
De acordo com o estudo, 1,9% das matr�culas no ensino fundamental em 2013 eram de pessoas com defici�ncia. Em 2017, o n�mero subiu para 2,9%. Os pesquisadores apontam que o aumento � positivo para supera��o da exclus�o escolar, mas que ainda h� “precariedade no que diz respeito � acessibilidade dos pr�dios escolares e ao recebimento do Auxiliar de Apoio ao Educando (AAE)”.
Evas�o escolar
Um dos indicativos dessa precariedade � a diferen�a entre as matr�culas de pessoas com defici�ncia nos anos iniciais e nos anos finais do ensino fundamental. A diferen�a era de -43,4% em 2013; ou seja, quase metade dos alunos deixaram de ir � escola antes do fim do ensino fundamental. Essa diferen�a diminuiu em 2017, chegando a -34,9%, mas ainda preocupa por representar um alto �ndice de evas�o escolar.
As diferen�as regionais tamb�m foram investigadas no estudo, e s�o marcantes. A regi�o Sul, em especial o estado do Rio Grande do Sul, concentra a maior parte dos estudantes com defici�ncia, seguido pela regi�o Centro-Oeste. No Sudeste e Nordeste, a m�dia � baixa, com muitas varia��es dentro das regi�es. O Norte do pa�s tem o menor n�mero de matr�culas.
Foram considerados os estudantes com defici�ncia visual, auditiva, f�sica, mental, m�ltiplas e TGDs. Altas habilidades/superdota��o n�o entraram na categoria.
Educa��o p�blica
O estudo � o quarto de uma s�rie iniciada em 2012 com financiamento do Minist�rio da Educa��o. Ele foi realizado pelo N�cleo de Pesquisas em Desigualdades Escolares (Nupede), vinculado � Faculdade de Educa��o da UFMG. Os dados utilizados s�o do Censo Escolar e do Sistema de Avalia��o da Educa��o B�sica (Saeb), ambos do Inep.
A pesquisa abordou dados n�o s� sobre a condi��o de defici�ncia, mas estat�sticas de matr�culas por sexo, cor/ra�a e n�vel socioecon�mico, e suas diferen�as regionais.
"Os resultados que estamos divulgando devem apoiar a discuss�o sobre as condicionalidades previstas na lei do novo Fundeb [Fundo de Desenvolvimento da Educa��o B�sica], que ainda n�o foram regulamentadas, e somar-se ao conhecimento acumulado por outras pesquisas brasileiras com vistas a contribuir para aumentar e aprimorar os mecanismos de justi�a em educa��o", comentou Maria Teresa Alves, coordenadora do estudo.