Carteira de trabalho em primeiro plano
Trata-se do menor patamar para esse intervalo desde 2014 (6,9%), ano em que a economia nacional entrou em crise. Considerando os diferentes per�odos da s�rie hist�rica iniciada em 2012, a taxa de 7,7% � a mais baixa desde o trimestre at� fevereiro de 2015 (7,5%), disse o IBGE.
Com o novo resultado, a popula��o desempregada recuou a 8,3 milh�es de julho a setembro de 2023. O n�mero era de 8,6 milh�es nos tr�s meses imediatamente anteriores.
A taxa de 7,7% ficou em linha com as previs�es do mercado financeiro. Na mediana, analistas consultados pela ag�ncia Bloomberg tamb�m projetavam 7,7%.
O indicador estava em 8% no segundo trimestre deste ano, o mais recente da s�rie compar�vel da Pnad Cont�nua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios Cont�nua).
POPULA��O OCUPADA BATE RECORDE
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No terceiro trimestre, o n�mero de trabalhadores ocupados com algum tipo de vaga alcan�ou 99,8 milh�es, segundo a pesquisa. � o recorde da s�rie hist�rica.
O contingente cresceu 0,9%, o que representa um acr�scimo de 929 mil trabalhadores inseridos no mercado frente aos tr�s meses anteriores.
O IBGE afirmou que o aumento foi puxado pela gera��o de vagas formais. Nesse sentido, o grupo dos empregados com carteira assinada no setor privado teve alta de 1,6% (ou mais 587 mil). O contingente se aproximou de 37,4 milh�es.
Trata-se da �nica categoria investigada na Pnad que apresentou crescimento significativo, disse o instituto.
"A queda na taxa de desocupa��o foi induzida pelo crescimento expressivo no n�mero de pessoas trabalhando e pela retra��o de pessoas buscando trabalho no terceiro trimestre de 2023", afirmou Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas por amostra de domic�lios do IBGE.
Questionada se os dados sinalizam uma melhora da atividade econ�mica neste ano, a pesquisadora disse que o mercado de trabalho indica esse panorama.
"At� porque a gente est� vendo que o crescimento da ocupa��o est� sendo acompanhado pelo crescimento do rendimento, pelo crescimento dos trabalhadores com carteira", avaliou.
Apesar disso, Beringuy lembrou que o pa�s ainda tem um n�mero expressivo de informais. A popula��o sem carteira ou CNPJ foi de 39 milh�es no terceiro trimestre, o equivalente a 39,1% dos ocupados. O recorde da s�rie ocorreu no terceiro trimestre de 2019, quando a taxa de informalidade alcan�ou 40,9%.
Os dados divulgados nesta ter�a ainda n�o refletem poss�veis impactos do Censo Demogr�fico 2022. O recenseamento � a base para a atualiza��o da amostra populacional da Pnad.
Segundo analistas, a amostra pode sofrer altera��es porque o Censo contabilizou uma popula��o menor do que as estimativas usadas na pesquisa do mercado de trabalho, al�m de indicar um envelhecimento dos brasileiros e uma presen�a mais elevada das mulheres.
O IBGE disse na sexta (27) que planeja fazer a repondera��o da Pnad no pr�ximo ano. Conforme o instituto, taxas como a de desemprego n�o tendem a sofrer tantas altera��es, mas os n�meros absolutos podem apresentar mudan�as mais percept�veis a partir do Censo.
"De modo geral, os percentuais, as taxas, n�o tendem a mudar muito por uma atualiza��o da estrutura et�ria e de sexo", disse Beringuy nesta ter�a.
"Com rela��o aos contingentes, n�o tem como garantir que haver� ou n�o grandes mudan�as nos valores. � medida que a gente tem outra pir�mide et�ria, � poss�vel que haja, sim, altera��o em alguns indicadores, principalmente aqueles que dependem mais da estrutura et�ria, como popula��o fora da for�a e popula��o na for�a de trabalho", completou.
RENDA M�DIA AUMENTA, E MASSA SALARIAL RENOVA RECORDE
De acordo com a Pnad, a renda m�dia habitual do trabalho avan�ou a R$ 2.982 no terceiro trimestre.
Isso significa uma alta de 1,7% frente aos tr�s meses anteriores (R$ 2.933). Tamb�m representa um crescimento de 4,2% em rela��o ao terceiro trimestre de 2022 (R$ 2.862).
Com mais brasileiros ocupados, a massa de rendimento do trabalho renovou o maior patamar da s�rie, alcan�ando R$ 293 bilh�es, apontou o IBGE.
O aumento foi de 2,7% frente aos tr�s meses anteriores. A massa representa a soma dos sal�rios.
Entre os setores analisados na Pnad, o destaque veio da amplia��o do n�mero de ocupados em informa��o, comunica��o e atividades financeiras, imobili�rias, profissionais e administrativas. A alta foi de 3,5% (ou mais 420 mil pessoas), para 12,4 milh�es.
Nesse grupo, Beringuy ressaltou a import�ncia das atividades de informa��o e comunica��o, al�m das contrata��es em servi�os profissionais e administrativos no terceiro trimestre.
"A gente teve um crescimento muito grande nesse trimestre do pessoal terceirizado, dos prestadores de servi�os gerais, prediais, tamb�m de servi�os jur�dicos, contabil�sticos", disse.
No trimestre m�vel at� agosto, que integra outra s�rie da Pnad, a taxa de desemprego j� marcava 7,8% no Brasil. O n�mero de desocupados estava em 8,4 milh�es no mesmo intervalo.
A popula��o considerada desempregada pelas estat�sticas oficiais � formada por pessoas de 14 anos ou mais que est�o sem ocupa��o e que seguem � procura de oportunidades. Quem n�o est� buscando vagas, mesmo sem ter emprego, n�o faz parte desse contingente.
A popula��o fora da for�a de trabalho, que n�o estava trabalhando nem procurando vagas, foi estimada em 66,8 milh�es no terceiro trimestre.
Assim, ficou relativamente est�vel frente ao trimestre anterior e cresceu 3,2% (mais 2,1 milh�es) na compara��o com o mesmo per�odo de 2022.
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