter a taxa b�sica de juros em 13,75% a.a. e entende que essa decis�o � compat�vel com a estrat�gia de converg�ncia da infla��o para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024. Sem preju�zo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de pre�os, essa decis�o tamb�m implica suaviza��o das flutua��es do n�vel de atividade econ�mica e fomento do pleno emprego.

A conjuntura atual, caracterizada por um est�gio do processo desinflacion�rio que tende a ser mais lento e por expectativas de infla��o desancoradas, segue demandando cautela e parcim�nia. O Copom conduzir� a pol�tica monet�ria necess�ria para o cumprimento das metas e avalia que a estrat�gia de manuten��o da taxa b�sica de juros por per�odo prolongado tem se mostrado adequada para assegurar a converg�ncia da infla��o. O Comit� refor�a que ir� perseverar at� que se consolide n�o apenas o processo de desinfla��o como tamb�m a ancoragem das expectativas em torno de suas metas. O Comit� avalia que a conjuntura demanda paci�ncia e serenidade na condu��o da pol�tica monet�ria e relembra que os passos futuros da pol�tica monet�ria depender�o da evolu��o da din�mica inflacion�ria, em especial dos componentes mais sens�veis � pol�tica monet�ria e � atividade econ�mica, das expectativas de infla��o, em particular as de maior prazo, de suas proje��es de infla��o, do hiato do produto e do balan�o de riscos.

Votaram por essa decis�o os seguintes membros do Comit�: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Fernanda Magalh�es Rumenos Guardado, Maur�cio Costa de Moura, Ot�vio Ribeiro Damaso, Paulo S�rgio Neves de Souza e Renato Dias de Brito Gomes. 

* No cen�rio de refer�ncia, a trajet�ria para a taxa de juros � extra�da da pesquisa Focus e a taxa de c�mbio parte de USD/BRL 4,85, evoluindo segundo a paridade do poder de compra (PPC). O pre�o do petr�leo segue aproximadamente a curva futura pelos pr�ximos seis meses e passa a aumentar 2% ao ano posteriormente. Al�m disso, adota-se a hip�tese de bandeira tarif�ria “verde” em dezembro de 2023 e de 2024. O valor para o c�mbio � obtido pelo procedimento usual de arredondar a cota��o m�dia da taxa de c�mbio USD/BRL observada nos cinco dias �teis encerrados no �ltimo dia da semana anterior � da reuni�o do Copom.
 

Fiemg manifesta 'preocupa��o' com decis�o desta quarta-feira

 

Em nota, a Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) criticou a decis�o do Copom sobre a manuten��o da taxa b�sica de juros no patamar de 13,75%. Segundo a entidade, a medida n�o corresponde ao "arrefecimento" do IPCA que vem sendo observado nos �ltimos meses.

Leia a nota da Fiemg na �ntegra:

 

"A decis�o desta quarta-feira (21/6) do Banco Central brasileiro destoa do processo de arrefecimento da infla��o observado nos �ltimos meses: o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 2,95% de janeiro a maio, valor abaixo dos 4,78% observados no mesmo per�odo de 2022.


Al�m disso, a redu��o dos pre�os de combust�veis e a concess�o de descontos tempor�rios em autom�veis novos apontam para uma defla��o em junho. As expectativas de infla��o tamb�m demonstram uma tend�ncia de decl�nio tanto para 2023 quanto para os pr�ximos anos.


A FIEMG enxerga com preocupa��o a manuten��o da taxa de juros em patamar elevado, tendo em vista seus efeitos prejudiciais � economia. Entende-se que, com a tend�ncia de queda da infla��o, as discuss�es avan�adas sobre a reforma tribut�ria e o encaminhamento do novo arcabou�o fiscal, o Brasil esteja preparado para um novo ciclo de corte de juros."

CDL/BH: Juros no patamar atual prejudicam com�rcio

Tamb�m em nota, a C�mara de Diretores Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), por meio do presidente, Marcelo de Souza e Silva, disse que n�o esperava uma redu��o da Selic na reuni�o ocorrida nesta quarta-feira.

Ele tamb�m afirmou que os juros atuais prejudicam o com�rcio em aspectos como no aumento dos bens de consumo, encarecimento do cr�dito para lojistas, redu��o do poder de compra das fam�lias, crescimento da inadimpl�ncia e menor dinheiro em circula��o.

 

"� importante destacar que os efeitos dessa redu��o na economia s� ser�o sentidos em, pelo menos, seis meses. Este � o tempo m�nimo necess�rio para que as fam�lias recuperem o poder de consumo e tenham capacidade para pagar as d�vidas", ressaltou Souza e Silva.