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Estado de Minas PANDEMIA

Brasil � recordista em dias letivos sem escola

Em 2020, Brasil teve 178 dias letivos com escolas totalmente fechadas, recorde entre 46 pa�ses segundo dados da OCDE


16/09/2021 09:42 - atualizado 16/09/2021 13:12

No Brasil, os 178 dias letivos fora da sala de aula foram vivenciados igualmente, do maternal ao ensino médio
No Brasil, os 178 dias letivos fora da sala de aula foram vivenciados igualmente, do maternal ao ensino m�dio (foto: Pixabay/ Reprodu��o)
O drama vivido por milhares de fam�lias brasileiras com uma pandemia marcada pelo fechamento de estabelecimentos de ensino ganhou eco em n�vel internacional. O Brasil bateu o triste recorde de pa�s com o maior n�mero de dias letivos com escolas totalmente fechadas, no ano passado: 178. Esse p�dio, do qual n�o h� nada a se orgulhar, � composto por 46 pa�ses da Organiza��o para a Coopera��o e Desenvolvimento Econ�mico (OCDE) – 38 membros e oito outros parceiros, sendo um deles o Brasil. Os dados est�o no relat�rio Estado da educa��o mundial: 18 meses de pandemia, divulgado na manh� desta quinta-feira (16/9), em Paris (Fran�a). 

O documento destaca que em todo o mundo foram implementadas medidas para impedir a propaga��o da COVID-19, sendo uma delas o fechamento das salas de aula. Mas, embora estabelecimentos de todos os n�veis de ensino tenham sido fechados nos primeiros meses da pandemia em 2020, as escolas infantis tiveram suas atividades interrompidas por menos tempo na m�dia geral. No Brasil, os 178 dias letivos fora da sala de aula foram vivenciados igualmente, do maternal ao ensino m�dio.

Entre os pa�ses da OCDE, a m�dia de fechamento de escolas ano passado foi de 44 dias letivos para os alunos do infantil. No ensino fundamental, ela chegou a 58 e, no m�dio, a 65 dias. Mas h� diferen�as significativas: no Brasil, Col�mbia, Costa Rica e M�xico, as escolas infantis ficaram fechadas por 140 dias ou mais, em 2020. Na outra ponta, permaneceram abertas ao longo de todo o ano na �ustria, Rep�blica Tcheca, Est�nia, Finl�ndia, Hungria, Jap�o, Let�nia e Su�cia.

Os dados do relat�rio foram recolhidos e produzidos em colabora��o com Unesco, Unicef e o Banco Mundial. “Um ano e meio depois, a reatividade impressionante do poder p�blico na maior parte dos pa�ses da OCDE permitiram uma melhora significativa da situa��o sanit�ria e econ�mica. S�o muitos os pa�ses a gerir uma nova onda de contamina��o, gra�as a uma campanha vacinal de amplitude in�dita. Mas, apesar dos avan�os encorajantes e mesmo se as escolas se adaptaram � limita��o sanit�rio, a propaga��o da COVID-19 continuou a travar o acesso � educa��o em presencial em muitos pa�ses do mundo”, disse o secret�rio-geral da OCDE, Mathias Cormann, na entrevista coletiva.

Ele destacou a atua��o da Fran�a, que conseguiu garantir a educa��o de suas crian�as do maternal ao ensino m�dio: os estudantes perderam, em m�dia, de 34 a 49 dias de aula desde o in�cio da pandemia, ou seja, duas vezes menos na compara��o com a m�dia dos pa�ses da OCDE.

Cormann ressaltou que, embora a aten��o pol�tica seja voltada para a gest�o dos efeitos imediatos da crise, � importante considerar os efeitos estruturais, que podem ter repercuss�o a longo prazo. E n�o se esquecer do bem-estar econ�mico e social das pessoas de todas as origens e idade, assim como o desenvolvimento de suas compet�ncias ao longo de toda sua vida. 

Estado da educa��o mundial: 18 meses de pandemia integra a publica��o Olhares sobre a educa��o 2021 (Education at a glance), que inclui dados atualizados sobre funcionamento, organiza��o, evolu��o dos sistemas de ensino e investimentos associados, principalmente no quesito recurso humanos.

“� preciso evitar que a equidade e acesso a uma educa��o de qualidade num contexto t�o particular como o atual se agrave nos pr�ximos anos. Equidade � o tema central desta edi��o de Olhares sobre a educa��o. A pandemia p�s em evid�ncia a import�ncia da equidade na educa��o, que j� faltava nessa �rea e que n�o necessariamente recebeu o tratamento adequado no passado. S�o os alunos mais vulner�veis e marginalizados que, infelizmente, foram mais uma vez duramente afetados”, destacou o secret�rio-geral da OCDE.

Gradua��o

Ao tratar da educa��o superior, a publica��o deixa em evid�ncia outras desigualdades. No ensino superior, em expans�o nas �ltimas d�cadas, em 2020, as mulheres da faixa et�ria de 25 a 34 anos tinham mais possibilidade de chegar � gradua��o em todos os pa�ses da organiza��o. O Brasil seguia a tend�ncia mundial j� em 2018, quando 27% delas tinham diploma de ensino superior, contra 20% dos homens. Na m�dia do conjunto da OCDE, o percentual feminino � de 52% e o masculino, de 39%. 

Mas, se as mulheres t�m mais chance de qualifica��o, o mesmo continua n�o se traduzindo no mercado de trabalho. Na m�dia de pa�ses da OCDE, 80% das mulheres com gradua��o estavam empregadas em 2018 – entre os homens, o �ndice sobe para 87%. No Brasil, a diferen�a � ainda maior: 77% e 85%, respectivamente.


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