
Entre os pa�ses da OCDE, a m�dia de fechamento de escolas ano passado foi de 44 dias letivos para os alunos do infantil. No ensino fundamental, ela chegou a 58 e, no m�dio, a 65 dias. Mas h� diferen�as significativas: no Brasil, Col�mbia, Costa Rica e M�xico, as escolas infantis ficaram fechadas por 140 dias ou mais, em 2020. Na outra ponta, permaneceram abertas ao longo de todo o ano na �ustria, Rep�blica Tcheca, Est�nia, Finl�ndia, Hungria, Jap�o, Let�nia e Su�cia.
Os dados do relat�rio foram recolhidos e produzidos em colabora��o com Unesco, Unicef e o Banco Mundial. “Um ano e meio depois, a reatividade impressionante do poder p�blico na maior parte dos pa�ses da OCDE permitiram uma melhora significativa da situa��o sanit�ria e econ�mica. S�o muitos os pa�ses a gerir uma nova onda de contamina��o, gra�as a uma campanha vacinal de amplitude in�dita. Mas, apesar dos avan�os encorajantes e mesmo se as escolas se adaptaram � limita��o sanit�rio, a propaga��o da COVID-19 continuou a travar o acesso � educa��o em presencial em muitos pa�ses do mundo”, disse o secret�rio-geral da OCDE, Mathias Cormann, na entrevista coletiva.
Ele destacou a atua��o da Fran�a, que conseguiu garantir a educa��o de suas crian�as do maternal ao ensino m�dio: os estudantes perderam, em m�dia, de 34 a 49 dias de aula desde o in�cio da pandemia, ou seja, duas vezes menos na compara��o com a m�dia dos pa�ses da OCDE.
Cormann ressaltou que, embora a aten��o pol�tica seja voltada para a gest�o dos efeitos imediatos da crise, � importante considerar os efeitos estruturais, que podem ter repercuss�o a longo prazo. E n�o se esquecer do bem-estar econ�mico e social das pessoas de todas as origens e idade, assim como o desenvolvimento de suas compet�ncias ao longo de toda sua vida.
Estado da educa��o mundial: 18 meses de pandemia integra a publica��o Olhares sobre a educa��o 2021 (Education at a glance), que inclui dados atualizados sobre funcionamento, organiza��o, evolu��o dos sistemas de ensino e investimentos associados, principalmente no quesito recurso humanos.
“� preciso evitar que a equidade e acesso a uma educa��o de qualidade num contexto t�o particular como o atual se agrave nos pr�ximos anos. Equidade � o tema central desta edi��o de Olhares sobre a educa��o. A pandemia p�s em evid�ncia a import�ncia da equidade na educa��o, que j� faltava nessa �rea e que n�o necessariamente recebeu o tratamento adequado no passado. S�o os alunos mais vulner�veis e marginalizados que, infelizmente, foram mais uma vez duramente afetados”, destacou o secret�rio-geral da OCDE.
Gradua��o
Ao tratar da educa��o superior, a publica��o deixa em evid�ncia outras desigualdades. No ensino superior, em expans�o nas �ltimas d�cadas, em 2020, as mulheres da faixa et�ria de 25 a 34 anos tinham mais possibilidade de chegar � gradua��o em todos os pa�ses da organiza��o. O Brasil seguia a tend�ncia mundial j� em 2018, quando 27% delas tinham diploma de ensino superior, contra 20% dos homens. Na m�dia do conjunto da OCDE, o percentual feminino � de 52% e o masculino, de 39%.
Mas, se as mulheres t�m mais chance de qualifica��o, o mesmo continua n�o se traduzindo no mercado de trabalho. Na m�dia de pa�ses da OCDE, 80% das mulheres com gradua��o estavam empregadas em 2018 – entre os homens, o �ndice sobe para 87%. No Brasil, a diferen�a � ainda maior: 77% e 85%, respectivamente.