A forte seca que afeta rios amaz�nicos pode dificultar o escoamento de produtos eletr�nicos pelos portos de Manaus
O Super Terminais � um terminal portu�rio privado que opera na capital do Amazonas. Segundo Di Gregorio, a seca de propor��es hist�ricas est� impedindo a chegada de navios a Manaus em raz�o das limita��es de calado (parte das embarca��es que fica submersa).
"A gente n�o recebe navios em Manaus h� mais de 30 dias. Os estoques das f�bricas, das ind�strias, v�o conseguir alimentar o Brasil, o varejo, o atacado, para a Black Friday, mas para o Natal a gente ainda n�o sabe como vai ser. � uma situa��o preocupante, sem d�vida", declara Di Gregorio.
A Zona Franca de Manaus � conhecida por abrigar ind�strias que fabricam produtos como motocicletas, aparelhos eletr�nicos e eletrodom�sticos, incluindo celulares, televisores e ar-condicionado.
Segundo Di Gregorio, empresas levaram em conta o hist�rico de pouca chuva na regi�o em outros anos e refor�aram seus estoques para evitar o desabastecimento de insumos antes da Black Friday. O n�vel da estiagem deste ano, contudo, vem assustando a popula��o local.
A seca provocou n�veis m�nimos hist�ricos em pontos dos rios Negro, Solim�es, Amazonas e Madeira, como mostrou a Folha de S.Paulo. As conclus�es s�o de dados compilados ou produzidos pelo Porto de Manaus, pelo SGB (Servi�o Geol�gico do Brasil) e pela Defesa Civil do Amazonas.
Di Gregorio avalia que uma sinaliza��o positiva � a volta da chuva nos �ltimos dias na regi�o. "Dependendo da chuva, l� pelo dia 30 de novembro, ou na primeira semana de dezembro, a gente vai ter calado para come�ar a receber os navios", projeta.De acordo com Di Gregorio, os navios que chegam a Manaus necessitam de um calado de 8 a 12 metros, em m�dia, enquanto as balsas contam com uma medida m�xima de tr�s metros.
Na quinta-feira (19/10), o Amazonas tinha 59 dos 62 munic�pios em situa��o de emerg�ncia em raz�o da seca, conforme boletim divulgado pelo governo estadual. Manaus estava nessa lista.
Al�m da dificuldade de transporte fluvial, a seca tamb�m provocou uma s�rie de outros impactos na Amaz�nia. Morte de botos, isolamento de comunidades, falta de �gua, interrup��o da produ��o de energia e problemas de sa�de s�o exemplos dessas consequ�ncias.
"O que a gente precisa � planejar melhor, conversar com o poder p�blico, conversar com os �rg�os respons�veis, para conseguir mitigar esse problema e n�o deixar chegar a essa escala que est� hoje", afirma Di Gregorio.
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