Advogado de Bruno vai processar defensor de Macarr�o ap�s pol�mica sobre homossexualidade

O advogado Rui Caldas Pimenta, defensor do ex-goleiro Bruno Fernandes, vai processar o colega Leonardo Diniz, que defende Luiz Henrique Rom�o, o Macarr�o. Diniz interpelou Pimenta por difamar seu cliente ao declarar que ele e o atleta mantinham um relacionamento homossexual. Diniz entrou com a notifica��o na 10ª Vara Criminal do F�rum Lafayette, em BH, e reafirmou que Macarr�o n�o vai assumir sozinho a responsabilidade pela morte da modelo Eliza Samudio.

Pimenta disse que o colega tem todo o direito de notific�-lo, mas que depois vai responder por danos morais e materiais. “Ele tem de fazer provas. Homossexualidade n�o � ilegal nos dias de hoje. N�o � mais afrontante aos conceitos da sociedade”, afirmou Rui Pimenta.

Ao receber a interpela��o, Pimenta vai responder que realmente chamou Macarr�o de gay e que isso n�o � uma ofensa. “O Leonardo est� desatualizado. Falar que � homossexual n�o � denegrir a imagem da pessoa. Hoje ser homossexual � digno, est� tudo legalizado”. Pimenta disse que vai contra-interpelar Diniz e acredita que o juiz v� arquivar as notifica��es. Logo depois, vai entrar com a��o de danos morais porque acha que o colega tentou afetar a moral dele com a interpela��o.

A carta

A pol�mica entre as duas partes come�ou depois da divulga��o de um documento escrito por Bruno. Na carta, publicada na �ltima edi��o da Revista Veja, o goleiro diz que conversou com seus advogados sendo orientado a colocar em pr�tica "o plano B", que seria imputar a responsabilidade pela morte da modelo sobre Macarr�o. O goleiro chega a pedir desculpas ao amigo. “Eu, sinceramente, n�o pediria isso pra voc�, mas hoje n�o temos que pensar em n�s somente! Temos uma grande responsabilidade que s�o nossas crian�as, ent�o, meu irm�o, pe�o que pense nisso e do fundo do meu cora��o me perdoe, eu sempre fui e sempre serei homem com voc�”, registrou no documento.

Em depoimento aos agentes da Subsecretaria de Administra��o Prisional (Suapi), na �ltima segunda-feira, o atleta afirmou que entregou o bilhete para outro detento antes de chegar �s m�os de Macarr�o. Nesse per�odo, o advogado de Bruno disse que o cliente e Macarr�o tinham “relacionamento homossexual ativo e passivo”.