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Estudantes veem mudan�as definitivas no ensino p�s-pandemia, aponta pesquisa

Aprendizagem 'self-service', habilidades socioemocionais e letramento digital se destacam na prepara��o para um novo mundo do trabalho p�s pandemia


23/09/2020 14:27 - atualizado 24/09/2020 11:28

Estudante do terceiro ano do ensino médio, Jorge Abrahão Caram Lisboa estuda por cursinhos on-line para provas da escola e Enem(foto: Teresa Caram/EM/D.A Press)
Estudante do terceiro ano do ensino m�dio, Jorge Abrah�o Caram Lisboa estuda por cursinhos on-line para provas da escola e Enem (foto: Teresa Caram/EM/D.A Press)
A Pearson, maior empresa de aprendizagem do mundo, acaba de divulgar os resultados de uma pesquisa anual com milhares de estudantes de diversos pa�ses. A segunda edi��o da Global Learner Survey busca identificar as percep��es e expectativas desses jovens sobre o futuro da aprendizagem. As descobertas deste ano apontam para uma compreens�o geral de que a pandemia do novo coronav�rus deixar� marcas permanentes na educa��o.

Os formatos on-line em todos os n�veis de ensino e uma nova realidade de trabalho moldando o que e como as pessoas aprendem tamb�m est�o entre as tend�ncias.

Segundo o estudo, quase 80% das pessoas acreditam que os ensinos fundamental, m�dio e superior v�o mudar substancialmente por causa da pandemia. Para quase 90% dos entrevistados, a aprendizagem on-line far� parte desses tr�s n�veis educacionais, e as pessoas precisar�o estar mais confort�veis trabalhando a dist�ncia e em ambientes altamente digitais. 

Cresce, ainda, a percep��o de que a educa��o est� se tornando mais "self-service", especialmente em pa�ses como �ndia e Brasil. Por aqui, 90% afirmam que as pessoas v�o precisar assumir maior responsabilidade sobre o que aprendem para suas carreiras.

Recursos on-line de aprendizagem, desenvolvimento de habilidades socioemocionais e preocupa��o com letramento digital despontam como tend�ncias globais no que diz respeito � prepara��o para um novo mundo do trabalho.

Assim como no ano passado, a Pearson conduziu o estudo em parceria com a Harris Insights & Analytics, um importante instituto de pesquisa, com o objetivo de coletar opini�es de estudantes de todas as faixas et�rias sobre assuntos como educa��o b�sica, ensino superior, carreira, futuro do trabalho e tecnologia.

Foram ouvidas sete mil pessoas com idades entre 16 e 70 anos em sete pa�ses: Austr�lia, Brasil, Canad�, China, Estados Unidos, �ndia e Reino Unido.

"A pandemia do novo coronav�rus trouxe mudan�as muito profundas e imediatas para os cen�rios de educa��o e trabalho ao redor do mundo", afirma Juliano Costa, vice-presidente de Produtos Educacionais da Pearson para a Am�rica Latina.
 
De acordo com ele, o fato de as pessoas perceberem que algumas dessas mudan�as s�o permanentes mostra que muitas delas n�o s�o inesperadas, apenas chegaram antes do que se previa.

A COVID-19 s� acelerou alguns processos de transforma��o que j� vinham ocorrendo: “Agora, institui��es educacionais e empregadores t�m a miss�o de responder r�pido e capacitar os profissionais de hoje e de amanh� para se adaptarem a essa realidade".

Outras descobertas

O estudo revela ainda que a confian�a na educa��o est� crescendo. Em um mundo de incertezas, as pessoas acreditam que o conhecimento gera oportunidades – 70% dos entrevistados globais veem a educa��o formal como um importante impulso para o sucesso pessoal, aumento de dois pontos percentuais em rela��o ao ano passado.

No Brasil, esse n�mero � ainda maior: 84%, crescimento de 1% em rela��o a 2019. Apesar disso, ainda h� uma certa desconfian�a em rela��o a faculdades e universidades. 

Em geral, as pessoas valorizam o ensino superior – 60% delas afirmam que � preciso ter um diploma para ser bem sucedido. No entanto, 64% dos estrangeiros e 67% dos brasileiros acreditam que essas institui��es n�o est�o em sintonia com os estudantes.

J� a confian�a no ensino profissionalizante est� crescendo: para 72%, 4% a mais que no ano passado, uma forma��o desse tipo tem mais chance de levar a um bom emprego do que um diploma universit�rio. No Brasil, esse crescimento foi de tr�s pontos percentuais, de 65% para 68%.

Apesar de terem demonstrado frustra��o com o ensino on-line no in�cio da pandemia, os estudantes acham que essa modalidade veio para ficar – e, por isso mesmo, querem que ela melhore.

Para 67% deles (sendo 75% no Brasil), as institui��es educacionais s�o menos eficazes no uso da tecnologia que em outros setores, como o de sa�de, por exemplo.No entanto, eles esperam que isso mude. 

Investimento p�blico


Quando se trata de direcionamento para investimentos p�blicos em educa��o, a disponibiliza��o de tecnologia para estudantes desfavorecidos e a prepara��o de escolas para o ensino on-line aparecem como prioridades em todos os pa�ses pesquisados.

Al�m disso, 70% dos que responderam � pesquisa est�o preocupados com a possibilidade de a pandemia aprofundar a desigualdade entre estudantes do ensino b�sico. Esse n�mero � ainda maior no Brasil, chegando a 78%. 

Por aqui, 74% das pessoas acreditam que o ensino on-line tem o potencial de ampliar o acesso � educa��o de qualidade, mas 90% enxergam que a tecnologia necess�ria para aprender nessa modalidade n�o est� dispon�vel para todos.

Cerca de 89% dos brasileiros veem um aumento na dist�ncia entre as crian�as que t�m acesso � tecnologia e as que n�o t�m, e 92% acreditam ser importante que as escolas fa�am mais para combater a desigualdade econ�mica e digital entre os alunos.

Efeitos da pandemia

A COVID-19 mudou tamb�m a percep��o das pessoas sobre trabalho e habilidades. Uma economia massivamente transformada pelo desemprego e pela tecnologia n�o � mais coisa do futuro. � o cen�rio atual. 

As pessoas perceberam que o universo do trabalho est� mudando ainda mais r�pido que antes. Assim, � urgente adquirir as habilidades para a empregabilidade em um mundo digital. 

Para 76% dos brasileiros, a pandemia ajudou a repensar suas trajet�rias profissionais, e 59% temem precisar mudar de carreira por causa dela.

J� 86% afirmam ter aprendido que o trabalho em home office demanda um conjunto diferente de habilidades. E 89% dos entrevistados de outros pa�ses acreditam que as pessoas precisar�o desenvolver mais habilidades digitais, como colabora��o virtual, comunica��o, an�lise de dados e gerenciamento remoto de equipes.

Os estudantes esperam, ainda, que as universidades assumam um papel de lideran�a na solu��o dos problemas econ�micos causados pela pandemia.

O ensino superior est� diante de uma oportunidade real de ajudar as pessoas a voltarem a trabalhar e se tornarem mais fortes economicamente: 86% dos estrangeiros e 88% dos brasileiros dizem que as universidades precisam investir em treinamentos e requalifica��o de trabalhadores desempregados.

Entre as solu��es esperadas est�o o oferecimento de cursos mais curtos e alternativas de menor custo para quem est� sem emprego.

Acesse aqui a �ntegra da Global Learner Survey.

*Estgi�ria sob supervis�o da subeditora Kelen Cristina


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