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Estado de Minas COMPORTAMENTO

Como intelig�ncia emocional e educa��o mudam a vida de crian�as e jovens

Especialistas defendem que tudo come�a na escola; a BNCC j� incluiu no Novo Ensino M�dio a intelig�ncia emocional para desenvolver compet�ncias emocionais


28/03/2022 14:01 - atualizado 29/03/2022 13:03

Cabeça de uma criança com várias inteligências se relacionando
'A intelig�ncia emocional n�o � n�o ser afetado pelas emo��es, � justamente sobre ser afetado e saber lidar com esses sentimentos' (foto: Reprodu��o/Pixabay)
 

 

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), criada em 1996, � um documento que define os assuntos essenciais para a aprendizagem dos alunos, ao longo de toda a educa��o b�sica. Desde 2020, no que se refere ao Novo Ensino M�dio, incluiu conceitos de intelig�ncia emocional visando proteger a sa�de mental dos alunos contra o bullying. 

 

No entanto, mesmo com a determina��o da BNCC, em vig�ncia desde 2020, no come�o deste ano j� foram registrados casos de instabilidade emocional em crian�as e adolescentes. No dia 23 de mar�o, um aluno de 13 anos do col�gio Santa Dorot�ia, no Bairro Sion, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, levou uma granada para a escola. 

 

Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, � na inf�ncia que as pessoas constroem boa parte das rela��es sociais. As compet�ncias socioemocionais - autoconsci�ncia, autogest�o, consci�ncia social, tomada de decis�o respons�vel e habilidades de relacionamento - devem ser trabalhadas em todas as disciplinas. A educa��o socioemocional pode auxiliar no processo de entendimento e manejo das emo��es, com empatia e pela tomada de decis�o respons�vel. 


O epis�dio envolvendo o adolescente com a granada evidencia a import�ncia da comunica��o entre aluno, escola e pais, com um acompanhamento pr�ximo, n�o somente das compet�ncias de estudo, mas tamb�m de relacionamento. Eles destacam ainda que o isolamento da pandemia pode ter criado um distanciamento nas rela��es entre os alunos. 


Leia tamb�m: Caso de aluno com granada em escola abre debate sobre aten��o �s crian�as

Rela��es interpessoais 

 

 


Andr�ia de Assis Ferreira, p�s-doutoranda em educa��o e professora do Centro Pedag�gico da UFMG, argumenta que certamente um jovem com oportunidade de desenvolver sua intelig�ncia emocional ter� mais facilidade de se expressar, gerenciar suas emo��es e ter empatia nas rela��es interpessoais. 

 


Para ela, a educa��o emocional deve ser uma compet�ncia multidisciplinar. “Deve ser trabalhada n�o como um ‘conte�do a mais’, mas sim, relacionada transversalmente aos demais conte�dos da grade curricular.”


Sobre o jovem de 13 anos que levou uma bomba para a escola, a educadora explica que "a escola e a fam�lia s�o espa�os privilegiados para media��es no campo da viol�ncia. � importante promover a��es educativas que tratem de tem�ticas como seguran�a, viol�ncias sofridas e praticadas na escola. H� uma rela��o intr�nseca entre a rede de viol�ncia social e o cotidiano das crian�as e jovens, inclusive no espa�o escolar." 

Escola e fam�lia

A escola de m�todo natural "Arvense", de Bras�lia, incorporou ao seu sistema educacional e de comunica��o o programa s�cio emocional A+ Humano, oferecido pela Plataforma A +, hub de solu��es, que re�ne ferramentas de gest�o, de aprendizagem, de comunica��o e de conte�do — da Educa��o B�sica ao Ensino Superior. 


Criado em parceria com a Educa 21, por Rossandro Klinjey, o A Humano re�ne uma s�rie de recursos para aplica��o em sala de aula, que auxiliam na constru��o da educa��o socioemocional das crian�as. Al�m disso, o programa  conta com conte�do para pais e professores por meio de uma escola de educa��o parental e para educadores, al�m de uma trilha de material de apoio complementar.


O CEO da Plataforma A +, Alexandre Say�o, argumenta que, depois da fam�lia, a escola � um dos ambientes mais influentes para as crian�as, pois � l� que elas constroem boa parte das rela��es sociais. “Por isso, contar com uma equipe escolar bem preparada � primordial para que as crian�as consigam construir habilidades socioemocionais que as ajudem a desenvolver autocontrole, autonomia, resili�ncia, solidariedade e empatia.”


Melhor desempenho no trabalho

Patricia Lisboa, head de  treinamento e desenvolvimento na Tailor Made For People, especialista em RH e gest�o de pessoas, mentora e psicanalista, define que podemos entender a intelig�ncia emocional por meio do comportamento de cada pessoa, como as a��es e rea��es a determinadas situa��es.

 

“A grande quest�o da intelig�ncia emocional n�o � n�o ser afetado pelas emo��es, � justamente sobre ser afetado e saber lidar com esses sentimentos. Pessoas que s�o muito reativas, explosivas, que ficam muito abaladas com qualquer situa��o s�o indicadores de que n�o tiveram intelig�ncia emocional trabalhada na escola”, pontua.  


A head pondera ainda que, em situa��es de conflito, pessoas com intelig�ncia emocional bem desenvolvida t�m mais chances de resolver conflitos facilmente. “Pessoas que conseguem lidar com atribula��es, que passam pelos desafios de uma forma mais ponderada e equilibrada, t�m um sinal muito forte de que ela consegue trabalhar bem sua intelig�ncia emocional.” 


O mercado de trabalho deseja profissionais que tenham intelig�ncia emocional, por�m, para Patricia, a empresa tamb�m deve ter um papel ativo nessa forma��o. “As empresas precisam entender que os seres humanos s�o compostos de emo��es, vulnerabilidade e individualidade. A pandemia escancarou essa quest�o de uma forma muito absoluta. O primeiro passo para as empresas seria estabelecer seguran�a psicol�gica dentro do ambiente de trabalho. Acolher o colaborador integralmente, se interessando pela atividade profissional e pelo ser humano. Al�m disso, proporcionar um ambiente em que o colaborador sabe que pode ser ele mesmo, e que pode falhar, que ser� acolhido.”

 

* Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie. 


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