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Estado de Minas EDUCA��O

Necessidade de trabalhar � principal motivo de abandono escolar no Brasil

Falta de interesse, gravidez, afazeres dom�sticos, problemas de sa�de e aus�ncia de escola na localidade, vaga ou turno desejado s�o outras raz�es indicadas


07/06/2023 10:38 - atualizado 07/06/2023 12:45
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carteiras de sala de aula vazias
(foto: Pixabay)
A necessidade de trabalhar � a principal justificativa citada por jovens para o abandono escolar no Brasil, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (7) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica).

Conforme o instituto, de um total de 52 milh�es de pessoas de 14 a 29 anos no pa�s, em torno de 18% (9,5 milh�es) n�o completaram o ensino m�dio -ou por terem abandonado a etapa antes do t�rmino ou por nunca terem frequentado a escola. Os dados s�o referentes a 2022.

Quando perguntados sobre o principal motivo por tr�s dessa situa��o, 40,2% desses jovens apontaram a necessidade de trabalhar. O percentual ficou praticamente est�vel em rela��o a 2019 (40,1%), vers�o anterior da s�rie hist�rica, iniciada em 2016.

Falta de interesse em estudar (24,7%), outros motivos (14,5%), gravidez (9,2%), afazeres dom�sticos (4,6%), problemas de sa�de (3,6%) e aus�ncia de escola na localidade, vaga ou turno desejado (3,2%) completam a lista de justificativas do ano passado.

Os n�meros integram um m�dulo sobre educa��o da Pnad Cont�nua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios Cont�nua). A publica��o referente a 2022 vem ap�s dois anos (2020 e 2021) de interrup��o devido � pandemia de Covid-19.

Entre os homens de 14 a 29 anos fora da escola, o percentual de abandono em raz�o da necessidade de trabalhar foi de 51,6% em 2022, seguido pela falta de interesse em estudar (26,9%).

Entre as mulheres, o principal motivo tamb�m foi a necessidade de trabalhar, mas em um n�vel inferior ao dos homens: 24%. Em seguida, apareceram gravidez (22,4%) e falta de interesse em estudar (21,5%).

Al�m disso, destaca o IBGE, 10,3% das mulheres indicaram afazeres dom�sticos ou cuidado de pessoas como o principal motivo de terem abandonado ou de nunca terem frequentado a escola. Para os homens, esse percentual foi considerado inexpressivo (0,6%).

 

TAXAS DE ESCOLARIZA��O E FREQU�NCIA

O levantamento ainda traz dados como a taxa de escolariza��o, que aponta a propor��o de estudantes de determinada faixa et�ria em rela��o ao total de pessoas dessa mesma idade.

O IBGE destacou que, de 2019 para 2022, a taxa de escolariza��o das crian�as de quatro a cinco anos caiu de 92,7% para 91,5%.

Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas por amostra de domic�lios do IBGE, disse que esse recuo pode estar associado "de alguma forma" � pandemia de Covid-19, seja por decis�es das fam�lias ou por problemas na oferta de servi�os. Ela, por�m, avaliou que os dados n�o permitem uma avalia��o definitiva.

A pesquisa tamb�m mostra a taxa ajustada de frequ�ncia escolar l�quida. Isso �, o percentual de pessoas que frequentam o n�vel de ensino previsto para a sua faixa et�ria (ou que j� haviam conclu�do esse n�vel) em rela��o � popula��o total da mesma idade.

Entre a popula��o de 6 a 14 anos, a taxa de escolariza��o saiu de 99,3% em 2019 para 99,4% em 2022. Por outro lado, a taxa de frequ�ncia escolar l�quida nessa faixa et�ria caiu de 97,1% em 2019 para 95,2% em 2022. � o menor n�vel da s�rie hist�rica iniciada em 2016.

Conforme o IBGE, a queda foi decorrente principalmente do quadro verificado nos primeiros anos do ensino fundamental (seis a dez anos de idade).

Apesar do recuo, a estimativa de 2022 (95,2%) permanece dentro da meta 2 do PNE (Plano Nacional de Educa��o) para esse indicador, que � de pelo menos 95% at� 2024.

"O que a gente observa � que o desajuste n�o foi na sa�da do ensino fundamental. Foi na entrada", disse Beringuy.

Ela tamb�m indicou que o resultado pode estar associado aos impactos da pandemia, que paralisou escolas e for�ou o ensino remoto, mas ponderou que os dados n�o trazem uma resposta conclusiva.

Entre as pessoas de 15 a 17 anos, a taxa de escolariza��o subiu de 89% em 2019 para 92,2% em 2022. A meta 3 do PNE definia a universaliza��o at� 2016 do atendimento escolar para essa parcela da popula��o.

Dos 15 aos 17 anos, tamb�m houve aumento na propor��o dos estudantes que estavam na etapa adequada de ensino, frequentando o ensino m�dio ou com os estudos dessa fase j� conclu�dos. A taxa de frequ�ncia saiu de 71,3% em 2019 para 75,2% em 2022. A meta 3 do PNE, contudo, estabelece que o indicador esteja em 85% at� 2024.

Entre as pessoas de 18 a 24 anos, que idealmente estariam no ensino superior, a taxa de escolariza��o foi de 30,4% no ano passado. O percentual ficou pr�ximo ao registrado em 2019. A taxa ajustada de frequ�ncia foi estimada em 25%.

A meta 12 do PNE, diz o IBGE, estabelece que a taxa de frequ�ncia escolar l�quida no ensino superior, para a popula��o de 18 a 24 anos, alcance 33% at� 2024. Em 2022, essa meta havia sido atingida somente entre as pessoas brancas (35,2%).


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