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Estado de Minas

Trabalho infantil: 8,9 milh�es de jovens correm o risco de deixar a escola para trabalhar

A necessidade de trabalhar tirou 39,1% dos jovens brasileiros da escola durante pandemia


10/06/2022 00:00

Trabalho infantil: 8,9 milhões de jovens correm o risco de deixar a escola para trabalhar
Trabalho infantil: 8,9 milh�es de jovens correm o risco de deixar a escola para trabalhar (foto: Educa Mais Brasil)

Atividades comuns da inf�ncia como brincar, ir para a escola e ser alfabetizado est�o distantes da realidade de pelo menos 160 milh�es de jovens em todo o mundo, que se encontram no trabalho infantil. Quanto mais cedo um indiv�duo entra no mercado de trabalho, menor � a renda obtida ao longo da sua vida adulta, conforme aponta o Plano Nacional de Preven��o e Erradica��o do Trabalho Infantil e Prote��o ao Adolescente Trabalhador. No entanto, a realidade vivida pela camada mais carente da popula��o mostra uma desigualdade de oportunidades de acesso � educa��o, trazendo um outro problema como consequ�ncia: a evas�o escolar.�


Nos �ltimos quatro anos houve aumento de 8,4 milh�es de crian�as e adolescentes trabalhando, segundo dados do relat�rio da Organiza��o Internacional do Trabalho (OIT) e do Fundo das Na��es Unidas para a Inf�ncia (UNICEF). Se nada for feito para minimizar a situa��o, at� o final do ano mais 8,9 milh�es de jovens correm o risco de ingressar no trabalho infantil, segundo a organiza��o.�


O relat�rio Child Labour: Global estimates 2020, trends and the road forward (Trabalho infantil: Estimativas globais de 2020, tend�ncias e o caminho a seguir dispon�vel somente em ingl�s) aponta que 79 milh�es de crian�as e adolescentes de 5 a 17 anos realizam trabalhos perigosos que podem prejudicar a sa�de, seguran�a ou sua moral. Al�m do que, quase 28% das crian�as de 5 a 11 anos e 35% dos meninos e meninas de 12 a 14 anos nessas condi��es est�o fora das escolas.�


"Estamos perdendo terreno na luta contra o trabalho infantil e o ano passado n�o tornou essa luta mais f�cil. Instamos os governos e bancos internacionais de desenvolvimento a priorizar os investimentos em programas que podem tirar as crian�as e os adolescentes da for�a de trabalho e lev�-los de volta � escola, e em programas de prote��o social que podem ajudar as fam�lias a evitar essa escolha em primeiro lugar", disse a diretora executiva do UNICEF, Henrietta Fore.�

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Mais trabalho, menos estudos��


No Brasil, em 2021, cerca de 244 mil crian�as e adolescentes entre 6 e 14 anos estavam fora da escola, segundo relat�rio do Todos Pela Educa��o. A estimativa indica um aumento de 171% em compara��o a 2019, quando 90 mil crian�as n�o estavam estudando.�


A necessidade de trabalhar cedo levou 39,1% dos jovens brasileiros a abandonarem a escola, seja por press�o dos pais ou iniciativa pr�pria para ajudar a fam�lia. Para reverter essa situa��o, diversas iniciativas est�o sendo adotadas por educadores, institui��es de ensino, iniciativas p�blicas e privadas como estrat�gias.�


Para o l�der de pol�ticas educacionais do Todos pela Educa��o, Gabriel Corr�a, "o que vai acontecer nos pr�ximos meses e anos enquanto resposta do poder p�blico � o que vai ditar o futuro dessas crian�as e jovens e, consequentemente, o futuro do Brasil".�


Em S�o Paulo, a profissional de Recursos Humanos Silvana Cotrim se dedicou a ir nas escolas do seu munic�pio para falar sobre a import�ncia da educa��o para um futuro melhor. Assim como ela, outras pessoas se uniram em prol da causa. Em 2020, a ONG Sonho Grande tomou a iniciativa de enviar frases de texto com motiva��es para mais de 15 mil estudantes de Goi�s, para evitar a evas�o escolar durante a pandemia, e a interven��o teve um impacto de 43,7% na redu��o do abandono.��


Entre as iniciativas de alcance global, a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustent�vel, da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU), indica que "as na��es signat�rias devem focar em prioridades para transformar o mundo". Dentre os seus objetivos est�o: assegurar a Educa��o inclusiva e de qualidade, com oportunidades de aprendizagem para todos e gerar crescimento econ�mico com emprego pleno e trabalho decente para promover a justi�a social.�

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Como combater o trabalho infantil�


A falta de estudo dificilmente rompe a pobreza nas fam�lias, levando a um ciclo que se repete nas demais gera��es, uma vez que sem conhecimento suficiente para mudar de vida a crian�a envolvida no trabalho infantil tende a repetir os padr�es familiares.�


Combater o trabalho infantil � uma necessidade urgente e que precisa dos esfor�os de todos - governo, popula��o, institui��es etc. Embora a situa��o seja delicada, algumas medidas est�o ao alcance de todo cidad�o, como elenca a ONG ChildFund Brasil:��


- N�o estimule a contribui��o monet�ria a crian�as tais como esmola ou pagamento de produtos e servi�os, visto que muitos pais utilizam-as como apelo emocional para conseguir a empatia das pessoas.��


- Denuncie! Existem canais pelos quais se pode denunciar e promover o combate ao trabalho infantil como o Disque 100, cuja liga��o � gratuita e an�nima, ou pelo 0800 644 3444. Outra forma � por meio do preenchimento de um formul�rio on-line disponibilizado pelo Conselho Nacional da Justi�a do Trabalho. Al�m dessas op��es, tamb�m � poss�vel denunciar em Delegacias Regionais do Trabalho ligadas ao Minist�rio do Trabalho e Emprego (MTE), Conselho Tutelar ou Secretaria de Assist�ncia Social da sua cidade.�


- Contribua com institui��es id�neas que atuam contra o trabalho infantil. Muitas delas, do terceiro setor, atendem demandas de vulnerabilidade social. Antes, pesquise sobre a institui��o, hist�rico, iniciativas e seus colaboradores.�

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