
Quando voc� cresceu levou os seus sonhos com voc� ou deixou-os pelo caminho? No m�s das crian�as, uma hist�ria real e inspiradora foi parar nas p�ginas do livro infantil "Quando eu crescer eu quero ser...". Nele, o sonho de crian�a de Victor Ramos, de ser�enfermeiro, � contado pelas irm�s g�meas Eduarda e Helena, de 12 anos, criadoras do projeto�Pretinhas Leitoras.�
O sonho de cursar a gradua��o de�Enfermagem�para cuidar bem das pessoas se tornou realidade para Victor Ramos da Silva. Na adolesc�ncia, ele sofreu um acidente e precisou ficar internado. Diante de todo o acolhimento e cuidados que recebeu da equipe de enfermagem, decidiu que trabalharia na �rea da sa�de para tamb�m poder ajudar outras pessoas. "Foi gra�as ao atendimento humanizado que recebi no hospital que resolvi cursar uma faculdade", destaca. Hoje, com 24 anos, ele � estudante do terceiro per�odo do curso.��
Victor vivia em Astolfo�Dultra, uma cidade de Minas Gerais. Como n�o tinha dinheiro para pagar a faculdade, contou com a bolsa de estudo do�Educa Mais Brasil�e, assim, se matriculou na�Unipac. Atualmente, trabalha em um hospital na cidade de Rodeiro, munic�pio mineiro. Nessa pandemia, atua na linha de frente contra o coronav�rus. "Para mim, enfermagem sempre foi a melhor escolha. Com a pandemia pude ver ainda mais o quanto somos essenciais na vida das pessoas. Mesmo que o mundo esteja em colapso, precisamos estar l�, dando for�a e lutando contra as doen�as. Sem d�vida, escolheria enfermagem de novo, eu gosto de mais do que fa�o", conclui.�
Victor se sentiu lisonjeado com o convite do Educa Mais Brasil para que sua hist�ria virasse o primeiro livro digital do projeto "Quando eu crescer eu quero ser...", idealizado pelo Educa Mais Brasil. "Fico muito feliz em compartilhar minha hist�ria. Que isso possa motivar outras pessoas a estudar e ter paix�o na profiss�o que exercem", deseja. Voc� poder� acompanhar na �ntegra essa e outras hist�rias, reais e inspiradoras, nas�redes sociais�do Educa Mais Brasil.�
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Pretinhas leitoras�
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O projeto Pretinhas Leitoras foi oficializado em 2018, mas antes as g�meas Eduarda e Helena Ferreira j� realizavam rodas de conversa de incentivo � leitura. Em 2015, quanto tinham 9 anos, as irm�s nascidas no Morro da Provid�ncia (RJ) tiveram a ideia de compartilhar dicas para se manter em casa com seguran�a, j� que o entorno da sua comunidade n�o era um local seguro por causa da viol�ncia urbana. "Eu me preocupava com as crian�as que iam para a escola e os adultos que iam para o trabalho, tinha receio de que fossem v�timas da viol�ncia na rua", destaca Helena.�
Inicialmente, elas criaram o projeto com o nome de Rodas de Leitura, para que mais crian�as tivessem uma distra��o em casa. E a leitura possibilitou esse objetivo. No canal do Youtube, com quase 30 mil inscritos, leitura e racismo s�o temas principais das Pretinhas Leitoras. As g�meas carregam o slogan: "Por uma educa��o antirracista".��
Apesar da fama no Instagram, Helena e Eduarda apostam na educa��o como a melhor sa�da para superar os obst�culos. Filhas de professora, as irm�s s�o caprichosas com os estudos e j� escolheram a carreira que pretendem trilhar. Helena quer ser ju�za e Eduarda sonha em ser veterin�ria. Enquanto a faculdade n�o chega, elas gostam de dar exemplo positivo para outras crian�as nas redes sociais. "Se eu for professora quando eu crescer, vou ensinar tudo para as crian�as crescerem com sabedoria, vou ensinar sobre igualdade de direitos sociais e classes, que estou come�ando a entender o que �", afirma Helena, entusiasmada.�
Apaixonadas pela leitura, as g�meas consideram sua maior conquista o lan�amento do livro�Fa-v�-Las, Inf�ncias e Territ�rios em Registros, que foi escrito em produ��o coletiva com 100 crian�as de cinco comunidades do Rio de Janeiro. Fruto da parceria do projeto Pretinhas Leitoras com o Instituto Entre o C�u e a Favela, em breve, 1500 exemplares estar�o dispon�veis em escolas e bibliotecas cariocas. "Fomos criando expectativas e indo al�m. Fomos juntando crian�as e vendo que elas queriam escrever um livro, se transformar em autoras tamb�m. Isso � uma grande vit�ria para a gente", celebra Eduarda.��