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Estado de Minas FORMA��O DE PROFESSORES

Pr�ticas mais inovadoras


21/11/2021 04:00 - atualizado 18/11/2021 14:49


Eduardo Oliveira França
Eduardo Oliveira Fran�a, diretor do UniBH, diz que a import�ncia do aprendizado continuou sendo primordial, mesmo neste novo cen�rio (foto: Maykel Douglas/Divulga��o)


Professor. Mestre. Inspirador. Mentor. Orientador. Certamente o educador � uma das pessoas mais importantes na vida de todos. Tem como miss�o grande parte da forma��o humana e t�cnica de cada um de n�s. Em momento que aflora paradigmas entre esses profissionais, conservadores (tradicionais) versus inovadores (progressistas) no ensino, � urgente refletir, repensar e propor a��es para a reconstruir a pr�tica pedag�gica em plena pandemia e no futuro p�s-COVID-19.

Uma transforma��o baseada em renovada proposta de ensino, com mais pesquisa, tecnologia, inova��o e participa��o do aluno como questionador, cr�tico e cada vez mais protagonista no processo de aprendizagem.

Tema delicado, sens�vel, com pensamentos distintos, mas fundamental para se jogar luz questionando qual � a forma��o do professor ideal diante do que muitos chamam de um “novo mundo”, tanto por causa do novo coronav�rus, quanto pela revolu��o tecnol�gica.
 
 Muitas universidades n�o perdem tempo, agem em prol da transforma��o que for necess�ria. Eduardo Oliveira Fran�a, diretor do UniBH, destaca que o UniBH j� vinha investindo em um modelo de ensino h�brido. Tanto � que a migra��o para o ambiente on-line se deu de modo r�pido.

“A partir do momento em que houve a determina��o de aulas em ambiente remoto, de modo s�ncrono, o incentivo sempre foi que os professores adotassem pr�ticas inovadoras e de metodologias ativas. A import�ncia do aprendizado continuou sendo primordial, mesmo neste novo cen�rio”, explica.

Conforme Eduardo Oliveira Fran�a, no UniBH os recursos digitais j� eram proporcionados. Todo professor j� tinha uma sala virtual. Al�m disso, segundo ele, com o incentivo �s metodologias ativas, as capacita��es tamb�m ocorreram neste sentido, para que o engajamento de cada aluno das turmas pudesse ocorrer mesmo com o distanciamento imposto pela pandemia. O diretor destaca que o ensino h�brido j� era uma realidade antes mesmo da pandemia.

ORGANIZA��O INDIVIDUAL 


E diante desta realidade, como os professores ter�o de agir para estimular os alunos no acesso aos conte�dos com msais flexibilidade? “No UniBH, muitos dos professores j� tinham esta miss�o. Basicamente, os alunos passam a entender que, se n�o estudam em casa, fica muito mais dif�cil avan�ar quando h� os encontros s�ncronos. O aprendizado passa a depender de uma organiza��o individual, algo inevit�vel no cen�rio contempor�neo”, alerta Eduardo Oliveira Fran�a.

O diretor do UniBH explica que, entre as mudan�as j� em curso na educa��o, a preocupa��o � falar menos em conte�do e mais em desenvolvimento de compet�ncias.

“Isso traz aos dois agentes envolvidos no processo de aprendizagem – aluno e professor – uma responsabilidade ainda maior, justamente pelo fato de compet�ncia demandar o desenvolvimento de conhecimento, forma��o de habilidade e tomada de atitude. Fazer tudo isso no ambiente virtual sem d�vida n�o foi e n�o tem sido tarefa f�cil, j� que o professor deve resistir � resposta f�cil das aulas expositivas, apenas. Sendo assim, a chave para o desenvolvimento das compet�ncias � a interatividade.”


Desafios maiores para os mestres


Al�m de todas as dificuldades e desafios escancarados pela pandemia na �rea de educa��o, o preparo e a forma��o dos professores merecem aten��o. Para Aim� Sampaio, diretor de ensino da Rede Chromos, apesar do Minist�rio da Educa��o (MEC) e as secretarias de Educa��o dos estados reconhecerem que existem dificuldades na forma��o de professores, inclusive no aspecto curricular, ele cr� que pandemia exp�s uma disparidade maior em rela��o � mentalidade e aos recursos do que em rela��o � forma��o.

“� fato que professores, mesmo com boa forma��o, tiveram dificuldades de se apresentar diante das c�meras ou tornar suas aulas atrativas na modalidade digital.”

Na vis�o de Aim� Sampaio, o desafio maior no p�s-pandemia ser� recuperar a esperan�a e a motiva��o dos alunos. “Isso vai exigir do professor empatia e comunica��o para um diagn�stico adequado da realidade de cada turma e de cada aluno, a fim de que a retomada n�o crie um abismo entre o plano de aula desenvolvido e aplicado antes da pandemia e as necessidades cognitivas e emocionais do p�s-pandemia.”

Como os cen�rios mudam rapidamente e de forma desconhecida, Aim� Sampaio enfatiza n�o ter d�vida de que a principal caracter�stica exigida para os pr�ximos anos � a adaptabilidade: a capacidade de reagir positivamente a qualquer mudan�a e se reposicionar.

“A forma��o consistente � necess�ria, mas o professor que se preocupar apenas em transmitir conte�do tende a se isolar e a perder a conex�o com os alunos. Ser�o necess�rias metodologias que envolvam os alunos na constru��o do conhecimento de forma ativa, desenvolvendo a autonomia, a mais importante das compet�ncias para a modernidade.”

Aim� Sampaio destaca que imediatamente ap�s a pandemia, “vamos encontrar, por parte dos alunos, um cansa�o pelo excesso de carga hor�ria digital, mas a cultura digital no ambiente escolar veio para ficar. N�o se trata apenas de dar uma aula utilizando recursos digitais; esse novo cen�rio exigir� do professor e das institui��es din�micas diferentes, estruturadas fortemente na intera��o com os alunos”.


Desafios do professor agora e no futuro

1 - Preparar aulas significativas que dialoguem com a realidade do estudante sem perder o foco na transmiss�o do conhecimento.
2 - Para aprofundar a forma��o de professores universit�rios, � necess�rio entender quais as demandas cognitivo-cultural e pedag�gico-did�tico.
3 - Universidades sofrem influ�ncias das mudan�as de legisla��o, de pensamentos educacionais, de governos, das rela��es que satisfa�am as necessidades do mercado de trabalho e tudo isso vai influenciar e impactar na forma��o de professores.
4 - Lidar com uma crise da legitimidade em que muitas universidades v�m perdendo. Perda de credibilidade frente o seu papel social, cultural, cient�fico. Crise que tamb�m afeta o papel de autonomia e hegemonia da universidade.
5 - Menor investimento nas universidades (p�blicas) e, consequentemente, em pesquisas, na ci�ncia, com a perda de c�rebros no pa�s, o que certamente afetam os professores, muitos desistem e v�o embora do pa�s.
6 - Forma��o pragm�tica, com titula��o exigida muitas vezes n�o refletindo qualidade na did�tica de ensino.


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