O suic�dio � a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, ficando atr�s apenas dos acidentes de tr�nsito, segundo a Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS). Nesse cen�rio, o Brasil figura na lista como o 8� pa�s com maior �ndice de autoexterm�nio.
As estat�sticas envolvendo o assunto chamam a aten��o para o di�logo acerca do tema, a fim de prevenir mais casos. A escola � um espa�o importante para atuar na preven��o e foi no ambiente escolar que surgiu o Safe Tears, um aplicativo que visa monitorar o estado emocional do usu�rio para que, a partir dos resultados, ele receba mensagens motivacionais e alertas para a necessidade de procurar ajuda m�dica.
O aplicativo (app) foi criado por alunas do ensino m�dio t�cnico integrado em Inform�tica do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), campus Xanxer�, para contribuir no enfrentamento ao suic�dio. O projeto foi um dos finalistas da "Technovation Challenge", competi��o que ocorreu em agosto, nos Estados Unidos.
Safe Tears
A ideia para a cria��o do aplicativo surgiu das estudantes Ana J�lia Giacomeli, Anna Carolina Ferronato da Silva, Clara Noemi Pithon da Silva, Emanuela Maraskin e Jhuly Kefny da Silva Carvalho.�
A motiva��o surgiu a partir de uma aula do professor de inform�tica do IFSC, Alex Weber. A produ��o envolveu a uni�o de diversas �reas da institui��o e, para a concretiza��o, as estudantes ouviram psic�logos que contribu�ram orientando o projeto.
"� um marco para a cidade e a regi�o e ampliar� os horizontes dos jovens e especialmente das meninas para a �rea da tecnologia. Elas est�o abrindo uma porta gigante", afirma o professor Weber. Na tradu��o para o portugu�s "Safe Tears" significa "l�grimas seguras". Nesse aplicativo, cada usu�rio recebe uma pontua��o conforme as suas informa��es pessoais e o resultado passa a ser monitorado pelo pr�prio usu�rio.�
A interface do aplicativo cont�m um copo e, conforme as respostas do usu�rio, ele vai enchendo com l�grimas virtuais, o que gera uma porcentagem correspondente � capacidade do recipiente. Assim, com at� 50% do copo cheio o usu�rio recebe mensagens motivacionais para n�o ficar mais triste. Acima disso, ele � orientado a procurar ajuda profissional. No app h� ainda a possibilidade de cadastrar uma pessoa de seguran�a para receber alertas sobre o estado mental do usu�rio.
Educa��o
A educa��o � uma medida preventiva importante, conforme a Organiza��o Mundial de Sa�de, pois esclarece, conscientiza, estimula o di�logo e abre espa�o para informa��es sobre o assunto.
Nessa atua��o, a escola pode ajudar de diversas formas desde a preven��o at� o encaminhamento a um psic�logo, conforme pontua a psic�loga Sabrina Costa Filgueira: "A escola pode ajudar os alunos a estarem conectados com a vida. Por exemplo, promover atividades dos mais diversos tipos que estimulem o v�nculo, a troca de afeto e a express�o do sentimento, al�m de fazer com que alunos criem espa�o de transpar�ncia e di�logo."�
O ambiente educacional tamb�m pode ser o vetor de conhecimento levando, aos estudantes, informa��es reais de adoecimento mental, conforme sinaliza a profissional. "Outra forma que a escola pode ajudar muito � quando o aluno j� est� com sintomas de sofrimento. A escola tem a obriga��o de encaminhar esse aluno para suporte psicol�gico e psiqui�trico", explica.
Setembro Amarelo
O m�s de Setembro � institu�do como o m�s de alerta para a preven��o ao suic�dio. A campanha nacional chama a aten��o para a necessidade de discutir o assunto, uma vez que nove em cada 10 mortes por autoexterm�nio podem ser evitadas, de acordo com a OMS.�
No Brasil, a campanha Setembro Amarelo foi criada em 2015 pelo Centro de Valoriza��o da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associa��o Brasileira de Psiquiatria (ABP). O movimento tem como objetivo dar mais visibilidade � causa por meio de pinturas e ilumina��o estampando a cor amarela, sobretudo, nos principais monumentos de todo o Brasil.
Links �teis
Abrata
Centro de Aten��o Psicosocial (CAPS)
CVV ligue 188
Movimento Conte Comigo, Preven��o a Depress�o