Jerome Powell, Christine Lagarde e Andrew Bailey

A pr�xima reuni�o do Comit� Federal de Mercado Aberto do Fed, que definir� os juros, acontecer� entre os dias 25 e 26 de julho.

STEFANI REYNOLDS / LEWIS JOLY / HENRY NICHOLL
Os chefes dos principais bancos centrais globais, reunidos na quarta-feira (28), destacaram a import�ncia de um endurecimento mais acentuado na pol�tica monet�ria, numa tentativa de controlar a infla��o elevada. Acreditam, contudo, que � poss�vel alcan�ar tal objetivo sem provocar recess�es. Jerome Powell, do Federal Reserve (Fed) dos EUA, n�o excluiu a possibilidade de aumento nas pr�ximas reuni�es do banco. Da mesma forma, Christine Lagarde, do Banco Central Europeu (BCE), sinalizou um prov�vel aumento das taxas em julho. Ambos falaram durante um encontro anual de banqueiros centrais em Sintra, Portugal, organizado pelo BCE.

Powell destacou que a pol�tica monet�ria ainda n�o tem sido suficientemente restritiva e que o mercado de trabalho norte-americano precisa desacelerar para reduzir a press�o sobre os pre�os. Embora ele veja uma chance consider�vel de isso levar a uma recess�o, ele acredita que esse cen�rio n�o � o mais prov�vel. A pr�xima reuni�o do Comit� Federal de Mercado Aberto do Fed, que definir� os juros, acontecer� entre os dias 25 e 26 de julho.
Por outro lado, Lagarde admitiu a possibilidade de que a economia estagnada da zona do euro possa entrar em completa recess�o este ano, mas refor�ou que tal cen�rio n�o � a expectativa principal do BCE. Ela ressaltou que ainda h� um longo caminho a percorrer no combate � infla��o e que n�o h� evid�ncias concretas de estabiliza��o e queda nos pre�os dom�sticos.

Andrew Bailey, do Banco da Inglaterra, falou sobre o surpreendente aumento de 50 pontos-base na taxa de juros brit�nica na �ltima semana, que reflete uma economia resiliente e uma infla��o persistente. Ele afirmou que o banco central brit�nico n�o prev� uma recess�o e que far�o o necess�rio para reduzir a taxa de infla��o do Reino Unido, a mais alta entre as na��es ricas do G7.

Kazuo Ueda, do Banco do Jap�o, teve um discurso um pouco diferente dos demais. Ele afirmou que o banco central japon�s considerar� um ajuste em sua pol�tica monet�ria mais flex�vel se houver uma certeza razo�vel de que a infla��o ir� acelerar em 2024 ap�s um per�odo de modera��o. Ele esclareceu que, apesar da infla��o estar acima de 3%, a pol�tica monet�ria do Banco do Jap�o permanece flex�vel, uma vez que a infla��o subjacente ainda est� abaixo da meta de 2%.