Cartões de crédito em bolso

Diversos fatores contribu�ram para o aumento da inadimpl�ncia, incluindo a pandemia e a alta da taxa b�sica de juros (Selic).

Pixabay
Os brasileiros est�o enfrentando n�veis recordes de inadimpl�ncia com seus cart�es de cr�dito rotativos e parcelados. Nos meses de mar�o e abril deste ano, aproximadamente um ter�o (31,5%) do saldo total de R$ 135,6 bilh�es desses tipos de cr�dito estava inadimplente.

Essa � a maior taxa de inadimpl�ncia mensal desde o in�cio dos registros em mar�o de 2011, conforme revelou Luiz Rabi, economista-chefe da Serasa Experian.
Em abril, o juro do rotativo do cart�o de cr�dito subiu para 447,7% ao ano, o mais alto desde 2017. Rabi tamb�m apontou que a inadimpl�ncia nos cart�es de cr�dito � um dos principais desafios no mercado de cr�dito atualmente.

Segundo o economista, a inadimpl�ncia � impulsionada principalmente pelos cart�es de cr�dito, j� que as �nicas linhas de cr�dito que est�o crescendo para os consumidores s�o o cheque especial e o cart�o rotativo e parcelado.

A Abecs, associa��o que representa as empresas de cart�o de cr�dito, admite que a inadimpl�ncia � uma preocupa��o para o setor, mas defende que a tend�ncia segue o mesmo padr�o da inadimpl�ncia geral dos consumidores.
 
Diversos fatores contribu�ram para o aumento da inadimpl�ncia, incluindo a pandemia e a alta da taxa b�sica de juros (Selic). No entanto, o principal fator � a infla��o, que corroeu a renda das fam�lias.
 
De fato, o n�mero total de inadimplentes, n�o apenas no cart�o, aumentou de 62 milh�es em setembro de 2021 para 71 milh�es em maio deste ano.

A expectativa � que a inadimpl�ncia atinja seu pico em breve e comece a diminuir a partir do segundo semestre. No entanto, os especialistas alertam que a queda ser� lenta, pois as condi��es gerais ainda n�o s�o favor�veis.

A an�lise mostra que o n�mero de inadimplentes em geral deve parar de aumentar entre o terceiro e o quarto trimestre deste ano, a depender da queda da infla��o e do corte na taxa b�sica de juros.