Desemprego atinge menor taxa desde fevereiro de 2015
�ndice ficou em 7,8%, com 8,4 milh�es de pessoas desocupadas. Massa de
rendimento alcan�a R$ 288 bi, recorde na s�rie hist�rica da Pnad Cont�nua
O maior crescimento DO EMPREGO foi NO SETOR DE servi�os
dom�sticos, que teve alta de 2,9%
Gil Leonardi/Imprensa MG
Bras�lia – A taxa de desemprego ficou em 7,8% no trimestre encerrado em agosto, com 8,4 milh�es de pessoas desocupadas, uma queda de 0,5 ponto percentual em rela��o ao trimestre anterior. Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios Cont�nua (Pnad Cont�nua), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), � o menor �ndice desde fevereiro de 2015, quando foi de 7,5%.
Segundo a coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy, a queda na desocupa��o est� diretamente influenciada pela alta do n�mero de pessoas trabalhando. O n�vel da ocupa��o, percentual de pessoas ocupadas na popula��o em idade de trabalhar, foi estimado em 57%. “Esse quadro favor�vel pelo lado da ocupa��o � o que permite a redu��o do n�mero de pessoas que procuram trabalho”, disse a pesquisadora.
Tr�s grupamentos de atividades foram respons�veis pelo desempenho do mercado de trabalho no trimestre m�vel terminado em agosto. A maior varia��o no confronto contra o trimestre encerrado em maio foi de servi�os dom�sticos, que teve alta de 2,9%, o que significa um incremento de mais 164 mil pessoas ocupadas. Em seguida, o grupo de Administra��o p�blica, defesa, seguridade social, educa��o, sa�de humana e servi�os sociais, com alta de 2,4% (ou mais 422 mil pessoas), principalmente na �rea da Sa�de e da Educa��o p�blica. Fecha o trio as atividades de Informa��o, Comunica��o e Atividades Financeiras, Imobili�rias, Profissionais e Administrativas, que registraram expans�o de 2,3% (mais 275 mil pessoas) ocupadas.
“No geral, houve resultado positivo tamb�m porque nenhum outro grupo registrou perda estat�stica de trabalhadores. Mas esses tr�s grupamentos, em especial, contribu�ram no processo de absor��o de trabalhadores”, afirmou Beringuy.
A popula��o subocupada por insufici�ncia de horas trabalhadas aumentou 3,9%, chegando a 199 mil pessoas no trimestre. J� no ano, houve uma queda de 17,3%, ficando em 5,3 milh�es de pessoas. A popula��o fora da for�a de trabalho foi de 66,8 milh�es, queda de 0,5% ante o trimestre anterior, houve um aumento de 3,4% na compara��o anual.
Rendimento
A massa de rendimento do trabalho no Brasil alcan�ou R$ 288,9 bilh�es no trimestre encerrado em agosto, segundo o IBGE. O montante � recorde na s�rie hist�rica da Pnad Cont�nua, iniciada em 2012. A alta real (considerando a infla��o) foi de 2,4% ante o trimestre anterior, finalizado em maio.
A massa de rendimento significa a soma dos sal�rios recebidos pelos trabalhadores. Conforme o IBGE, o crescimento do indicador pode ser explicado pelo aumento da popula��o ocupada com algum tipo de trabalho (formal ou informal). “A massa cresce porque tem mais gente trabalhando”, disse Adriana Beringuy.
Para o economista Andr� Perfeito, o resultado da massa salarial “reafirma o bom momento do PIB (Produto Interno Bruto)”, que mede o desempenho da atividade econ�mica. “Isso indica mais uma vez que o PIB deste ano deve avan�ar de maneira mais significativa”, projetou Perfeito. Economistas dizem que o mercado de trabalho costuma reagir ao comportamento da atividade econ�mica. Na teoria, com o crescimento do PIB, a tend�ncia � de demanda maior por m�o de obra, o que estimularia as contrata��es.
Renda m�dia
A Pnad tamb�m traz dados sobre o rendimento real habitual do trabalho. Esse indicador estima a renda que cada trabalhador recebeu, em m�dia, com suas atividades laborais. No trimestre at� agosto, o rendimento foi de R$ 2.947, ou 1,1% maior do que o verificado at� maio (R$ 2.914). Por n�o ser uma varia��o t�o expressiva para o indicador em termos estat�sticos, o IBGE considera que o resultado ficou dentro da margem de estabilidade no confronto trimestral. Na compara��o anual, a renda m�dia teve crescimento de 4,6% ante o trimestre at� agosto de 2022 (R$ 2.818). A recomposi��o dos sal�rios tamb�m contribui para o aumento da massa.
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